Mostra de Trabalhos: Violências, resistências e enfrentamentos

  • Segunda, 25 de Junho de 2018

O Observatório da realidade e das políticas públicas do Vale do Rio dos Sinos - ObservaSinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos - IHU, promoveu a Mostra de Trabalhos: Violências, resistências e enfrentamentos. O evento fez parte da série de atividades do Ciclo de Estudos “Violências no mundo contemporâneo, interfaces, resistências e enfrentamentos”. Ao todo, nove trabalhos foram apresentados para a mostra. O evento também foi transmitido ao vivo e ficou gravado no canal do YouTube do IHU.

Os trabalhos tiveram o objetivo de realizar a investigação e intervenção na realidade das violências, apontando perspectivas de enfrentamentos para os seus mais diferentes tipos. Após cada apresentação, os participantes debateram sobre os temas expostos, na busca por agregar informações transdisciplinares, já que o público era bastante diversificado. 

O trabalho “Violência de gênero e seus impactos na educação infantil: o que dizem as coordenações pedagógicas” apresentou um estudo vinculado à dissertação “Coordenação pedagógica na Educação Infantil: elaboração de uma rede (in)formativa sobre gênero e sexualidade”. A partir das pesquisas foi feita a reflexão, com as coordenadoras pedagógicas, sobre violências de gênero que perpassam a escola. Acesse aqui o trabalho.

O segundo trabalho apresentado foi “A matriz heteronormativa nos maus-tratos emocionais: um estudo de caso com/sobre casais gays”. O trabalho analisou de que forma se configuram os maus-tratos emocionais em casais não heterossexuais. A pesquisa foi realizada através de dados inseridos na pesquisa maior, intitulada “Violências de gênero, amor romântico e famílias: entre idealizações e invisibilidades, os maus-tratos emocionais e a morte”. Acesse aqui o trabalho.

A terceira apresentação foi sobre o tema “Violência mítica ou divina na educação? Contribuições para a formação de professores”. O trabalho apresentou uma crítica à violência institucional e às escolas que reproduzem este sistema. Acesse aqui o trabalho.

Na quarta apresentação, o trabalho “Violência autoprovocada no município de Canoas/RS: Perfil epidemiológico e a Rede de Atenção” mostrou o impacto na morbimortalidade, e como a violência, nas suas mais diversas formas, tem contribuído para a perda de qualidade de vida entre as pessoas. Também trouxe diversos dados sobre o tema, como a estimativa de que mais de 800 mil pessoas morrem por suicídio e, a cada adulto que se suicida, pelo menos outros vinte atentam contra a própria vida, segundo a OMS. Acesse aqui o trabalho.

A quinta apresentação foi sobre o tema “Juventudes e vulnerabilidade à violência: o olhar do Observatório de Segurança Pública de Canoas”. O Observatório de Canoas é membro da Rede de Observatórios e expôs a correlação entre letalidade e vínculo escolar no município de Canoas, com o intuito de embasar e dar visibilidade às populações que devem ser foco de políticas públicas de prevenção à violência. Acesse aqui o trabalho.

O sexto trabalho tratou do tema “Sistema Prisional e a Assistência Educacional: a educação como instrumento de reinserção”. O objetivo foi de realizar uma revisão sistemática da literatura sobre a importância da assistência educacional, dentro do Instituto Penal Brasileiro, evidenciando a reinserção do apenado na sociedade para fortalecer a sua autonomia. Acesse aqui o trabalho.

O sétimo trabalho foi "Peripécia Fotográfica - O que eu (não) vejo", que apresentou fotos produzidas por mulheres atendidas por um Centro de Referência da Mulher (CRM) da Região Metropolitana de Porto Alegre. O objetivo do trabalho foi de buscar novos olhares e sentidos acerca das percepções e impressões das mulheres usuárias do serviço que estiveram ou estão em situação de violência doméstica. Acesse aqui o trabalho.

A oitava apresentação foi sobre o trabalho “Técnicas de neutralização utilizadas no cometimento de crimes de estado durante o regime ditatorial brasileiro”, que tratou de uma técnica utilizada durante a ditadura para negar as vítimas de violência da época. Acesse aqui o trabalho.

O último trabalho apresentado foi “O medo utilizado como forma de controle social no trabalho pós-moderno: um ataque velado à dignidade da pessoa humana”. Ele trouxe a discussão sobre a invisibilidade da violência contra os trabalhadores e a precarização da mão de obra, diminuição dos direitos, trabalho análogo ao escravo, precariedade das condições de trabalho, assédio moral e sexual nas corporações, dentre outras tantas formas. Acesse aqui o trabalho.