24 Novembro 2014
As dioceses da Inglaterra e do País de Gales vão recomeçar grupos de reflexão sobre as famílias. Peter Lavery esperava essa notícia com impaciência.
A reportagem é de Tristan de Bourbon, publicada no jornal La Croix, 20-11-2014. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
"Depois do envio em dezembro passado da nossa síntese do questionário para o Sínodo sobre a família ao arcebispo de Westminster, Dom Vincent Nichols, que depois se tornou cardeal, esperávamos poder começar de novo", diz satisfeito o diácono de Hexham e Newcastle. A publicação, na segunda-feira de manhã, das resoluções tomadas na semana passada pela Conferência Episcopal da Inglaterra e do País de Gales lhes indica o caminho a seguir.
"Na nossa diocese, devemos rezar incansavelmente para que o Espírito Santo continua agindo", é a sua convicção. "Foi-nos sugerido para criar equipes mistas compostas por homens, mulheres, leigos e religiosos para refletir juntos de novo."
Será redigido um novo relatório, que depois será enviado aos órgãos da Igreja local, antes da próxima reunião dos bispos, que geralmente ocorre na semana que precede a Páscoa. "Também foi pedido que os grupos saiam das Igrejas para falar sobre o conteúdo do seu trabalho", diz Peter Lavery.
Um ano depois do envio do questionário sobre a família por parte do Papa Francisco, as esperanças foram frustradas em parte, no entanto. Nada menos do que 750 questionários impressos e online foram preenchidos apenas na diocese de Hexham e Newcastle, e 5.000 em todo o território.
"O entusiasmo era grande, seja entre o clero, seja entre os leigos, mas a oportunidade desse impulso incrível não foi aproveitada", afirma o diácono, desolado. "De fato, a Santa Sé nos obrigou a manter em segredo o conteúdo da síntese que enviamos ao nosso arcebispo, para não pressionar o Sínodo. Isso gerou uma grande frustração em todos os participantes. Os céticos não conseguiram ser tranquilizados de que a sua visão não havia sido omitida da nossa síntese."
No entanto, o Sínodo, no Vaticano, foi acompanhado com atenção pelos mais comprometidos. "Ficamos muito contentes de ver que diversas expressões usadas pelos bispos haviam sido tiradas diretamente dos questionários elaborados pelos leigos", afirma. "Para permitir que todos acompanhassem e entendessem o desenvolvimento do Sínodo, inserimos no nosso site, pouco a pouco, links aos documentos oficiais."
Embora o Sínodo tenha tido uma cobertura mediática sem precedentes, com um acompanhamento regular pelos jornais e telejornais, Peter Lavery pensa que "a maioria das pessoas não entenderam tudo muito bem, porque o fluxo de informações era contínuo. Assim, não se deram conta dos progressos feitos pela Igreja, e deveriam descobrir isso nas próximas semanas. Como disse o Papa Francisco, o ano que nos espera não será um ano em branco."
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Católicos britânicos reavivam o debate sinodal - Instituto Humanitas Unisinos - IHU