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Diminuição do Catolicismo apontada por Pesquisa do IBGE: Uma leitura teológica a partir de sinalizações do Papa Francisco

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27 Abril 2015

O decréscimo do número de católicos é "um fato inevitável e vai continuar, porque o contexto sociocultural da cristandade, que antes desenvolvia o experiencial da fé, terminou, sendo necessário encontrar outros caminhos de fomentar a verdadeira experiência mística de fé", escreve José Roque Junges, doutor em Teologia, professor e pesquisador do PPG em Saúde Coletiva da Unisinos.

Segundo ele, "a insistência no institucional doutrinário como substitutivo do desaparecimento do contexto sociocultural da cristandade não é o caminho adequado para suscitar verdadeiras convicções experienciais de fé. A religiosidade popular tão apreciada pelo Papa Francisco é o tesouro experiencial da fé do povo simples que é necessário valorizar".

"A atitude serena diante desse decréscimo do percentual de católicos - afirma o teólogo - é dizer que, num contexto não mais de cristandade, o número de pertença institucional já não interessa tanto, porque não é o ponto central. Apresentar números pode ser algo ilusório. O que importa mais é a dimensão experiencial das convicções de fé". E ele conclui: "Diante de estatísticas religiosas, pode-se dizer que não importa tanto o número de fiéis e de padres, mas a sua qualidade humana e espiritual".

Eis o artigo. 

O programa ObservaSinos do Instituto Humanitas Unisinos - IHU, no estudo “O Desenvolvimento das Religiões e Religiosidades no Vale do Rio dos Sinos-RS” aponta para dados do IBGE de que o Catolicismo diminui acentuadamente no Vale do Rio dos Sinos, no Rio Grande do Sul e no País e aumentam as Igrejas Evangélicas Pentecostais e os sem Religião. Como interpretar e compreender esse fato? O ensinamento inovador do Papa Francisco oferece pistas e sinalizações pertinentes para ajudar a entender essa diminuição do catolicismo e o que fazer diante dessa situação.

Com o caso do regime da cristandade, por obra e graça da secularização iluminista, que proclamou a laicidade do Estado e da cultura, pela qual a religião se tornava um assunto privado da consciência, não mais determinando os valores da sociedade, entendida como secular, a Igreja Católica, como não tinha mais um poder público na sociedade, reagiu, fechando-se na autoreferencialidade do seu aspecto institucional e na defesa do seu patrimônio moral e doutrinário. Devido a esse fechamento, ela perdeu o seu foco evangelizador tensionado para o mundo e a sociedade, assumindo sempre mais atitudes condenatórias em relação a quem não era de seu redil. Essa atitude de fechamento e de condenação originou um dos pecados fundamentais da Igreja Católica, denunciado pelo Papa Francisco, a sua autoreferencialidade que a levou a longo prazo a uma esterilidade evangélica.

Essa reação autoreferencial da Igreja frente ao mundo a levou a acentuar sempre mais o seu aspecto institucional, expresso principalmente pela defesa do doutrinário. Esse acento fez esquecer o mais importante na fé que é o aspecto experiencial, porque a adesão a Cristo é antes de nada uma experiência salvífica de fé e não uma doutrina. Por isso, que o Papa Francisco acentua tanto a volta ao frescor e à experiência do Evangelho. A doutrina desconectada do Evangelho é estéril, o institucional eclesial sem a animação do experiencial da graça de Cristo é uma estrutura sem Espírito.

O Papa Francisco de nenhuma maneira quer mudar a doutrina, o que ele tem em vista é mudar o foco de preocupação eclesial para o Evangelho e a dimensão experiencial da fé (parece algo obvio, mas já não o era mais), porque o puro acento no doutrinário pode ser ideologizado. A presença pública da Igreja não pode ser uma ideologização de valores morais inegociáveis (como acontece com o uso ideológico da moral católica que faz a direita política nos Estados Unidos), mas o anúncio e o testemunho dos valores do Evangelho.

Por isso Francisco deixou de insistir no tema do aborto, porque o discurso estava ideologizado. Não é que ele seja a favor do aborto de nenhuma maneira, mas o discurso está totalmente ideologizado por velados interesses de luta política, não sendo mais evangélico como deveria ser. Nisso consiste a revolução que o Papa atual está ocasionando na Igreja: colocar o acento naquilo que é central e obvio para a fé cristã – os valores do Evangelho. Já dizia Karl Rahner que o cristão do século XXI ou se tornará um místico ou deixará de ser cristão.

Outra tentação da Igreja frente ao mundo atual, denunciada pelo Papa Francisco, é o mundanismo espiritual expresso em formalismos clericais e ritualismos litúrgicos sem conteúdo (a volta da missa em latim por parte de certos padres jovens é um exemplo disso), porque faltos de verdadeira experiência espiritual e mística. Essa denúncia de um mundanismo de conteúdo religioso é uma das contribuições mais originais e perspicazes do Papa atual em tomar o pulso da Igreja para detectar as suas enfermidades e apontar as causas dos seus escândalos.

Esse mundanismo aparece na busca de carreirismo eclesiástico e na exterioridade narcísica das vestes e dos gestos sem conteúdo espiritual, manifestado por atitudes clericais de orgulho e de rigorismos com total falta de misericórdia e sensibilidade pastoral para com os fiéis cristãos. Por isso o Papa Francisco insiste tanto que a Igreja deve ir para as fronteiras existenciais e sociais para ser um hospital de campanha que atende sem condenações e com compaixão, curando as feridas da humanidade, disposta a sujar as mãos para assumir a atitude do samaritano.

Essas pontuações do Papa Francisco ajudam a entender a causa do decréscimo do número de católicos. Esse fato é inevitável e vai continuar, porque o contexto sociocultural da cristandade, que antes desenvolvia o experiencial da fé, terminou, sendo necessário encontrar outros caminhos de fomentar a verdadeira experiência mística de fé.

A insistência no institucional doutrinário como substitutivo do desaparecimento do contexto sociocultural da cristandade não é o caminho adequado para suscitar verdadeiras convicções experienciais de fé. A religiosidade popular tão apreciada pelo Papa Francisco é o tesouro experiencial da fé do povo simples que é necessário valorizar. O movimento carismático é um exemplo de caminho espiritual inovador para suscitar convicções experienciais de fé.

Se a resposta ao decréscimo de católicos não consiste em insistir no aspecto institucional doutrinário, mas em acentuar a dimensão experiencial da fé, porque o institucional é uma consequência do experiencial da graça, então é necessário explicitar em que consiste proporcionar aos fiéis uma verdadeira experiência espiritual de fé cristã. Consultando a Exortação Apóstólica Evangelii Gaudium do Papa Francisco pode-se dizer que o essencial da fé cristã é acolher no coração o amor de Deus e sua graça salvífica revelada em Jesus de Nazaré. Essa experiência de sentir-se amado pelo Pai em Cristo produz frutos espirituais que são os indicadores de uma fé autêntica e madura: paz interior, alegria serena, profunda humildade simplicidade de vida e amor aos pobres, dons vividos e amadurecidos num contexto comunitário eclesial. O que não pode faltar numa verdadeira experiência espiritual cristã é humildade e amor aos pobres e pequenos, porque essa era a prática de Jesus. Quem não aprecia e busca incessantemente esses dons pela graça não é uma pessoa de Deus.

Duas tentações possíveis e comuns neste contexto eclesial que necessitam discernimento espiritual. A primeira é o rigorismo, seja ele qual for, que afasta as pessoas de Deus, já dizia Santo Afonso de Ligório, e expressa uma atitude mundana trasvestida de ortodoxia religiosa, porque detrás dela existe orgulho e superioridade que são uma tentação do mal travestida de luz e uma obra do mau espírito em linguagem inaciana.

A segunda é tornar as pessoas rezadoras e não pessoas orantes. O rezador multiplica orações que não convertem o coração, porque são rezas interesseiras de cunho consumista. A pessoa orante acolhe no seu coração a palavra de Deus que a converte e a faz mudar de vida por obra da graça e do amor de Deus. Para ela oração e vida tornam-se uma só realidade existencial. O grande desafio pastoral hoje é ajudar os cristãos a serem pessoas orantes místicas, profundamente inseridas em suas realidades, movidas pelo amor misericordioso de Deus e produzindo frutos de caridade para o mundo, como aponta a Gaudium et Spes.

A primeira atitude serena diante desse decréscimo do percentual de católicos é dizer que, num contexto não mais de cristandade, o número de pertença institucional já não interessa tanto, porque não é o ponto central. Apresentar números pode ser algo ilusório. O que importa mais é a dimensão experiencial das convicções de fé. Por isso o desafio é como trabalhar uma verdadeira pedagogia da fé que forma cristãos adultos não clericalizados com convicções e liberdade interior.

Nesse sentido, o aumento do número de participações em cerimonias religiosas, muitas vezes motivadas pela pura busca de milagres, não é um sinal de aprofundamento na fé, mas pode expressar uma visão consumista da religião que não cria convicções. Assim também o aumento do número de padres, quando não existe uma rigorosa seleção e uma verdadeira formação afetiva e espiritual, algo que o Papa Francisco também está insistindo, pode ser enganoso e desencadeador de futuros problemas. Portanto, diante de estatísticas religiosas, pode-se dizer que não importa tanto o número de fiéis e de padres, mas a sua qualidade humana e espiritual.


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