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Acadêmicos do primeiro semestre do Curso de Serviço Social da Unisinos, acompanhados pela coordenadora do curso, Professora Maria Aparecida Marques da Rocha, conheceram o Instituto Humanitas Unisinos – IHU e seus programas, no dia 28 de maio.

Inicialmente foi apresentado aos alunos o sítio do Instituto, que reúne as “Entrevistas do dia” realizadas pela equipe de comunicação, as “Notícias do Dia”, que repercutem os temas como ética, sociedade sustentável, mulheres e sujeitos socioculturais, trabalho e teologia pública, e as publicações e os eventos. Destacou-se durante a apresentação o Gênese, Missão e Rotas do Instituto, que desde sua origem, em setembro de 2001, tem como inspiração o convite feito por um militante anônimo, em maio de 1968, pintado nas paredes do teatro Odéon, em Paris: "Arrisca teus passos por caminhos pelos quais ninguém passou; arrisca tua cabeça pensando o que ninguém pensou".

Os acadêmicos Daiani Michaelsen e Matheus Nienow, respectivamente alunos de Serviço Social e Ciências Econômicas, e que também integram o ObservaSinos, apresentaram o Programa Observatório da Realidade e das Políticas Públicas do Vale do Rio dos Sinos – ObservaSinos, o qual objetiva dar vista aos indicadores socioeconômicos e promover o debate sobre a realidade e as políticas públicas da região do Corede do Vale do Rio dos Sinos e da Região Metropolitana de Porto Alegre – RMPA.

Além das análises publicadas semanalmente, foram apresentadas as ações que o Programa desenvolve como a experiência do Diagnóstico Socioterritorial e do Mapa Falado, realizado com a Vigilância Socioassistencial do município de Canoas, e a participação na Capacitação dos trabalhadores do Sistema Único de Assistência Social – SUAS do município de Novo Hamburgo.

Este espaço promovido foi uma oportunidade de encontro entre acadêmicos e a equipe do Instituto.

Por Daiani Michaelsen, Marilene Maia e Matheus Nienow

 

Com o tema plataformas digitais, informação e produção colaborativa foi promovido o II Seminário da Rede para a Rede. O evento, promovido pela Rede de Observatórios Sociais, que conta com a presença do Observatório da Realidade e das Políticas Públicas do Vale do Rio dos Sinos – ObservaSinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos – IHU, ocorreu na sede do Observatório da Cidade de Porto Alegre – ObservaPoa no dia 18 de maio de 2015.

Além das presenças das equipes dos Observatórios que compõem a rede, o seminário contou com a presença do professor do curso de Comunicação Digital da Unisinos, Daniel Bittencourt.Primeiramente houve a apresentação dos Observatórios, seus objetivos e organização, com o foco na utilização das ferramentas de tecnologia da informação e comunicação em suas metodologias.

A segunda parte do seminário ocorreu no Centro Administrativo Municipal de Porto Alegre. Nessa etapa foi realizada uma roda de conversas entre os Observatórios para a reflexão de alguns temas envolvendo a temática de plataformas digitais, comunicação e produção colaborativa, assessorados pelo Professor Daniel Bittencourt.

Na ocasião foi proposto um mapeamento do perfil dos Observatórios para delimitar o trabalho dentro da rede. A partir de uma reflexão sobre alguns pontos pertinentes, como a identidade, temas e público-alvo de cada Observatório e suas diferenças, pudemos apontar caminhos de enfrentamento aos desafios postos no cotidiano do trabalho dos Observatórios. Para tanto, foram indicados os seguintes compromissos conjuntos pelos Observatórios: potencializar a publicização da informação, o aproveitamento e qualificação de plataformas públicas, o acesso e sistematização de dados públicos.

O professor Daniel Bittencourt contribuiu para o debate pontualizando alguns elementos e condições para a inserção efetiva da Rede de Observatórios nos canais de comunicação como via de democratizar a informação. Destacou aspectos que envolvem a produção, a história, a ontologia e a construção de contextos dos indicadores e como esses estão sendo utilizados a favor da sociedade e da mudança das realidades.

Finalizando o encontro, foi realizado um exercício de utilização da plataforma colaborativa Corais, que será testada em um primeiro momento pela Rede para a viabilização das ações assumidas conjuntamente: História e identidade dos Observatórios, disponibilização de bases de dados utilizadas, assim como para a organização do V Seminário Observatórios, Metodologias e Impactos: Dados e Participação, que ocorrerá nos dias 28 e 29 de setembro de 2015 na Unisinos.

 

Por Daiani Michaelsen, Liz Carniel da Silva, Marilene Maia, Thaís da Rosa Alves e Vanessa Jackisch

A estatística auxilia em diversos campos profissionais, desde os setores industriais, com testes de qualidade e previsões de venda, até os governamentais, com a formulação de políticas públicas e iniciativas econômicas. A partir desta, é possível analisar um conjunto de dados e diferi-los em uma realidade, a fim de solucionar ou diminuir problemas conjunturais a tal ambiente. Pode-se ainda comprovar, segundo dados estatísticos, determinadas realidades; no entanto a estatística é vista (erroneamente) como suporte e não como iluminação (ponto de partida) a um estudo.

O Observatório da Realidade e das Políticas Públicas do Vale do Rio dos Sinos – ObservaSinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos – IHU, realizou no dia 26 de maio a “Oficina: Indicadores da Realidade e o tratamento estatístico”.

A atividade teve o propósito de realizar a aproximação com as concepções e procedimentos estatísticos que orientam o acesso, a sistematização e a análise dos dados pesquisados.

A oficina foi ministrada por Valéria Bassani, que possui Bacharelado em Estatística pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS.

Valéria apresentou ferramentas que auxiliam no processo de tratamento estatístico, assim como os conceitos usados ao tratar dados estatísticos. Ela diferenciou, por exemplo, o uso das informações qualitativas e o das quantitativas, em que as primeiras se referem a classificações nominais (bom, ruim, baixo) e as segundas a números (500, 3.512). No decorrer da Oficina, outros conceitos foram apresentados: medidas relativas, cálculos de variação, propriedades e classificações dos indicadores, criação de formulários para pesquisa, medidas de posição, organização dos dados através de tabelas, gráficos, infográficos, etc.

As oficinas promovidas pelo ObservaSinos – IHU objetivam ser espaços de informação e formação para a análise da realidade dos cidadãos dos municípios da região do Vale do Rio dos Sinos e da região metropolitana de Porto Alegre, assim como para a comunidade acadêmica.

Acesse o site do Instituto Humanitas Unisinos – IHU e confira a programação.

Por Marilene Maia e Matheus Nienow

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O Observatório da Realidade e das Políticas Públicas do Vale do Rio dos Sinos - ObservaSinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos - IHU, realizou, no dia 23 de junho, a Oficina Realidades da Região Metropolitana de Porto Alegre e o Atlas do Desenvolvimento Humano, com a participação do Observatório da Cidade de Porto Alegre - Observa POA, representado pela profª Liane Bayard, pelo estatístico Rodrigo Coster e pelo sociólogo Rodrigo Rangel.

Foto: Rafael Casagrande

Inicialmente, a equipe fez uma breve explanação sobre o ObservaPOA apresentando os principais objetivos e ações do Observatório, que disponibiliza as informações de toda a cidade para os cidadãos de Porto Alegre. Em seguida, foram apresentados alguns instrumentos que o ObservaPOA utiliza para disseminar as informações coletadas em diversas bases de dados públicas.

A ferramenta Porto Alegre em Análise é um Portal que disponibiliza aproximadamente 160 indicadores sobre a cidade de Porto Alegre e também oferece a possibilidade de pesquisa por regiões e bairros. É importante ressaltar que todos os indicadores estão disponíveis para download, aspecto relevante para os cidadãos que têm o direito de acesso à informação.

As informações dispostas neste portal são de fácil acesso e os links para acessar infográficos favorecem o entendimento dos dados, na perspectiva do fortalecimento do controle social das políticas públicas pelos cidadãos.

Outra ferramenta utilizada é a Porto Alegre em Mapas, que possibilita conhecer os equipamentos de Serviços Públicos em toda a cidade, inclusive por região e bairro.

O Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil é uma plataforma de consulta ao Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - IDHM de 5.565 municípios brasileiros, 27 Unidades da Federação - UF, 20 Regiões Metropolitanas - RM e suas respectivas Unidades de Desenvolvimento Humano - UDH. O Atlas apresenta, além do IDHM, mais de 200 indicadores de demografia, educação, renda, trabalho, habitação e vulnerabilidade, com dados extraídos dos Censos Demográficos de 1991, 2000 e 2010. Desta forma, o Atlas engloba o Atlas do Desenvolvimento Humano nos Municípios e o Atlas do Desenvolvimento Humano nas Regiões Metropolitanas.

A Oficina constituiu-se em um espaço de apresentação da plataforma, seu funcionamento, a metodologia de sistematização e análise dos dados, assim como seus resultados e aplicabilidade para o planejamento, monitoramento, avaliação e controle social das políticas públicas.

Das 75 Regiões Metropolitanas no Brasil, apenas 16 conseguiram compor o documento do Atlas com suas informações, e a Região Metropolitana de Porto Alegre - RMPA foi uma delas.

Esta plataforma é valorizada pela sua composição e apresentação, facilitando o acesso universal. Observou-se, no entanto, que as Universidades é que mais utilizam esta ferramenta. Publicizar mais largamente o Atlas é uma tarefa a ser assumida pelos Observatórios e outras instâncias comprometidas com a democratização da informação.

Por:  Daiani Michaelsen, Marilene Maia e Matheus Nienow

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O Observatório da Realidade e das Políticas Públicas do Vale do Rio dos Sinos - ObservaSinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos – IHU, tem como um dos seus propósitos o fortalecimento da cidadania pela população nos diferentes territórios, municípios e região. Para tanto, o ObservaSinos utiliza-se das estratégias de informação das realidades, a partir de dados e indicadores apresentados em bases públicas. Realiza também atividades de formação dirigidas à população, a pesquisadores, gestores, conselheiros, lideranças, em vista de contribuir com a análise crítica e propositiva das realidades e das políticas públicas, que se constituem em mediações para a cidadania.

Este campo de atuação exige competências teórico-metodológicas para que os processos participativos possam ser geradores da in-formação para a cidadania, e a partir disso, serem replicados.

Foto: Átila Alexius

Esta não é tarefa fácil e exige aprofundamentos. Uma das referências importantes para este trabalho está nas METODOLOGIAS PARTICIPATIVAS, que se transformou em objeto de estudos pela equipe do Observa, juntamente com a equipe da Vigilância socioassistencial de Canoas e um grupo de professores e alunos pesquisadores com atuação naquele município. Até o momento foram realizados dois Seminários de estudos, que ocorreram nos dias 16 e 30 de junho na Unisinos.

Inspiração que vem da prática

Uma das práticas que justificou ainda mais significativamente a viabilização destes seminários vem do trabalho de sistematização do Diagnóstico Socioterritorial e do Mapa Falado em implementação desde o ano de 2014 no município de Canoas, realizado em parceria pela Diretoria da Vigilância Socioassistencial da Secretaria do Desenvolvimento Social do município e pelo ObservaSinos, juntamente com outros apoiadores. A sistematização do diagnóstico dos territórios e quadrantes poderia se encerrar com a exposição dos dados e das respectivas inferências sobre as realidades. Contudo, vislumbrou-se como fundamental apresentar, debater e apontar perspectivas com a população que vive estas realidades. Para tanto, está em realização o Mapa Falado, que é um instrumento promotor desta participação. Analisar os processos e resultados deste trabalho se constituiu em objetivo do Seminário de Estudos.

Referências e autores

As metodologias participativas têm sido tema de estudos e pesquisas de diferentes áreas de conhecimento. Importante destacar que na Unisinos o Grupo de pesquisa “Mediações Pedagógicas e Cidadania”, liderado pelo Prof. Danilo Streck, tem referenciado e apoiado o trabalho do ObservaSinos. A partir dele o Diagnóstico e o Mapa Falado se constituíram em comunicação no III Seminário Internacional de Investigação-ação participativa, que aconteceu em junho de 2015 em Bogotá, na Colômbia. Sua contribuição também se deu na indicação de um dos textos de estudo dos seminários: “Reconstruindo um processo participativo na produção do conhecimento: Uma concepção e uma prática”, da pesquisadora e assistente social Maria Ozanira da Silva e Silva. O outro texto tem como referência os estudos realizados pelos Observatórios sobre participação, que é tema do V Seminário, a ser realizado em setembro próximo: “Renovar a Teoria Crítica e Reinventar a Emancipação Social”, do sociólogo Boaventura de Sousa Santos.

Os seminários de estudos

Os Seminários tiveram a participação de 15 pessoas, sendo acadêmicos do curso de Serviço Social da Unisinos, membros da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social de Canoas e da equipe do ObservaSinos/IHU. Os debates foram realizados a partir dos dois textos de referências, cujos destaques foram: No texto de Maria Ozanira da Silva e Silva, foram abordadas a efetividade das políticas públicas e a comprovação dos benefícios que estas políticas geram com recursos públicos. A partir disso, questionou-se a diminuição do escopo estatal e como a diminuição de recursos públicos afeta essas políticas. Outro ponto questionado foi a estrutura burocrática imposta aos gestores públicos e os impactos causados pelas políticas não só à população-foco, mas também aos próprios gestores.

Maria Ozanira também aborda o conceito do 'saber é poder' para afirmar que a informação é um instrumento de poder político à população. Além disso, ela pontua que a pesquisa é um processo contínuo, constituído por etapas e que nestas há uma construção coletiva do saber. Destaca-se também a necessidade da inserção e o comprometimento ético do pesquisador com os problemas sociais e a articulação e superação da dicotomia sujeito-objeto e teoria-prática.

Por fim, os últimos apontamentos neste texto se dão quanto ao critério do mérito, que é visto, em muitos casos, como aspecto exclusivo da participação popular. É destacada também a relação dos profissionais da academia com o ambiente em que atuam.

O texto de Boaventura de Sousa Santos contribuiu com um olhar sociológico para o debate das metodologias participativas. No início, discutem-se as diferenças entre monoculturas e ecologias e entre fronteiras e limites. Questiona-se o enfrentamento entre movimentos sociais e partidos políticos, que costumam não dialogar.

A sociologia da emergência também é discutida, visando o que emerge dos processos sociológicos. O texto afirma que é importante reconhecer a visão da comunidade e dialogar com esta a fim de promover um melhor ambiente de estudo. Outro aspecto estudado é a sociologia das ausências, em que se destaca o que está presente no ambiente, mas que não é reconhecido pela população.

A diferença entre a análise micro e a macro também foi tema do texto, que abordou a análise de um mesmo objeto em dois momentos. Discutiram-se os saberes do local, que foram relacionados ao Mapa falado, e a importância do reconhecimento da cultura de cada localidade.

O III Seminário de Estudos está previsto para ocorrer no dia 14 de agosto, onde serão aprofundadas as metodologias sobre PESQUISA-AÇÃO, levando-se em conta as referências debatidas no III Seminário do IAP.

Neste dia, estará presente o Prof. Danilo para que indique referências para este estudo, assim como para participar do seminário para contribuir na exposição destas referencialidades. Além disso, será feita uma síntese dos conteúdos vistos e debatidos nos dois textos estudados para que sirva de referência aos próximos encaminhamentos dos Seminários.

Relato sistematizado por: Átila Alexius, Marilene Maia e Matheus Nienow

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O Observatório da Realidade e das Políticas Públicas do Vale do Rio dos Sinos (ObservaSinos), programa do Instituto Humanitas UnisinosIHU, em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência Social da Prefeitura Municipal de Canoas, irá realizar, no próximo dia 28 de julho, das 14h às 17h, a oficina “Realidades, Diagnóstico Socioterritorial e Mapa Falado”, que ocorrerá na Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros, no IHU. A atividade será ministrada  pela MS Marlene Rosa de Oliveira Fiorotti e por Roberto Pereira do Nascimento Junior, ambos da prefeitura municipal de Canoas.

O evento tem como meta debater as metodologias e sistematização das experiências do diagnóstico Socioterritorial e, também, o processo de construção do Mapa Falado.

Em abril deste ano, o ObservaSinos também recebeu representantes da Secretaria Municipal de Assistência Social de Canoas para debater sobre a construção coletiva do Diagnóstico Socioterritorial e do Mapa Falado.

Mapa Falado

É um instrumento de aproximação entre a população e os servidores da Prefeitura de Canoas em que divide a cidade em Quadrantes (Nordeste, Sudeste, Sudoeste, Noroeste), onde cada um abrange um número de bairros do munícipio. Através de reuniões junto a moradores dos quadrantes, os servidores apresentam dados do local (como estatísticas populacionais, números relacionados ao Bolsa Família e CadÚnico, entre outros) e depois iniciam o debate com os cidadãos para que eles possam expor quais são as partes de Proteção e Desproteção Social daquela região.

A atividade é gratuita e aberta ao público. Inscreva-se aqui.

Por Matheus Freitas

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O Observatório da realidade e das políticas públicas do Vale do Rio dos Sinos - ObservaSinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos – IHU, promoveu no dia 28 de julho a Oficina Realidades, Diagnóstico Socioterritorial e Mapa Falado, com a assessoria de MS Marlene Rosa de Oliveira Fiorotti e Acad. Roberto Pereira do Nascimento Junior, trabalhadores da Diretoria de Vigilância Socioassistencial do município de Canoas.

Oficina - Realidades, Diagnóstico Socioterritorial e Mapa Falado

O objetivo da oficina foi apresentar as referências e metodologia do Diagnóstico Socioterritorial e do processo de construção do Mapa Falado, que se constituem em estratégia fundamental para conhecer, analisar e debater sobre as realidades, em vista do planejamento de políticas públicas locais. A exposição foi realizada a partir da experiência realizada no município de Canoas.

A Oficina iniciou com a reflexão individual dos participantes sobre suas experiências de cidadania. Seguiu-se a socialização das experiências, revelando diferentes expressões, territórios e perspectivas de atuação, que, na sua maioria se constitui em redes.

Em um segundo momento, foram formados grupos para a realização de uma atividade. A estes grupos foram entregues mapas de alguns municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre, para que os participantes se identificassem como moradores e/ou trabalhadores destes territórios. A partir disso, a tarefa dada aos grupos foi de indicar os pontos de proteção e desproteção sociais, caracterizando as realidades que constituem cada território.

A partir daí foi apontado o desafio de que os grupos escolhessem um ponto de desproteção e indicassem estratégias para a sua superação. Assim, alguns dos pontos de desproteção apontados foram os de mobilidade urbana, infraestrutura urbana e acesso a saneamento básico.

A partir desta dinâmica, Marlene e Roberto apresentaram o Diagnóstico Socioterritorial de Canoas e o Mapa Falado elaborado, aliados aos seus resultados, avaliações e perspectivas futuras, que foi realizado no município de Canoas durante o ano de 2014.

Entenda o Diagnóstico Socioterritorial de Canoas O Diagnóstico Socioterritorial é uma produção coletiva que envolveu a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social – Diretoria de Vigilância Socioassistencial de Canoas, e a Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Instituto Humanitas Unisinos e Curso de Serviço Social, com contribuições do Centro Universitário Lasalle - Observatório do Trabalho e a assessoria da Professora Dirce Koga.

Este exercício coletivo iniciou-se com levantamento dos indicadores sociais junto aos institutos de pesquisa, tais como Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, bem como a outros possíveis produtores de informações nas políticas públicas, como Secretaria Municipal de Saúde, Secretaria Municipal de Segurança Pública, setor de monitoramento, entre outras instituições municipais.

Os indicadores sociais apresentam a realidade dos quadrantes e os seus respectivos bairros com georreferenciamento das informações coletadas. Para compor o diagnóstico foram realizadas pesquisas de campo para os quadrantes, com o envolvimento de todos os bairros em cada quadrante, com o objetivo de captar a realidade vivida em cada território.

Para tanto, foram feitas oficinas com a Rede intersetorial em cada quadrante, seguida por oficinas com a população e com representação de todos os bairros do referido quadrante, bem como entrevista com a população em geral em lugares variados da cidade, quais sejam: ponto de ônibus, no Centro de Referência de Assistência Social, na Unidade de Saúde, na escola, na associação de Moradores, no salão da igreja, entre outros.

A pesquisa que direcionou a construção do diagnóstico socioterritorial foi a questão de proteção e desproteção social no território. Sendo assim, este diagnóstico desde a sua origem fez o exercício de leitura de realidade neste sentido, buscando parceria com as políticas sociais em geral da cidade.

Para além do “mapeamento” da população em vulnerabilidade e territórios com incidência de pobreza, o diagnóstico quer sinalizar em que medida a proteção social está sendo efetivada e o que precisa ser melhorado para o enfrentamento da desproteção social no e do território.

O diagnóstico socioterritorial ora apresentado será uma das principais ferramentas para planejamento, intervenção, monitoramento e avaliação da política de assistência social, em articulação com as demais políticas públicas locais.

Entenda o Mapa Falado

O Mapa Falado foi construído a partir da dinâmica do Diagnóstico Socioterritorial, que contou com a participação da comunidade. Foram indicados os pontos de proteção e desproteção social com o auxílio de mapas georreferenciados, em encontros realizados em cada quadrante. Por isso, a denominação Mapa Falado.

Esta experiência foi apresentada no 3° Simpósio de Investigação e Ação Participativa, em Bogotá, na Colômbia. Marlene comentou que algumas experiências semelhantes ao Mapa Falado de Canoas foram realizadas em outros países e denominadas de Cartografia Social.

Por Marilene Maia e Matheus Nienow.

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Aconteceu nesta terça-feira, dia 25 de agosto, a Oficina “Realidades e Sistema de Informações Geográficas (Quantum GIS)”, ministrada por Roberto Pereira do Nascimento Junior, que atua na equipe de Vigilância Socioassistencial do município de Canoas.

A oficina foi uma atividade promovida pelo Observatório da Realidade e das Políticas Públicas do Vale do Rio dos Sinos – ObservaSinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos – IHU, com o objetivo de apresentar a ferramenta Quantum GIS, que é um software livre de Sistema de Informações Geográficas utilizado para criar, visualizar, editar e compor mapas com dados georreferenciados. A ferramenta é de acesso gratuito e está disponível para download no sítio: http://qgisbrasil.org/.

Foto: Carolina Lima

Foram apresentados, inicialmente, os conceitos básicos, seguido das orientações sobre a sua aplicação no georreferenciamento e, finalmente, realizado o exercício da construção de mapas. Foi destacada a importância do programa, da mesma forma que incentivada sua utilização na construção de mapas a partir das demandas e interesses conforme as especificidades de cada participante.

Estiveram presentes acadêmicos da Unisinos, assim como professores da rede pública de ensino municipal do município de São Leopoldo. Na avaliação, se falou da importância do conhecimento da ferramenta para auxiliar as atividades de construção dos mapas falados. Este é mais um evento gratuito que se propõe a contribuir com os processos de informação, análise e intervenção nas realidades e políticas públicas.

A próxima Oficina promovida pelo ObservaSinos – IHU acontece no dia 9 de setembro e tem como tema “Indicadores da Realidade e Infográficos”. Essa atividade será ministrada pela Profa. Dra. Juliana Alles de Camargo de Souza. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo sítio.

Para acompanhar estas e outras atividades, acesse o sítio do IHU.

Por:  Carolina Lima, Marilene Maia e Matheus Nienow

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Analisar e articular as concepções e práticas dos Observatórios em relação aos dados e à participação, e seus impactos no cenário contemporâneo é o objetivo do V Seminário Observatórios, Metodologias e Impactos: Dados e Participação que será realizado nos dias 28 e 29 de setembro no Auditório Central, no Campus de São Leopoldo da UNISINOS (Av. Unisinos, 950, São Leopoldo – RS).

A pesquisadora Rosana Kirsch, do Observatório das Políticas de Saúde para as Populações do Campo, Floresta e Águas – Núcleo de Estudos de Saúde Pública da Universidade de Brasília – Nesp/UnB, destaca a importância desta temática para o cenário atual, ao comentar que a relevância do acesso a esses dados para a população em geral. "O acesso a dados precisa se popularizar, não ser somente ação de especialistas. Organizações comunitárias, movimentos sociais, a população precisa ter os dados públicos acessíveis e abertos, tendo mais informações para contribuir em espaços de decisão, como conselhos, fóruns e escolher seus representantes.".

O evento dá continuidade aos quatro Seminários anteriores, que objetivaram promover o estudo e o debate sobre o papel dos Observatórios, suas metodologias e impactos.

A primeira atividade será uma roda de conversa dos Observatórios Sociais: dados e participação com o Prof. Dr. Alfonso Torres Carrillo, da Universidad Pedagógica Nacional (UPN), da Colômbia. Após, ocorrerá o lançamento das produções dos Observatórios e uma conferência de abertura com a temática Informação e metodologias participativas, desafios nos cenários atuais.

No segundo dia de evento, ocorrerá a mesa redonda sobre Dados e Participação: experiências e metodologias. O Prof. MS Daniel Bittencourt, da Unisinos, abordará sobre as Plataformas Polaborativas; Solange Engelmann, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, debaterá sobre Movimentos Sociais e a Informação; Alan Freihof Tygel, da Cooperativa EITA e UFRJ, tratará sobre o Letramento e uso efetivo dos dados; Diagnóstico socioterritorial e mapa falado serão os temas abordados por Marlene da Rosa de Oliveira Fiorotti, da Prefeitura Municipal de Canoas – RS e Escola de Dados por Natalia Passos Mazotte Cortez – RJ. Após, o prof. Danilo Streck, da UNISINOS, falará sobre Desafios e Estratégias para o Avanço dos Observatórios Sociais.

Faça sua inscrição aqui.

Para mais informações sobre a agenda de eventos do IHU, acesse: http://www.ihu.unisinos.br/eventos/agenda

Veja os e-books já publicados das edições anteriores: 2011 I Seminário Observatórios, Metodologias e Impactos nas Políticas públicas  2012 II Seminário Observatórios, Metodologias e Impactos nas Políticas públicas 2013 III Seminário Observatórios, Metodologias e Impactos nas Políticas públicas: Estado, Sociedade, Democracia e Transparência  2014 IV Seminário Observatórios, Metodologias e Impactos referências, memórias e projeções 

Por Fernanda Forner

Com o intuito de instrumentalizar as ações no cenário social em relação à saúde, ambiente e gestão em rede, Instituto Humanitas Unisinos – IHU, através do Programa ObservaSinos promove a Oficina Realidades de Saúde e Ambiente, a realizar-se no dia 30 de setembro às 9 horas.

A atividade será ministrada por Rosana Kirsch, membro da Cooperativa Educação, Informação e Tecnologia para Autogestão – EITA e por Assis Farias Machado, integrante do Observatório da Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo, da Floresta e das Águas - Obteia que irão expor a concepção de saúde, a partir de indicadores ambientais e de saúde e sua interlocução com o trabalho em rede.

Durante a oficina os professores passarão a explorar as concepções e experiências através dos indicadores de Ambiente e Saúde e apresentarão suas considerações sobre gestão em rede.

Acervo IHU

Em conversa por e-mail, Rosana destacou a falta de publicização de informações acerca dos dados de Ambiente e Saúde: “Na área da saúde das populações do campo, floresta e águas ainda há vazios de informações. Por um lado, muito precisa ampliar o acesso à saúde pública no campo, floresta e águas, por outro se percebe a subnotificação de questões relacionadas à saúde, como por exemplo, em relação à intoxicação por agrotóxicos que atinge especialmente a/o agricultor/a”.

Rosana possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (2004) e mestrado em Sociologia pela Universidade de Brasília (2007). Integra a Cooperativa Educação, Informação e Tecnologia para Autogestão - EITA. Tem experiência na área de Educação e Sociologia, desenvolvendo atividades e pesquisa principalmente em economia solidária, movimentos sociais, autogestão, Estado e educação popular.

Machado é mestrando em Desenvolvimento Rural e Empreendimentos Agroalimentares pela Instituto Federal do Pará, IFPA/Castanhal, Especialista em Gestão Escolar pela Faculdade Montenegro da Bahia (2011), Gestão da Educação Pública pela Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF - MG (2012), Especializando em Planejamento, Implementação e Gestão na Educação à Distância pela Universidade Federal Fluminense - UFF/RJ (2013), Graduado em Pedagogia pela Universidade Federal do Pará (2008). Atua como Coordenador de Ensino no Instituto Federal do Pará Campus Breves, tem experiência na área de Formação de professores da Educação Básica.

Inscreva-se!

Rosana já esteve no IHU em outras oportunidades. Os vídeos das suas palestras podem ser acessados nos links abaixo:

Por Nahiene Alves

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