China já investiu R$ 60 bi na compra de empresas no Brasil desde 2015

Mais Lidos

  • “A destruição das florestas não se deve apenas ao que comemos, mas também ao que vestimos”. Entrevista com Rubens Carvalho

    LER MAIS
  • Povos Indígenas em debate no IHU. Do extermínio à resistência!

    LER MAIS
  • “Quanto sangue palestino deve fluir para lavar a sua culpa pelo Holocausto?”, questiona Varoufakis

    LER MAIS

Revista ihu on-line

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais

Modernismos. A fratura entre a modernidade artística e social no Brasil

Edição: 551

Leia mais

Metaverso. A experiência humana sob outros horizontes

Edição: 550

Leia mais

12 Setembro 2017

Após se tornarem os maiores investidores estrangeiros em fusões e aquisições no País, chineses mantêm o apetite por ativos brasileiros.

A reportagem é de Luciana Dyniewicz, publicada por O Estado de S.Paulo, 11-09-2017.

De cada R$ 10 que entraram no País para comprar uma empresa ou um ativo nacional nos últimos 30 meses encerrados em junho, R$ 3 vieram da China. O avanço dos chineses sobre o Brasil nesse período chegou a R$ 60 bilhões e, com um fôlego extra nos últimos meses, eles se tornaram os maiores investidores estrangeiros em fusões e aquisições, ultrapassando os americanos.

No ano passado, os chineses aplicaram R$ 23,96 bilhões na compra de ativos no Brasil, quase 80% a mais que os R$ 13,4 bilhões injetados pelos americanos. No primeiro semestre de 2017, a tendência se repetiu: R$ 17,8 bilhões dos orientais e R$ 12,3 bilhões dos ocidentais, segundo dados da TTR.

Para executivos de bancos, o movimento chinês em 2017 será tão ou mais intenso que no ano passado. “Nada indica uma diminuição do apetite deles por investimento no Brasil. Eles devem continuar como atores relevantes em 2017 e 2018”, afirma Bruno Amaral, sócio do BTG.

“Temos mais consultas (de investidores chineses) neste ano que em 2016”, diz o diretor da área de banco de investimentos do Itaú BBA, Roderick Greenlees. O vice-presidente do Santander, Jean Pierre Dupui, conta que, neste ano, o banco está com seis grandes negociações que envolvem chineses, enquanto, em 2016, foram duas. “Devem ter negócios para acontecer nos setores de comida e bebida, commodities e imobiliário”, acrescenta.

Apesar de a maioria das transações fechadas pelos orientais se concentrar em energia – 97% do volume aportado no primeiro semestre de 2017 –, já há indícios de uma diversificação nos segmentos econômicos. Infraestrutura, por exemplo, é um dos setores que devem voltar a ganhar espaço. Em 2011, 33% dos recursos envolvidos nas operações foram para essa área, mas, depois, esse número recuou e chegou a 2% no ano passado, segundo a A.T. Kearney. Um exemplo da retomada dos chineses em infraestrutura foi a aquisição de 90% do Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), anunciada na semana passada pela estatal China Merchants Port Holding (CMPorts), por R$ 2,9 bilhões.

“Vemos os investimentos chineses acontecendo em ondas. Primeiro, eles entraram em recursos naturais, depois energia e agora infraestrutura, principalmente portos e aeroportos”, diz Greenlees.

Segundo o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China, Charles Tang, os chineses pretendem crescer nos setores financeiro, de saneamento e ainda mais no energético. “Temos uma empresa que nos pediu para ver a possibilidade de o governo fazer um leilão de energia de lixo.” Uma fabricante de cabos para transmissão de energia também analisa o País, diz Tang.

Leia mais

Comunicar erro

close

FECHAR

Comunicar erro.

Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:

China já investiu R$ 60 bi na compra de empresas no Brasil desde 2015 - Instituto Humanitas Unisinos - IHU