Indústrias são as que mais admitem no Vale do Sinos

  • Sábado, 11 de Dezembro de 2010

As indústrias de transformação são responsáveis por transformar matéria-prima em produto final ou intermediário para outras empresas. Este setor representa 6,4% das admissões no mercado formal de trabalho do Estado do Rio Grande do Sul e 39,6% da região do Vale do Rio dos Sinos durante o terceiro trimestre de 2010.

Destes 39,6% de admissões, 9% são contratações através do primeiro emprego e 90% são admissões reemprego. O mercado formal de trabalho das indústrias de transformação no Vale do Sinos contratou mais trabalhadores com experiência de trabalho do que admitiu novos trabalhadores.

Neste mesmo período as indústrias de transformação desligaram 6,1% do total de desligamentos do Estado e 41,2% de trabalhadores do Vale.

Do total de desligamentos nas indústrias de transformação no Vale do Sinos 50,2% dos trabalhadores foram dispensados sem justa causa e 0,7% com justa causa. Durante o terceiro trimestre houve 30,3% de desligamentos espontâneos na região.

A maior movimentação de admissões e desligamentos nas indústrias de transformação nos municípios do Vale do Rio dos Sinos aconteceu em Novo Hamburgo.

As admissões no município representam 1,7% do total de admissões do Estado e 10,8% da região.

As admissões no município de Novo Hamburgo com inicio de contrato por prazo determinado representam 0,1%, o primeiro emprego representa 8,2% e as admissões reemprego representam 91,6% do total.

No mesmo período o município desligou 1,7% de trabalhadores em relação ao Estado e 11,7% em relação ao Vale.

Os desligamentos no município de Novo Hamburgo foram de 48,5% sem justa causa e 0,5% com. No mesmo período houve 29,5% de desligamentos espontâneos.

O diretor de Trabalho da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Tecnologia, Trabalho e Turismo (SEDETUR) do município de Novo Hamburgo, Paulo Haubert, comenta que é importante esta análise.  Ele destaca que o saldo entre admitidos e desligados no trimestre de julho a setembro é de 664 novos postos na indústria de transformação, sendo o maior saldo da região (Canoas foi 480 e São Leopoldo 291). De janeiro ao final de outubro este saldo sobe para 3.924 novos postos de trabalho em Novo Hamburgo, enquanto que em Canoas é de 1.302 e São Leopoldo é de 1.485. O saldo geral de janeiro a outubro em Novo Hamburgo é de 7.005 novos postos, ou seja, a inústria de transformação é responsável por mais de 50% dos novos postos criados no ano no município. Novo Hamburgo tem uma característica industrial, apesar do crescimento do setor de serviços. A indústria continua sendo o maior empregador com mais de 33 mil postos de trabalho na cidade. Evidentemente o setor individual com maior número é o de calçados, onde também é tradicional uma rotatividade significativa. Assim, o Diretor afirma que os dados são altamente positivos, revelando uma retomada do setor de maior consistência econômica (indústria) em 2010, apesar do saldo ter diminuído um pouco no terceiro trimestre em relação aos dois primeiros trimestres do ano.

Em contra ponto o município de Araricá foi o que teve a menor movimentação no setor dos municípios do Vale do Sinos. As admissões do município representam 0,04% em relação ao Estado e 0,25% do Vale. Destas admissões 7,2% são denominadas primeiro emprego e 92,7% reemprego. Os desligamentos sem justa causa foram de 79,1%.

Extrativa mineral

O setor de empregabilidade que consiste em extrair ou retirar recursos naturais em sua forma original, denominado extrativa mineral, foi o setor que menos empregou na região do Vale no terceiro trimestre. As admissões neste setor foram de 0,007% em relação ao Estado e 0,043% das admissões no Vale.

Estes indicadores estão disponibilizados nos sites do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED).

O Observatório da Realidade e das Políticas Públicas do Vale do Rio dos Sinos (Observasinos) ao sistematizar e publicizar estes dados propõe o debate com os gestores municipais e trabalhadores, em vista de avaliar, planejar e implementar políticas de emprego, trabalho e renda fomentadoras do desenvolvimento da região.