Colômbia. A primeira pesquisa sobre o referendo indica vitória do “Sim”

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16 Setembro 2016

Faltam pouco menos de três semanas para o plebiscito que deverá decidir se os acordos de paz alcançados entre o governo colombiano e as FARC serão operacionais e se traduzirão em leis do Estado para levá-los à prática. Neste momento, os partidários da consulta superam amplamente aqueles que são contrários. Se o referendo fosse hoje, o “Sim” teria 72%, ao passo que o “Não” alcançaria apenas 28%.

A reportagem é de Alver Metalli e publicada por Vatican Insider, 15-09-2016. A tradução é de André Langer.

Este é o resultado da primeira sondagem sobre a intenção de voto dos colombianos realizada pelo Instituto Ipsos-Napoleón Franco, encomendada por um forte pool de meios de comunicação colombianos, entre eles as cadeias de rádio da RCN Televión, RCN Radio, a FM e o principal semanário nacional Semana. O estudo ouviu 1.500 pessoas às quais simplesmente se perguntou que dissessem como votariam no referendo, no dia 02 de outubro.

O resultado amplamente favorável, sem dúvida contribuiu para o anúncio conjunto do cessar-fogo definitivo poucos dias antes da pesquisa, feito pelo presidente Manuel Santos e pelo chefe das FARC, Timochenko.

Tratando-se de uma primeira pesquisa em nível nacional, o estudo permite conhecer o comportamento dos eleitores tanto nos centros urbanos como nas zonas rurais. Nestas últimas, a porcentagem de eleitores favoráveis subiu para 78%, contra 22% contrários, ao passo que nas áreas urbanas situa-se em 69% contra 31%, respectivamente, sinal de que o final do conflito tem repercussões que afetam, sobretudo, as pessoas mais humildes e sua vida cotidiana.

Da sondagem emerge também que o “Sim” atinge porcentagens mais elevadas entre os homens (73-27) do que entre as mulheres (70-30). Segundo o nível social, nota-se uma diminuição da vantagem do “Sim” sobre o “Não” na faixa de renda média (56% contra 3%), ao passo que aumenta nas faixas inferior e superior, situando-se em ambos os casos na média nacional de 72% contra 28%.

O “Sim” impõe-se em todas as faixas de idade dos colombianos, embora se note um ceticismo maior no estrato entre os 18 e 45 anos.

Se a porcentagem dos eleitores é amplamente favorável ao “Sim” aos acordos alcançados pelas prolongadas negociações de Havana, segue sendo uma incógnita a participação no referendo. Para que o plebiscito seja válido, a participação deve chegar a 13% do total dos eleitores em condições de votar. Considerando as respostas obtidas pelas pesquisas, mais da metade dos interpelados (53%) declarou que queria votar, contra 47% que ainda estavam indecisos. Por isso, a Igreja colombiana, apesar de não ter se pronunciado formalmente pelo “Sim”, está fazendo uma intensa campanha para que os cidadãos colombianos acorram às urnas no maior número possível.

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