28 Setembro 2015
O primeiro compromisso ao chegar em Filadélfia, hoje, foi na catedral da cidade, onde é levado a cabo o Encontro mundial das famílias, dedicada aos Santos Pedro e Paulo. O Papa celebra uma Missa com os bispos, o clero e os religiosos da Pensilvânia. Falou sobre os leigos com os clérigos e religiosos.
Recordou que Caterina Drexel, “uma das grandes santas que esta Igreja local tem dado”, quando falou com Leão XIII, escutou como resposta uma pergunta pessoal: “E tu? Que vais fazer?” Estas palavras, disse Francisco, “mudaram a vida de Catarina, porque lhe recordaram que no final todo cristão, homem ou mulher, em virtude do batismo, recebeu uma missão. Cada um de nós precisa responder o melhor que possa ao chamado do Senhor para edificar seu Corpo, a Igreja”.
O Papa Bergoglio sublinhou “dois aspectos destas palavras no contexto de nossa missão particular para transmitir a alegria do Evangelho e edificar a Igreja, quer seja como sacerdotes, como diáconos ou membros de institutos de vida consagrada”. Em primeiro lugar, estas palavras “foram dirigidas a uma pessoa jovem, a uma mulher jovem com altos ideais, e mudaram sua vida. Fizeram-na pensar no imenso trabalho que precisava fazer e a levaram a dar-se conta de que estava sendo chamada a fazer algo a respeito”.
A reportagem é de Andrea Tornielli, publicada por Vatican Insider, 26-09-2015. A tradução é de Benno Dischinger.
“Quantos jovens em nossas paróquias e escolas – disse Francisco – têm os mesmos altos ideais, generosidade de espírito e amor por Cristo e a Igreja! Nós os desafiamos? Nós lhes damos espaço e os ajudamos para que realizem sua incumbência? Encontramos o modo de compartilhar de seu entusiasmo e seus dons com nossas comunidades, sobretudo na prática das obras de misericórdia e na preocupação pelos demais? Compartilhamos nossa própria alegria e entusiasmo no serviço ao Senhor?”
Um dos grandes desafios para a Igreja de hoje, continuou, “é fomentar em todos os fiéis o sentido da responsabilidade pessoal na missão da Igreja e capacitá-los para que possam cumprir com tal responsabilidade como discípulos missionários, como fermento do Evangelho em nosso mundo. Isto requer criatividade para adapta-se às mudanças das situações, transmitindo o legado do passado não só através da manutenção das estruturas e instituições, que são úteis, senão sobretudo abrindo-se às possibilidades que o Espírito nos descobre e mediante a comunicação da alegria do Evangelho, e isso todos os dias e em todas as etapas de nossa vida”.
O futuro da Igreja, explicou Bergoglio, “numa sociedade que muda rapidamente, reclama, já desde agora, uma participação dos leigos muito mais ativa”. Isto, indicou, “não significa renunciar à autoridade espiritual que nos tem sido confiada; significa, antes, discernir e empregar sabiamente os múltiplos dons que o Espírito derrama sobre a Igreja. De maneira particular, significa valorar a imensa contribuição que as mulheres, leigas e religiosas, têm dado e continuam dando à vida de nossas comunidades”.
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Francisco pede mais espaço para os leigos na Igreja - Instituto Humanitas Unisinos - IHU