Subsetor do ensino aumenta postos de emprego frente à redução geral no Vale do Sinos em setembro de 2015

  • Segunda, 16 de Novembro de 2015

Observatório da realidade e das políticas públicas do Vale do Rio dos Sinos – ObservaSinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos – IHU, acessou o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - CAGED para analisar a movimentação no mercado de trabalho no mês de setembro do Vale do Sinos a partir da relação entre admissões e desligamentos.

A movimentação do mercado de trabalho é um importante indicador das realidades, pois apresenta a travessia vivida pela população e pelo desenvolvimento contemporâneo. Para tanto, os dados coletados expressam não apenas a movimentação do mercado de trabalho como um todo, mas também abordam esta movimentação em cada setor e subsetor econômico conforme classificação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

A tabela 01 apresenta a movimentação do mercado de trabalho formal no Vale do Sinos por setor econômico. No mês de setembro de 2015, foram desligados 1.671 empregados a mais do que os admitidos. Assim, a movimentação negativa do mercado de trabalho da região se intensificou para o acumulado de 2015 e, também, para os últimos 12 meses.

Em setembro deste ano, o setor da Indústria da transformação manteve-se como o que mais desligou trabalhadores com 4.589 desligamentos, tendo uma movimentação negativa de 1.325 empregados. O setor de serviços teve um número de desligados próximo com 4.125, mas apresentou um total de admitidos de 3.867, resultando em um saldo negativo de 258 postos.

Em 2014, conforme dados da Relação Anual de Informações Sociais – RAIS, 34,36% dos empregados do mercado de trabalho formal estavam vinculados ao setor da Indústria de transformação e 30,75% ao setor de serviços. Estes dois setores representam aproximadamente dois terços dos vínculos do Vale do Sinos em 2014.

A tabela 02 apresenta a movimentação no mercado de trabalho formal no Vale do Sinos em setembro de 2015. Neste mês, o saldo foi negativo, com redução de 1.671 postos de emprego.

A maior redução ocorreu em São Leopoldo, com perda de 393 postos de emprego. Outro município que apresentou alta redução de postos de trabalho foi Canoas, com diminuição de 328 postos. Estes dois municípios representam, respectivamente, 15,99% e 23,25% dos vínculos do Vale do Sinos em 2014 conforme a RAIS.

Outro município que tem um grande número de vínculos, Novo Hamburgo, teve redução de 142 postos de emprego, semelhante à Estância Velha, que obteve redução de 149 postos no mês.

Nos últimos 12 meses, o acumulado negativo é de 15.433 postos de emprego, sendo 4.764 destes em Canoas, o que representa 31% da redução no estado. Em Novo Hamburgo, a redução é de 3.383 postos de emprego frente a 2.309 em São Leopoldo.

O único município que registrou aumento de postos de emprego foi Nova Santa Rita, que obteve aumento de 157 postos nos últimos 12 meses. No acumulado de 2015, o município também registra aumento no número de postos, com 43.

A tabela 03 apresenta a movimentação no mercado de trabalho formal no Vale do Sinos no subsetor de ensino em setembro de 2015. Este subsetor apresentou aumento no número de postos de emprego, tanto em setembro de 2015 como em setembro de 2014, assim como no acumulado de 2015 e nos últimos 12 meses.

Dos 14 municípios da região, apenas 2 tiveram redução de postos de emprego na região em setembro de 2015, sendo que outros dois não tiveram movimentação no mercado de trabalho: Araricá e Nova Hartz.

Os outros 10 municípios apresentaram aumento no número de postos de emprego, sendo que em Novo Hamburgo as 68 admissões superaram os 57 desligamentos, gerando um saldo de 11 postos de emprego.

Na maior parte dos outros municípios o aumento foi tímido, visto que em 4 municípios houve aumento de 1 posto de emprego e em outros 2 houve aumento em 2 postos de emprego: Sapiranga e Sapucaia do Sul.

Este subsetor tem se destacado por ser um dentre os 25 subsetores definidos pelo IBGE que apresenta aumento no número de postos de emprego no mercado formal de trabalho nos últimos meses.