Região Metropolitana de Porto Alegre: o desemprego se mantem relativamente estável, enquanto a procura por vagas aumentou no mês de maio

  • Quinta, 29 de Junho de 2017

A Fundação de Economia e Estatística – FEE publicou na quarta-feira, 28/06, a Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana de Porto Alegre – PED-RMPA para o mês de maio de 2017. Os dados apontam para uma relativa estabilidade da taxa de desemprego, enquanto a procura por vagas de trabalho aumentou no mês de maio. O rendimento médio referente ao mês de abril de 2017 teve uma variação positiva para o total de ocupados. Os assalariados tiveram uma pequena redução e houve um aumento para os autônomos.  

Eis o texto:

Depois de seis meses diminuindo, houve  uma variação positiva de 0,3 % na População Economicamente Ativa (PEA), o que equivale a mais cinco mil pessoas no mercado de trabalho. A ocupação, ou seja, as vagas geradas no mercado de trabalho, também aumentou em 0,5% (mais 8 mil), tornando a taxa de desemprego relativamente estável, passando de 11,3% em abril para 11,1% em maio. 

Para a economista da FEE, Iracema Castelo Branco, um mês é muito pouco para caracterizar uma tendência, mas o fato da PEA ter tido comportamento positivo pode indicar que ela chegou no seu limite quanto ao número de pessoas que deixaram o mercado de trabalho. “Se a PEA voltar a crescer pode pressionar os números do desemprego porque a tendência é que não sejam geradas vagas suficientes, já que se houver retomada da economia, esta será lenta”, alerta Iracema. A economista da FEE, Cecília Hoff, complementa  destacando que a recuperação está muito calcada na queda de juros, que não parece suficiente. “Qual a força dessa recuperação? Certamente ela tende a ser lenta e o emprego normalmente é o último a responder. Antes de contratar, se aguarda para ver se a recuperação se efetiva”, pondera.

Com referência aos setores de atividade econômica analisados, houve redução na construção (menos 6 mil ocupados, ou -4,7%) e aumento nos serviços (mais 7 mil ocupados, ou 0,8%), relativa estabilidade no comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (mais 1 mil ocupados, ou 0,3%) e estabilidade na indústria de transformação.

Diminuiu o total de assalariados (menos 15 mil, ou -1,4%), tanto no setor privado (menos 6 mil, ou -0,6%) quanto no setor público (menos 9 mil, ou -5,2%). No setor privado, houve aumento do emprego com carteira (mais 8 mil, ou 1,0%) e redução dos sem carteira (menos 14 mil, ou -15,9%). Em relação aos demais contingentes, novamente houve registro de aumento entre os trabalhadores autônomos (mais 18 mil, ou 7,8%). No segmento empregados domésticos os dados mostram redução (menos 8 mil, ou -7,5%). Já o agregado demais posições, que inclui empregadores, donos de negócio familiar, trabalhadores familiares sem remuneração, profissionais liberais, etc. apresentou crescimento (mais 13 mil, ou 8,4%) — Tabela C.

Entre março e abril de 2017, o rendimento médio real apresentou variação positiva para o total de ocupados (0,4%), redução para os assalariados (-0,5%) e aumento para os trabalhadores autônomos (2,4%), correspondendo a R$ 1.863, R$ 1.863 e R$ 1.621 respectivamente.

Acesse a PED-RMPA completa aqui.