Secretário de Estado do Vaticano discute a prisão de Guantânamo com John Kerry

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17 Dezembro 2014

O secretário de Estado do Vaticano discutiu a questão sobre a continuidade do centro de detenção militar dos EUA na Baía de Guantâmano, Cuba, durante uma reunião com o secretário de Estado John Kerry, informou o Vaticano.

A reportagem é Joshua J. McElwee, publicada pela National Catholic Reporter, 15-12-2014. A tradução é de Isaque Gomes Correa.

O cardeal Pietro Parolin e John Kerry discutiram o “compromisso dos Estados Unidos de fechar a prisão de Guantânamo e o desejo por uma atenção favorável da Santa Sé em buscar soluções humanitárias adequadas aos atuais detentos”, disse o porta-voz vaticano e padre jesuíta Federico Lombardi.

Kerry se reuniu com Parolin nesta segunda-feira no Vaticano durante uma visita que o ministro estadunidense está fazendo a Roma, principalmente para se encontrar com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu. Lombardi falou aos repórteres após a reunião ter sido encerrada. O momento entre as duas autoridades durou cerca de uma hora.

Segundo Lombardi, entre outros assuntos incluídos nas discussões dos ministros estavam a situação geral no Oriente Médio, as negociações entre as autoridades israelenses e palestinas, a continuidade da crise na Ucrânia e a epidemia de ebola.

Lombardi não entrou em detalhes sobre o conteúdo destas discussões, afirmando que poderia apenas informar os assuntos tratados.

Os bispos americanos têm pedido, por repetidas vezes, o fechamento do centro de detenção de Guantânamo, dizendo que os usos amplamente divulgados de tortura na base militar violam os ensinamentos da Igreja.

A última demonstração de oposição por parte dos bispos veio em uma carta de 9 de dezembro assinada pelo presidente da comissão dos bispos dos EUA em matéria de justiça e de paz internacional. Dom Oscar Cantú remeteu a carta ao enviado especial do Departamento de Estado americano para o fechamento de Guantânamo.

Durante muitos anos temos pedido pelo fechamento de Guantânamo, pois esta base militar se tornou um símbolo das violações dos direitos humanos, já que os detentos têm sido abusados e mantidos em detenção sem julgamento”, Cantú disse ao enviado, Clifford Sloan.

Como é de seu conhecimento, há muito tempo a Igreja Católica deixa clara a sua oposição absoluta à tortura, chamando-a de um ‘mal intrínseco’”, continuou o religioso, dizendo que os bispos apoiam os esforços no sentido de acelerar a transferência destes detentos para outras instalações ao redor do mundo.

Kerry chegou a Roma no domingo e, à noite, se reuniu com o primeiro-ministro russo Sergei Lavrov. Kerry deve se reunir com Netanyahu na segunda-feira. Na pauta, está debater os planos palestinos de apresentar uma resolução diante do Conselho de Segurança da ONU, delineando um processo israelo-palestino de paz.

Netanyahu disse que se opõe fortemente à proposta de resolução palestina, que pede pela retirada israelense de terras reivindicadas por um Estado palestino formal.

Kerry deve viajar no fim de segunda-feira para Paris e, em seguida, para Londres, onde continuará as negociações sobre o assunto.

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