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Por: André | 26 Fevereiro 2015

Os alimentos de uma população unem a sociedade em sua dinâmica interna, assim como também geram identidade e configuram formas de reconhecimento em relação aos demais países. Os argentinos são argentinos por Diego Armando Maradona, mas também, e entre tantas outras coisas, pelo churrasco.

 
Fonte: http://bit.ly/1weGY6T  

A qualidade da carne é uma característica do país. No entanto, parece que o ser humano destas latitudes é um sujeito inquieto que modifica seus gostos e, com efeito, suas dietas. Cortes nobres, que em um passado não muito distante eram protagonistas estelares na mesa tradicional, estão cedendo espaço em um prato local que, atualmente, é enchido com diferentes variedades de aves e suínos. Inclusive a soja levanta a mão e pede seu lugar em um banquete cada vez mais plural e democrático.

Na Argentina, assim como em centenas de outros países, talvez por força cultural – isto é, por sedimentação de práticas sociais que se repetem no tempo – ou então por mera tradição, o homem se alimenta de carne bovina. Nesta perspectiva, qual é o papel do veterinário? A resposta é simples: garantir que o animal sofre o menos possível.

Os bovinos vivem em manadas em que se estabelecem diferentes hierarquias de acordo com sua idade e com seu marco de interação. O medo, em determinadas situações, emerge em alguma cabeça e com velocidade costuma contagiar o resto do grupo. Embora a primeira opção seja a fuga, nem todos os exemplares respondem da mesma maneira. Existem raças que, com mais caráter, exibem cotas maiores de rebeldia frente ao manejo humano. É aí, exatamente aí, que o temperamento entra em cena e realizada o seu próprio encontro.

Na Universidade Nacional de La Plata, Roberto Vaca (foto) coordena o curso Bem-estar Animal, junto com Cecilia Carbone, e leciona a disciplina 'Produção de bovinos de carne e de leite'. Além disso, conjuga seu trabalho acadêmico com o desenvolvimento de sua faceta profissional que o vincula ao assessoramento de campos e gado.

A entrevista é de Pablo Esteban e publicada no jornal Página/12, 25-02-2015. A tradução é de André Langer.

Eis a entrevista.

O temperamento, assim como as emoções e a capacidade de percepção, é uma propriedade que, usualmente, é atribuída aos seres humanos. Em algum momento, os animais pareciam estar desprovidos deste tipo de características. No entanto, como se expressa esse fator nos bovinos?

Esse é um dos principais problemas: tendemos a humanizar os animais, quando cada espécie tem um processo evolutivo e uma quantidade de adaptações que são particulares. Em suma, muitas das coisas feitas pelo bem dos animais, na realidade são prejudiciais a eles. O temperamento é uma característica relacionada ao comportamento desenvolvido pelo animal vinculado ao medo provocado pelo contato com o humano. Há animais mais temperamentais que outros, ou seja, diante do homem vão ter mais medo.

E o que isso implica?

Isso implica uma situação de perigo tanto para o animal como para o homem. Deste ponto de vista, o que buscamos é selecionar aqueles animais que se adaptam melhor a esse vínculo com o ser humano.

O temperamento sempre é medido em relação ao homem? O que pode nos contar sobre a interação entre espécies animais?

O enfoque produtivo é relacionado ao ser humano, mas se deve ter em conta que quando nós trabalhamos também intervêm outros animais. Por exemplo, na produção bovina participam os cavalos e os cachorros. O cachorro é amigo do homem, embora os animais de campo – às vezes – o identificam como um depredador, e isso provoca medo neles.

Li em um trabalho de sua autoria que existem formas de medir o temperamento. Fale sobre as técnicas de mediação que você utiliza?

Existem muitas formas de avaliação de temperamento que analisam como os animais reagem em diferentes situações de manejo. A maioria dos testes é de caráter subjetivo, porque se pressupõe a visualização e o controle de um avaliador que identifica a resposta do indivíduo a esse manejo. Por exemplo, trabalhamos com o teste de distância de fuga, que mede a resposta do animal diante da aproximação do homem; e também com o teste do cepo, que remete ao exame do comportamento do animal quando se encontra na casa de operações.

Na prática, o que se avalia com precisão?

Examina-se se o bovino fica quieto ou se movimenta o rabo, se defeca ou urina, se dá patadas ou se procura fugir. Com efeito, são todos indicadores do nível de estresse. Depois, dá-se uma pontuação aos resultados obtidos e se estabelece uma contagem. Os valores mais baixos identificam os animais menos temperamentais, ao passo que os mais altos dizem respeito aos animais de maior temperamento e medo.

O temperamento é hereditário?

O temperamento é de mediana hereditariedade, ou seja, trata-se de uma característica que aproximadamente se herda em 30% ou 40% de uma geração para a outra.

Se o temperamento é hereditário em 40%, que possibilidades existem de que o animal aprenda determinadas condutas que o tornem menos temperamental e, com efeito, mais apto para a produção?

Deve-se projetar manejos e instalações que promovam a redução do medo do animal. Com isso se consegue controlar as respostas agressivas que os bovinos podem desenvolver na etapa de produção. Trata-se de selecionar e reproduzir aqueles animais que oferecem maior docilidade, para que essa característica de mansidão seja transmitida à descendência. Também se deve utilizar técnicas de manejo que sejam amigáveis com os animais. Para começar, não gritar com eles e não bater neles. Um trato adequado, além disso, implica a obtenção de um produto de melhor qualidade.

Nesta perspectiva, quais são os efeitos que o desenvolvimento de um temperamento indócil gera na produção?

Tanto os bovinos mais temperamentais como aqueles que não são manejados sob pautas de bem-estar animal oferecem produtos de menor qualidade. Há situações que, necessariamente, situam os exemplares em estado de alerta. Por exemplo, quando a vaca é vendida e transportada em um caminhão para um frigorífico, ela sofre um estresse. O glicogênio que está no músculo é consumido, o animal retém ácido láctico e a carne endurece e escurece e, evidentemente, torna-se mais propensa ao crescimento bacteriano. Por último, se o exemplar é mais temperamental, ganha menos peso (consome mais energia para manter-se alerta), reage indevidamente ao manejo e se bate. Isso gera hematomas e afeta a produção.

Como definiria o “bem-estar animal”?

É uma área dedicada a estudar a capacidade que os animais têm para se adaptarem ao meio ambiente no qual vivem, e interpela os veterinários para a geração de um contexto em que o bovino possa expressar um comportamento normal e saudável. No caso do gado, trata-se de um cenário que é bastante modificado pela intervenção humano. O especialista, durante sua trajetória, examina uma gama muito ampla de animais: de companhia, de esporte e de produção. Neste marco, embora os animais de produção sejam sacrificados para o consumo, é nosso dever garantir que durante o processo sofram o menos possível.

E como se consegue isso?

É necessário saber que todos os animais, inclusive o homem, encontram-se expostos a situações mais ou menos agradáveis que geram estresse. Sob esta premissa, trabalha-se para diminuir os problemas que implicam situações relacionadas ao medo e à dor. Trabalhamos, neste caso e como desenvolvi anteriormente, com o temperamento específico de cada exemplar.


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