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A segunda revolução sexual

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12 Dezembro 2014

"É claro que devemos ter o direito de recuar de nossa própria fantasia quando descobrimos que nos engajamos além do que nós mesmos conseguimos aturar. Mas, para recuar, não é preciso acusar o parceiro ou a parceira de ter nos levado a praticar a fantasia da qual fugimos, e que é (também) a nossa", escreve Contardo Calligaris, psicanalista, doutor em psicologia clínica e escritor, em artigo publicado pelo jornal Folha de S.Paulo, 11-12-2014.

Eis o artigo.

Não transamos com buracos ou protuberâncias, transamos com pensamentos, sonhos, ficções, antecipações narrativas

1) O mundo virtual nos torna mais ousados e, às vezes, é uma lástima. Quem divulga seu e-mail na hora de assinar um texto sabe disso: receberá ataques de uma virulência que, no mundo real (quer dizer, por carta), ninguém ou quase ninguém teria a coragem de escrever.

O mesmo vale para comentários em blogs e microblogs, para conversas nas salas de chat etc.: parece que, teclando, a gente se solta --fruto do anonimato e da facilidade e rapidez (basta clicar).

Enfim, essa é a ousadia "ruim" da internet. Mas há uma ousadia "boa", que é indissociável da dita segunda revolução dos costumes sexuais (considerando que a primeira foi nos anos 1960).

A segunda revolução começou com o fato de que, na internet, qualquer um pôde descobrir que não estava sozinho com sua orientação, seus gostos e suas fantasias sexuais: ninguém precisava mais se enxergar como um "monstro". Também graças à internet, não era necessário sequer sair do armário para dialogar com parceiros possíveis.

Essa possibilidade inédita de socializar fantasias sexuais levou cada um a explicitar as suas. Para encontrar quem tope brincar comigo, devo conhecer meus gostos --na verdade, mais que conhecê-los, devo ser capaz de elaborá-los, de apresentá-los de maneira detalhada e, se possível, interessante.

Foi inaugurada assim uma imensa experiência coletiva, ainda em curso, de apresentação e narração de fantasias sexuais, que se tornaram, aliás, mais complexas pela própria necessidade de propô-las a eventuais parceiras e parceiros.

2) Essa imensa proliferação de imagens e textos detalhando fantasias sexuais tem uma contrapartida: inevitavelmente, esbarramos em fantasias que são diferentes das nossas.

Ora, uma fantasia sexual diferente da nossa é sempre chata. A maioria das pessoas só consegue situar essa fantasia diferente numa curva que vai da obscenidade (a fantasia do outro é "pornográfica", enquanto a nossa seria "sutilmente" erótica) ao ridículo (sadomasoquismo, para quem não o pratica ou não se excita com ele, é um programa da Tiazinha).

Talvez por deformação profissional, tenho simpatia e uma certa admiração pelas fantasias e pelos gostos sexuais mais complexos. Só me escandaliza mesmo a ausência de fantasias: ridículo ou obsceno, para mim, é quem afirma desejar os buracos ou as protuberâncias do corpo do outro, "naturalmente", sem "complicações".

Nossa sexualidade é diferente da dos outros mamíferos justamente porque os humanos se desejam sem que tenha que ser a hora em que a fêmea é fecunda.

Ou seja, nossa sexualidade é uma aventura cultural: não transamos com buracos ou protuberâncias, transamos com pensamentos, sonhos, ficções, antecipações narrativas. Se os humanos passassem a transar por atração "natural", seria uma perda cultural irreparável.

Enfim, por sorte, a internet permite bloquear facilmente os correspondentes indesejados; é o que faço com os que reprimem suas fantasias.

3) Outra contrapartida da segunda revolução sexual: quando alguém se debruça sobre suas fantasias sexuais, é comum que ele (ou ela) elabore e apresente aos outros fantasias que estão muito além do que ele (ou ela) aguentaria realizar. Por exemplo, alguém sonha em ser torturado, mas não consegue aceitar nem a dor nem a humilhação.

É por isso que, nas salas de chat, é frequente que alguém suma bem na hora em que a coisa se encaminha para um encontro. Em suma, efeito da segunda revolução sexual: às vezes, verificamos que não estamos à altura de nossas próprias fantasias sexuais.

É claro que devemos ter o direito de recuar de nossa própria fantasia quando descobrimos que nos engajamos além do que nós mesmos conseguimos aturar. Mas, para recuar, não é preciso acusar o parceiro ou a parceira de ter nos levado a praticar a fantasia da qual fugimos, e que é (também) a nossa.

Explico. Alguém sonha em ser torturado; no meio da tortura, ele pode dizer que não quer mais; o que não pode é negar que a fantasia era também dele. Em outras palavras, é claro que temos o direito de dizer não em qualquer momento. Mas não temos o direito de dizer que foi o outro quem quis.

4) Essas notas podem servir para refletir sobre o "caso" Idelber Avelar, que se alastrou pela rede e chegou à minha atenção graças a Mônica Waldvogel e Virginia Bessa. Não tenho opinião sobre o "caso". Para os leitores se inteirarem, sugiro o Facebook de Ivana Bentes (com os comentários, que incluem uma resposta de Avelar): migre.me/npq1L. 


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