Microética evangélica e gestos de efeito: ingredientes para adesão ao Governo Bolsonaro. Entrevista especial com Carlos Caldas

Jair Bolsonaro na Marcha para Jesus | Foto: Marcello Casal Jr. - Agência Brasil

Por: João Vitor Santos | 10 Outubro 2019

Críticos do governo de Jair Bolsonaro argumentam que um dos problemas de sua gestão é a contaminação religiosa, especialmente evangélica. Entretanto, “jogar na conta dos evangélicos” é levar a crítica para o lugar comum, pois, segundo o professor do PPG em Ciências da Religião da PUC Minas, Carlos Caldas, não se pode compreender “evangélicos” como uma massa homogênea. Além disso, não se pode considerar que o presidente é um evangélico que governa apenas com vistas aos interesses dos seus. “Bolsonaro não é evangélico. Sua atual esposa (a terceira) é, mas ele não”, destaca o professor, na entrevista concedida por e-mail à IHU On-Line. E segue: “Em 2016, ele foi ‘batizado’ no Rio Jordão pelo Pastor Everaldo Dias Pereira, líder do PSC, e candidato à Presidência da República em 2014. Mas Bolsonaro não se filiou a nenhuma igreja evangélica, o que permite pensar que este ‘batismo’ foi um gesto feito com intenção de atrair a simpatia do eleitorado evangélico”.

É por isso que Carlos Caldas sugere que há muito mais movimentos do presidente, gestos de efeito, que buscam fidelizar uma parcela do eleitorado. E, nesse sentido, não são necessariamente todos e somente evangélicos. “Nos últimos governos, deu-se grande visibilidade à atuação de alguns líderes políticos identificados como sendo a ‘nova esquerda’, que, em detrimento de pautas tradicionais da esquerda, dá ênfase a uma luta contra a repressão de minorias sexuais. Assim, a pauta identitária passa a ser mais importante que a pauta social e econômica”, contextualiza. A consequência é que tal postura, que passa a ser associada ao governo petista, “assusta evangélicos e católicos tradicionais”. “Evangélicos e católicos tradicionais sentiram que estava acontecendo uma espécie de ‘ditadura da minoria’”, completa.

Nesse contexto, nenhum candidato conseguiu encarnar o espírito antipetista como Bolsonaro. “Este ambiente de reação a um extremo foi-lhe favorável. Grande parte do eleitorado evangélico (e, não custa repetir, católico tradicional também) encontrou sintonia com o discurso dele, mesmo não tendo ele um projeto para o Brasil”, avalia. Mas quem é esse eleitorado evangélico que adere e que parece dar sustentação a esse governo? Segundo Caldas, “a maior parte dos evangélicos no Brasil, tanto tradicionais, como por exemplo, presbiterianos e batistas, quanto pentecostais e neopentecostais, adota uma microética, isto é, uma ética que olha apenas para o indivíduo”.

Como consequência, tendem a abandonar o que o professor chama de “macroética”, que compreende questões globais como de direitos humanos, proteção do meio ambiente e atenção a menos favorecidos. “O discurso da maioria dos evangélicos não fala de tais questões. O discurso de Bolsonaro também não. De maneira consciente ou não surgiu aí uma identificação e uma aproximação”, observa. Por isso, a pauta de costumes se torna tão importante para o presidente, pois, embora não seja algo inerente a todo evangélico, é o que o mantém ligado a esse eleitorado.

Carlos Caldas (Foto: TV PUC Minas)

Carlos Ribeiro Caldas Filho é professor da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - PUC Minas, no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião. É pesquisador do Departamento de Teologia e Religião da University of Pretoria (Universidade de Pretoria), África do Sul. Ainda realizou pós-doutorado na Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia - FAJE em Belo Horizonte. Possui graduação em Teologia – Seminário Presbiteriano do Sul, graduação em Letras pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Caratinga, mestrado em Missiologia pelo Centro Evangélico de Missões e doutorado em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo, com período de pesquisas na Universidad Bíblica Latinoamericana em San José, Costa Rica.

 

Confira a entrevista.

IHU On-Line – Como compreender o conceito de “princípio protestante”, a partir de Paul Tillich (1886-1965)? E como, a partir dessa perspectiva, o senhor analisa as vertentes do protestantismo, especialmente o neopentecostalismo, no Brasil atualmente?

Carlos Caldas – O princípio protestante de Tillich é uma elaboração teológica bastante sofisticada. Em resumo, é um protesto contra toda e qualquer ideologia ou sistema de qualquer natureza que tenha pretensão absolutista. O princípio protestante critica pessoas e sistemas que não admitem ser criticados. Consciente ou inconscientemente, líderes, políticos ou religiosos, e sistemas de pensamento, caem na tentação da serpente, e passam a acreditar que “são como Deus”. Quando os liderados e adeptos passam a acreditar assim, surge a idolatria. O princípio protestante é o resgate da tradição do profetismo bíblico, que teve na luta contra a idolatria uma de suas principais marcas.

Quanto à segunda parte da pergunta: no que diz respeito à política, a tendência do protestantismo clássico ou histórico no Brasil tem sido, salvo uma ou outra exceção, de não fazer ouvir uma voz profética de crítica e de não se pronunciar quanto a questões que estão em discussão na arena pública. Dificilmente se ouvem pronunciamentos oficiais de denominações protestantes quanto a questões do tipo, crianças em situação de risco, proteção do meio ambiente, ou, mais recentemente, o debate em torno das propostas de reforma da previdência.

Quanto ao neopentecostalismo, devemos nos lembrar que é uma distorção dos princípios fundamentais do evangelho de Jesus Cristo, no sentido que defende uma idolatria do consumo e apregoa valores do mercado neoliberal. Evangélicos no Brasil têm repetido à farta que a ideologia da esquerda é anticristã. De fato, há elementos incompatíveis entre uma ideologia materialista que nega a transcendência e a fé cristã. O jesuíta uruguaio Juan Luis Segundo, um dos mais densos, profundos e complexos teólogos que a América Latina produziu, foi um crítico contundente de uma aproximação acrítica de alguns teólogos da libertação ao marxismo. Neste sentido, Segundo usou o princípio protestante de Tillich.

Mas o argumento vale também para ideologias no outro extremo do espectro político. A maioria dos evangélicos, dos pentecostais e dos neopentecostais no Brasil tem dificuldade para entender isso. Um exemplo: a ideologia do neoliberalismo apregoa o mito do empreendedor bem-sucedido, uma versão moderna do mito do “self made man”, que a cultura estadunidense tanto aprecia. A versão religiosa deste mito é defendida no discurso neopentecostal: será bem-sucedido aquele que cumprir a “corrente poderosa das nove sextas-feiras de oração” e, claro, contribuir financeiramente para com a igreja.

A extinção do cidadão

Além disso, é preciso lembrar também que o neoliberalismo e a doutrina do estado mínimo, se levados às últimas consequências, extinguem a categoria do cidadão – ou há o consumidor, ou o excluído, aquele que não pode pagar pelos serviços que o Estado porventura deixar de oferecer. Igrejas neopentecostais oferecem ajuda aos mais pobres em uma perspectiva assistencialista e imediatista. Há um elemento positivo nisso. Mas se a ação concreta destas igrejas se limita ao assistencialismo, haverá uma relação de dependência, uma relação de heteronomia dos assistidos em relação a quem os ajuda. Será uma tentativa de tratar do sintoma de uma doença, e não da causa: por que há na sociedade uma situação na qual pessoas vivem em estado de fragilidade tal que precisam ser assistidas por alguma entidade, pois não conseguem “andar com as próprias pernas”?

A tendência das igrejas protestantes, evangélicas, pentecostais e neopentecostais no Brasil tem sido de olhar para o sintoma da doença, e não para suas causas. O princípio protestante sugerido por Tillich ajuda a ter uma hermenêutica da suspeita em relação a qualquer sistema de pensamento. Toda e qualquer ideologia, filosofia ou teologia é sempre relativa e incompleta. O reino de Deus não é nem de direita nem de esquerda.

IHU On-Line – Em alguma medida, podemos relacionar o conservadorismo de nosso tempo com “princípio protestante e substância católica” de Tillich? Por quê?

Carlos Caldas – Penso que não. As categorias tillichianas de “princípio protestante e substância católica” em si não têm necessariamente nada a ver com uma tendência conservadora que se percebe em nosso tempo.

IHU On-Line – De que forma a ideia tillichiana se configura como uma reação à idolatria? Na prática, como podemos apreender essa ideia em movimento no campo religioso? E tal raciocínio também é empregável em outros campos, como o político? De que forma?

Carlos Caldas – A primeira parte da pergunta já foi respondida na primeira questão acima. A segunda e a terceira parte da pergunta serão respondidas de uma vez: sim, idolatria pode acontecer, e com frequência acontece, tendo-se ou não consciência disso, em todos os campos do saber e da atividade humana. O campo político e o campo religioso são aqueles nos quais a idolatria se apresenta com mais facilidade e maior visibilidade. Idolatria acontece quando liderados se recusam a admitir falhas gritantes e evidentes de líderes, sejam estes políticos ou religiosos. Idolatria acontece quando há uma devoção cega e acrítica a um líder ou a um sistema de pensamento. É fácil perceber idolatria a sistemas políticos e a líderes de direita e de esquerda, e a líderes religiosos, católicos, protestantes, pentecostais, neopentecostais, e de outras tradições religiosas.

IHU On-Line – Como o senhor analisa os movimentos de evangélicos no campo político no Brasil atualmente? Em que medida a atuação nesse campo pode levar – ou até tem levado – ao abandono do “princípio protestante”?

Carlos Caldas – Os movimentos de evangélicos no campo político no Brasil atualmente dão grande ênfase à assim chamada pauta de costumes. Mas é um engano pensar que todos os evangélicos envolvidos diretamente na política só tratam disso. Uma tese de doutorado em Ciências Sociais defendida agora mesmo em 2019 na Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG, que teve como objeto de estudo a atuação de parlamentares evangélicos em Minas Gerais, mostrou como considerável número destes parlamentares mineiros têm tido ação relevante em questões de natureza social.

A grande mídia, se deliberadamente ou não eu não posso afirmar, tem apresentado quase que apenas os parlamentares evangélicos que são exemplos negativos. Com isso não quero dizer que não há exemplos negativos. Infelizmente há. E alguns têm atuado em perspectiva de negação do princípio protestante.

IHU On-Line – Analistas políticos destacam o peso do chamado “voto dos evangélicos” na eleição de Jair Bolsonaro. Como o senhor analisa esse cenário?

Carlos Caldas – Este cenário parece ser o de uma reação a um extremo. Nos últimos governos, deu-se grande visibilidade à atuação de alguns líderes políticos identificados com o que o filósofo inglês Roger Scruton descreve como sendo a “nova esquerda”, que, em detrimento de pautas tradicionais da esquerda, dá ênfase a uma luta contra a repressão de minorias sexuais. Assim, a pauta identitária passa a ser mais importante que a pauta social e econômica. Este tipo de postura, que assusta evangélicos e católicos tradicionais, foi associada ao PT, então no poder. Evangélicos e católicos tradicionais sentiram que estava acontecendo uma espécie de “ditadura da minoria”.

Apesar de o PT ter feito inúmeros adversários durante o tempo em que esteve na situação, nenhum político conseguiu encarnar o espírito do antipetismo com tanto sucesso como Jair Bolsonaro. Este ambiente de reação a um extremo foi-lhe favorável. Grande parte do eleitorado evangélico (e, não custa repetir, católico tradicional também) encontrou sintonia com o discurso dele, mesmo não tendo ele um projeto para o Brasil.

IHU On-Line – Em artigo publicado recentemente no sítio do IHU, o senhor menciona que o presidente Jair Bolsonaro tem falas e atitudes que contradizem os valores evangélicos. Gostaria que nos trouxesse alguns exemplos e analisasse: tais atitudes o distanciam “do ser evangélico”? Será ele um evangélico distante do conceito clássico?

Carlos Caldas – Começando pela última parte da pergunta: Bolsonaro não é evangélico. Sua atual esposa (a terceira) é, mas ele não. Em 2016, ele foi “batizado” no Rio Jordão pelo Pastor Everaldo Dias Pereira, líder do PSC, e candidato à Presidência da República em 2014. Mas Bolsonaro não se filiou a nenhuma igreja evangélica, o que permite pensar que este “batismo” foi um gesto feito com intenção de atrair a simpatia do eleitorado evangélico. O sociólogo da religião anglo-brasileiro Paul Freston apresenta Bolsonaro como o primeiro líder político “pancristão” da história do Brasil, pois ele também se aproxima muito de alguns setores católicos, como os carismáticos (ligados à Canção Nova) e alguns tradicionalistas (como o Padre Paulo Ricardo).

Quanto à primeira parte da pergunta: infelizmente não faltam exemplos de falas e atitudes do atual presidente que são nitidamente contrárias a princípios do evangelho de Jesus Cristo. Tais falas têm sido amplamente divulgadas por todos os órgãos e informativos noticiosos, e são facilmente encontrados com uma busca rápida no Google. Sua retórica de defesa do assassinato de quem pensa diferente, sua linguagem chula e de baixo calão, sua facilidade para agredir e insultar são diametralmente opostas à ética cristã. Mesmo assim muitos evangélicos, e muitos católicos também, continuam a conceder-lhe um adesismo acrítico. É de se perguntar se teriam a mesma atitude em relação a um líder político de tendência que não a do atual presidente.

IHU On-Line – Que evangélico é esse que adere a Bolsonaro? E por que ele segue “fechado” com o presidente, mesmo que esse se distancie do “princípio evangélico” e quando há, inclusive, queda de popularidade em outros segmentos?

Carlos Caldas – A maior parte dos evangélicos no Brasil, tanto tradicionais, como por exemplo, presbiterianos e batistas, quanto pentecostais e neopentecostais, adota uma microética, isto é, uma ética que olha apenas para o indivíduo. A tendência é não ter uma macroética, que contemple questões como direitos humanos, defesa do meio ambiente e proteção dos desfavorecidos e fragilizados, que estão na base da pirâmide social. O discurso da maioria dos evangélicos não fala de tais questões. O discurso de Bolsonaro também não. De maneira consciente ou não surgiu aí uma identificação e uma aproximação.

A ironia desta situação é que a Bíblia fala muito de temas de uma macroética, como os agora exemplificados – direitos humanos, defesa do meio ambiente, proteção dos desfavorecidos social e economicamente. A Bíblia fala mais destes temas do que dos temas da ética individual que constam da agenda pública dos evangélicos. Daí por conta da mencionada identificação e aproximação entre estes dois discursos – o de grande parte dos evangélicos e o de Bolsonaro – estes continuam a apoiá-lo incondicionalmente.

Mas há exceções. Não se pode generalizar. Nem todos os evangélicos pensam assim. Exemplo notável de exceção é o reverendo Antonio Carlos Costa, um conhecido pastor presbiteriano na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, tradicional reduto do bolsonarismo, que tem sido pesadamente criticado e “amaldiçoado” por evangélicos por apresentar em suas redes sociais (ele tem milhares de seguidores) crítica a Bolsonaro a partir de princípios bíblicos. Não por acaso o pastor Antonio Carlos Costa é um combativo ativista de direitos humanos, tema absolutamente desprezado pelos discursos da maioria dos evangélicos brasileiros e do atual presidente do país.

IHU On-Line – Olhando para a estrutura do governo de Jair Bolsonaro, como o senhor apreende a participação direta de evangélicos no Executivo?

Carlos Caldas – A tendência tem sido dar e conceder apoio amplo, geral e irrestrito ao presidente, em todos os sentidos. Voltando ao que já foi dito: alguns líderes evangélicos brasileiros tiveram (e têm) a mesmíssima atitude para com o PT. A estes e àqueles falta lembrar que o compromisso primeiro do cristão é e deve ser com o reino de Deus, que está acima das igrejas, das ideologias e dos partidos políticos.

IHU On-Line – Analistas têm afirmado que Bolsonaro insiste na chamada “pauta de costumes” para assegurar a adesão do apoio de evangélicos. Mas, na realidade, qual o peso da “pauta de costumes” para os evangélicos? E em que medida essa pauta corrompe o “princípio protestante”?

Carlos Caldas – A “pauta de costumes” não corrompe o princípio protestante. A primeira parte da pergunta quer saber qual é o peso da pauta de costumes para os evangélicos. Com perdão da redundância, é um peso pesadíssimo. Na mentalidade evangélica brasileira mediana, a prioridade das prioridades é a “salvação da alma”: você vai morrer, e se você for crente em Cristo e tê-lo como seu salvador pessoal, você vai para o céu.

A segunda prioridade é a família. O resto – questões já mencionadas acima, como a militância em defesa de direitos humanos e proteção da vida, seguridade social, proteção do meio ambiente, e semelhantes, em 99,99% dos casos são ignoradas pelo discurso evangélico tradicional. Daí surgir, tal como já mencionado, uma convergência entre o discurso bolsonarista e este discurso evangélico. A aproximação entre estes grupos se tornou inevitável.

IHU On-Line – Como o senhor analisa a entrada dos evangélicos na política nacional no Brasil?

Carlos Caldas – Os evangélicos estão em crescimento numérico no Brasil já há algumas décadas. Como o Brasil é um Estado laico e é uma sociedade democrática, nada mais natural que evangélicos adentrassem na política nacional. Eventualmente o país poderá ter um político que seja budista ou da fé Bahá’i. O fato de haver políticos evangélicos em si é positivo no sentido que comprova o aspecto verdadeiramente democrático da sociedade brasileira. O problema não está no fato de evangélicos entrarem na política nacional no Brasil. O problema está no tipo de política que eles realizarão, se uma de tipo clientelista, voltada apenas para suas comunidades de fé, ou se uma voltada para os interesses da sociedade como um todo.

IHU On-Line – É possível afirmar que evangélicos de fato assumem um protagonismo político somente agora, no governo de Jair Bolsonaro? Por quê?

Carlos Caldas – Não. Indivíduos evangélicos têm assumido protagonismo político no Brasil há muito tempo. Geremias Fontes, que foi governador do Rio de Janeiro no fim dos anos de 1960 e 1971, era membro de uma igreja batista ligada ao movimento da renovação carismática. Marina Silva, que já foi senadora e ocupou o Ministério do Meio Ambiente, também é evangélica pentecostal assembleiana. Estes dois são exemplos de indivíduos evangélicos envolvidos na política brasileira. Dezenas e dezenas de outros poderiam ser apresentados.

Todavia, há que se considerar também não apenas a participação política de indivíduos evangélicos, mas o fenômeno mais recente que é a atuação articulada de evangélicos, a assim chamada Frente Parlamentar Evangélica, conhecida simplesmente como Bancada Evangélica, que atua no Congresso já há alguns anos. Esta Bancada tem como pontos principais de sua agenda questões ligadas à família e à sexualidade. Claro que estas questões são importantes. O problema é quando surge um “monismo” ético, que só se preocupa com isso, e mais nada, como se este fosse o único problema do Brasil.

IHU On-Line – Deseja acrescentar algo?

Carlos Caldas – Expressar meu desejo que, como disse um dos salmistas, a justiça e a paz se encontrem e se beijem na sociedade brasileira.

 

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