A Igreja da Inglaterra adverte que o “não” às mulheres no episcopado gera “uma crise constitucional”

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Por: Jonas | 29 Novembro 2012

A Igreja da Inglaterra enfrenta uma “crise constitucional” por rejeitar a ordenação de mulheres para o episcopado, sendo necessária uma nova tentativa para aprovar a legislação, segundo a divulgação de um documento interno anglicano.

A reportagem é publicada no sítio Religión Digital, 26-11-2012. A tradução do Cepat.

O Sínodo da Igreja da Inglaterra, órgão legislativo formado por bispos, clérigos e leigos, rejeitou na semana passada, por uma pequena margem, o ingresso das mulheres ao bispado. Esta medida era considerada a mais importante, desde que as mulheres conseguiram entrar no sacerdócio anglicano há 20 anos.

O documento interno da Igreja – que foi redigido pelo secretário geral do Sínodo, William Fittall, e publicado pelo jornal “The Times” – faz referência à difícil posição da comunidade anglicana diante da rejeição das bispas.

Depois da votação contrária, o processo legislativo que permitiria um novo debate sobre as bispas deverá começar novamente, o que em princípio impede que o assunto possa ser votado antes de 2019.

A decisão do Sínodo deve ser aprovada pelo Parlamento britânico e precisa receber consentimento da rainha Elizabeth II.

No entanto, Fittal acredita que a hierarquia da Igreja deve tomar medidas e buscar uma forma de aprovar a ordenação de bispas em 2015, uma vez que a rejeição é prejudicial para os anglicanos, pois foi recebida com “comoção” entre seus fiéis.

Segundo o jornal “The Times”, Fittal é o “funcionário” mais destacado da Igreja da Inglaterra e elaborou o documento, destinado ao Conselho de Arcebispos, 72 horas depois da votação. “Dentro da Igreja, o efeito sobre a moral é importante”, afirma o secretário geral.

Em seu texto, Fittal comunica aos arcebispos que existe uma necessidade urgente de reverter o resultado da votação, e propõe que o mesmo seja debatido o quanto antes numa outra reunião do Sínodo. Em sua opinião, uma medida radical é a única maneira de evitar uma crise constitucional.

“A não ser que a Igreja da Inglaterra possa mostrar muito rápido que é capaz de solucionar (seus problemas), estaremos diante de uma crise constitucional”, acrescenta. Fittall admite que antes da votação havia a expectativa de que a ordenação de bispas seria aprovada, por isso seu resultado causou uma “comoção maior”.

O atual processo legislativo, em favor da ordenação de bispas, começou no ano de 2000, mas a forte oposição do setor mais conservador impediu, até agora, que seja aprovada.

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