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18 Dezembro 2014

O cristianismo contemporâneo vive entre dois extremos: de um lado, um tradicionalismo sombrio e inseguro, que só sabe reproduzir gostos e palavras de um mundo que não existe mais; de outro, uma frenética corrida atrás das tendências de hoje, que quase não sabe mais distinguir entre a canção entre amigos da cantada sagrada à glória de Deus, um edifício sacro de um comum, uma vida consagrada com o seu hábito distintivo de uma existência totalmente laica.

A opinião é do teólogo italiano Vito Mancuso, professor da Universidade de Pádua, em artigo publicado no jornal La Repubblica, 17-12-2014. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

Quais são os argumentos que levam a considerar como verdadeira uma afirmação? O fato de que corresponde ao efetivo estado das coisas, é a resposta que surge na mente espontaneamente. De fato, se eu posso verificar a correspondência entre o enunciado (está chovendo) e a realidade (a chuva que cai), estou indubitavelmente na presença de um enunciado verdadeiro.

É a clássica definição de verdade como adequação entre realidade e mente, adaequatio rei et intellectus, que de Aristóteles passa para Tomás de Aquino e para toda a tradição ocidental. O cristianismo fez grande uso dela no passado, para se apresentar como verdade definitiva.

O cristianismo é a verdade, defendia-se, porque a Bíblia e o Magistério da Igreja dizem como as coisas são realmente sobre a origem do mundo, a existência de Deus, o aparecimento do homem, a natureza da alma e todas as outras questões capitais da vida; nem se deixava de salientar que os eventos narrados ou preditos na Bíblia, da arca de Noé até o iminente fim do mundo, tiveram ou terão logo uma pontual confirmação na realidade atual das coisas.

O progresso do conhecimento humano esvaziou tal abordagem, porque fez emergir, de modo irrefutável, a não correspondência entre muitas afirmações bíblicas e a realidade; pense-se, por exemplo, na origem do mundo.

Se somarmos a isso a evolução da consciência moral e a superação do princípio de autoridade (segundo o qual um enunciado é verdadeiro pela autoridade de quem o sustenta), compreende-se como as tradicionais apologias cristãs tornaram-se armas sem ponta, e o cristianismo, necessitado de refundação.

É o que já intuía o nobre contrarrevolucionário François-René de Chateaubriand (1768-1848), que se refugiou em Londres a fim de evitar a guilhotina durante os anos do Terror e um fervoroso católico. Uma vez de volta à França, depois da restauração, a intuição o levou a publicar, em 1802, Gênio do cristianismo, obra hoje reproposta na coleção Millenni Einaudi, com uma edição organizada por Mario Richter.

A novidade do livro está toda no título completo: Gênio do cristianismo ou a beleza da religião cristã. Enquanto, por séculos, a fim de mostrar a fundamentação da fé cristã, a apologética insistira na verdade do cristianismo, com Chateaubriand, pela primeira vez, ela se baseia na beleza, sustentando que o cristianismo vem diretamente de Deus e, portanto, é a verdade, pela sua capacidade de produzir beleza.

Trata-se de uma tese fundada? Na sua abordagem de fundo, sim, mesmo a epistemologia contemporânea afirma que, entre os critérios de veracidade de uma teoria científica, além da simplicidade, capacidade de prever e poder unificante, há justamente elegância ou beleza.

E, por muitos séculos, o cristianismo soube produzir beleza e teve poder unificante sobre as vidas dos homens. Pense-se nas obras-primas da arquitetura que são as igrejas românicas e as catedrais góticas; pense-se nos ícones bizantinos, em Cimabue, Giotto, Fra Angelico, Simone Martini, Piero della Francesca, Michelangelo e Caravaggio que, sem o cristianismo, seriam impensáveis; pense-se na mais alta criação poética da literatura italiana, a Comédia de Dante; pense-se no esplendor do canto gregoriano.

Pense-se nas muitas outras criações das quais testemunham as nossas cidades e os nossos pequenos vilarejos, e aproximem-se das formas de vida concreta que o cristianismo do passado sabia produzir por ser dotado de um forte poder unificante sobre o caos da existência: eremitas do deserto, beneditinos, cluniacenses, cistercienses, camaldulenses, cassinenses, valombrosanos, olivetanos, cartuxos, trapistas, franciscanos, dominicanos, trinitários, mercedários, servitas, agostinianos e muitos outros, sem falar da galáxia ainda mais extensa da vida religiosa feminina.

Mesmo a partir disso parecia que o cristianismo era verdadeiro, pela sua capacidade de geração de múltiplas formas de vida.

Mas hoje de que saúde goza a intuição de Chateaubriand de ligar a verdade do cristianismo à beleza? Em nível teórico, são dois os principais teólogos que se encarregaram de aprofundá-la, o suíço Hans Urs von Balthasar (1905-1991), com a obra em sete volumes Glória. Uma estética teológica, e o alemão Christoph Theobald, nascido em 1946, com a obra em dois volumes O cristianismo como estilo.

Mas quando está em jogo a verdade, na sua capacidade estética, bem antes de conceitos que falam à mente, fala-se de formas que encantam os sentidos, de cores, sons, arquiteturas, e fala-se de vidas concretas tão fascinadas pela mensagem cristã a ponto de deixar todas as outras coisas.

E, a partir desse ponto de vista, acredito que se deva destacar uma preocupante insuficiência do cristianismo contemporâneo. A entrada em qualquer uma das nossas igrejas raramente gera na alma uma experiência de beleza, ainda mais durante as funções litúrgicas, quando as músicas e as vozes são muitas vezes aproximativas e amadoras, enquanto a nova arquitetura sacra, muitas vezes, propõe edifícios frios e intelectualísticos, e a pintura se refugia em uma servil repetição dos ícones. As diversas formas de vida religiosa, por sua vez, definham por falta de vocações, que quase preanuncia a sua extinção.

Tudo isso leva o cristianismo contemporâneo a viver entre dois extremos: de um lado, um tradicionalismo sombrio e inseguro, que só sabe reproduzir gostos e palavras de um mundo que não existe mais; de outro, uma frenética corrida atrás das tendências de hoje, que quase não sabe mais distinguir entre a canção entre amigos da cantada sagrada à glória de Deus, um edifício sacro de um comum, uma vida consagrada com o seu hábito distintivo de uma existência totalmente laica.

No fundo é a própria ideia de apologética que mostra toda a sua fragilidade e, com isso, se repropõe com urgência a pergunta sobre o quanto ela induz a mente a considerar como verdadeiro o cristianismo, ou qualquer outra religião: quais são os argumentos que levam a considerar como verdadeiro um sistema de enunciados que pretende abraçar nada menos do que o sentido do mundo e se apresentar como verdade?

Desmoronada a ideia de uma demonstração racional da verdade cristã, a capacidade de gerar beleza também nunca poderá ser enquadrada em um sistema de pensamento, ainda mais se ele for funcional ao poder político e religioso, como a obra de Chateaubriand era funcional à restauração e à aliança trono-altar.

O resultado é que não há e nunca haverá nenhuma garantia para a fé cristã de poder se demonstrar como "verdade", apesar do dogma e do consequente anátema para quem o nega, declarado pelo Vaticano I.

Resta somente a vida das testemunhas sinceras, alheias a toda lógica de poder, para constituir o ponto de apoio: são elas o verdadeiro "gênio do cristianismo", só delas poderá brotar aquela humilde beleza, nada genial, mas, eu diria, austera na sua simplicidade, já na origem das bem-aventuranças evangélicas e do Cântico das Criaturas de Francisco de Assis.


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