Dados como referência para as políticas públicas

  • Quarta, 22 de Junho de 2016

A Oficina Exercício e Acesso à Base de Dados do IBGE/SIDRA ampliou as possibilidades de coleta e sistematização de dados públicos, apresentando o SIDRA como principal referência em um conjunto amplo de informações acerca da população e economia brasileiras.

Na terça-feira, dia 21-06-2016, ocorreu a Oficina Exercício e Acesso à Base de Dados do IBGE/SIDRA. Esta Oficina foi ministrada pelo Prof. MS. Ademir Barbosa Koucher e teve intuito de apresentar a base de dados do Sistema IBGE de Recuperação Automática – SIDRA, que reúne dados das pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE com destaque aos censos demográficos.

Ademir é Técnico em Informações Estatísticas, vinculado à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Tem experiência na área de sistemas de informação, indicadores socioeconômicos e demografia. Além disso, Koucher possui graduação em Ciências Econômicas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS e mestrado em Sociologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS.

Foto: Carolina Lima

O Observatório da realidade e das políticas públicas do Vale do Rio dos Sinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos – IHU, realizou a oficina com o propósito de promover o acesso e coleta dos dados disponibilizados no SIDRA para promoção dos dados como referência de estudo e problematização para as políticas públicas no contexto do Vale do Rio dos Sinos.

Bancos de dados

Inicialmente o professor apresentou todos os bancos de dados que o IBGE disponibiliza, com destaque para o Banco de Microdados Estatísticos – BME e para as plataformas de acesso aos dados dos países, estados e municípios: Paises@, Estados@ e Cidades@, respectivamente. Por fim, destacou o SIDRA, pontuando que o mesmo é um dos bancos de dados mais acessados.

SIDRA

O Sistema IBGE de Recuperação Automática - SIDRA abrange a maior parte dos dados advindos das pesquisas e estudos do IBGE, mas Ademir destaca que a subdivisão Demografia e Contagem da parte de Seções é uma das mais acessadas. Esta parte contém os dados dos censos demográficos brasileiros, que ocorrem de 10 em 10 anos, e servem como referência para planejamento, execução e monitoramento das políticas públicas no país nos mais diferentes níveis territoriais, tais como grandes regiões, estados, municípios e bairros. Porém, esta última opção só é possível se dado município possui regulamentação legal dos bairros em seu território; portanto, salienta-se a necessidade de tal medida para ampliar a coleta e sistematização de dados como melhores promotores para a execução e avaliação de políticas públicas.

Ademir também destacou que a interface de utilização do SIDRA irá sofrer alterações ainda em 2016 e deverá ser mais intuitiva, a fim de facilitar o acesso aos estudos e pesquisas do Instituto.

Censo Demográfico

O Censo Demográfico brasileiro, que ocorre de 10 em 10 anos, também foi tema de discussão de Ademir. Tal censo tem como objetivo inicial a contagem populacional nos diversos territórios, mas em suas últimas edições tem sido composto de dados que contemplam a qualidade de vida e de acesso a direitos básicos da população. No entanto, para viabilizar a execução de tal pesquisa, o censo se utiliza de dois questionários, sendo um para o universo e outro amostral, ou seja, um questionário é usado em todos os domicílios, e um segundo, o amostral, é usado em alguns municípios. Este último questionário leva mais tempo do que o anterior, visto que abrange maior série de temas.

A próxima coleta do Censo ocorre em 2020, mas Ademir já destaca que se estudam outras possibilidades de pesquisas semelhantes ao censo serem feitas nos próximos anos, tendo em vista novos sistemas de levantamento de dados, como ocorre em outros países, a exemplo de Austrália e França.

Saiba mais A Oficina Realidades e Bases de Dados do IBGE,  está disponível no canal IHU Comunica, na qual Ademir apresenta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e seus principais estudos e pesquisas.

Por Carolina Lima e Marilene Maia