2016 volta a ter mais desligados do que admitidos no mercado formal de trabalho no Vale do Sinos

  • Sexta, 2 de Setembro de 2016

1.915 postos de emprego formais reduzidos em julho de 2016. Esta redução resulta em um acumulado negativo no ano: 934 postos em 2016. Nos últimos 12 meses, já se somam 13.963 postos a menos. Em julho, o subsetor da construção civil apresentou a maior redução dentre os 25 subsetores: 744 postos.

Construção civil lidera redução de postos de emprego formais em julho
 

O Observatório da realidade e das políticas públicas do Vale do Rio dos Sinos – ObservaSinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos – IHU, acessou os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – CAGED do Ministério do Trabalho para verificar a movimentação no mercado formal de trabalho no mês de julho de 2016 no Vale do Sinos.

A tabela 01 apresenta a movimentação no mercado formal de trabalho do Vale do Sinos em julho de 2016. Apenas neste mês, foram reduzidos 1.915 postos de emprego.

Com este saldo negativo de julho de 2016, o acumulado do ano volta a ser negativo, com redução de 934 postos, tendo redução de 814 em Sapucaia do Sul e 806 em Canoas. No acumulado anual, metade dos municípios apresenta redução de postos frente à outra metade que apresenta aumento.

Em Campo Bom, o acumulado de 2016 chegou a 495 postos de emprego. Ainda assim, em julho de 2016, o saldo foi de -128.

No mês de julho de 2016 apenas 2 municípios registraram aumento de postos de emprego: Estância Velha e Nova Hartz. Em Estância, o subsetor da indústria de calçados teve aumento de 19 postos, a indústria química de produtos farmacêuticos, veterinários e perfumaria obteve 14 novos postos e a indústria metalúrgica, 5.

A tabela 02 apresenta os 5 subsetores econômicos com maior redução e com maior aumento de postos de emprego formais em julho de 2016 no Vale do Sinos. Estes subsetores são definidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

O subsetor do comércio atacadista registrou o maior saldo positivo, com aumento de 115 postos. Este aumento é pelo menos 6 vezes menor que a redução de 744 postos formais no subsetor da construção civil.

O subsetor do ensino reduziu 238 postos e o de transportes e comunicações, 228. Dos 25 subsetores econômicos, houve aumento de postos de emprego formais em 8. Em outros 17, houve redução.

No mês anterior, junho de 2016, houve aumento de postos de emprego na região: 59. O setor da construção civil havia apresentado aumento de 200 postos frente à redução de 744 em julho.

Por Marilene Maia e Matheus Nienow