A Igreja católica da Guatemala recorda o bispo Juan Gerardi, assassinado em 1998

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Por: André | 24 Abril 2014

A sepultura onde repousam os restos do bispo auxiliar da Guatemala, Juan Gerardi, foi aberta nesta terça-feira aos fiéis como parte dos atos comemorativos do 16º aniversário do assassinato do religioso, preparados pela Igreja católica.

A reportagem é da agência EFE, 22-04-2014. A tradução é de André Langer.

O Movimento Monsenhor Gerardi, integrado por cerca de 10 organizações sociais, religiosas e humanitárias, anunciou em uma coletiva de imprensa uma série de atividades em memória do bispo, assassinado no dia 26 de abril de 1998.

Um integrante do movimento, Paul Menchú, explicou que a partir da terça-feira e até o próximo sábado, dia 26, estará aberta a cripta na Catedral Metropolitana onde repousam os restos do “mártir”.

Também está aberta uma exposição de murais e fotografias na casa paroquial da Igreja São Sebastião, na capital, onde Gerardi foi assassinado com golpes na cabeça.

Menchú disse que no próximo sábado o arcebispo metropolitano, Oscar Julio Vián, presidirá uma eucaristia na catedral e depois sairá em caminhada até São Sebastião.

“A 16 anos do seu assassinato continuamos comemorando sua memória porque continuamos acreditando que a Guatemala diferente com que sonhava mons. Gerardi é possível”, diz um comunicado emitido pelo movimento.

O diretor-executivo do Escritório de Direitos Humanos da Arquidiocese (Odha), Nery Rodenas, recordou, na terça-feira, em declarações à agência Efe, que o religioso foi assassinado por militares.

O brutal crime se deu 54 horas depois que Gerardo tornara público o relatório interdiocesano da Recuperação da Memória Histórica (Remhi). Guatemala Nunca Mais.

No relatório são documentadas mais de 54.000 violações dos direitos humanos durante o conflito armado interno (1960-1996), a maioria dos quais foi atribuída ao Exército.

Rodenas comentou que no dia 17 de junho de 2001 foram condenados a 20 anos de prisão o coronel retirado do Exército Byron Disrael Lima Estrada e seu filho, o capitão Byron Lima Oliva, assim como o padre Mario Orantes.

Lima Estrada e Orantes já foram libertados ao cumprir a metade da pena, enquanto que Lima Oliva continua preso devido à sua má conduta.