Seul: visita surpresa do Papa Francisco à universidade dos jesuítas

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18 Agosto 2014

Um programa imprevisto caracterizou o retorno do Papa Francisco a Seul, depois do encontro com os jovens asiáticos em Daejeon. Antes de chegar à nunciatura para concluir o dia, o papa quis visitar a Sogang University, instituição fundada pela Companhia de Jesus em Seul, em 1960.

A reportagem é publicada pelo sítio da Rádio Vaticano, 15-08-2014. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Entre os presentes na visita, estava o diretor da revista La Civiltà Catolica, o padre Antonio Spadaro, que relata os instantes da visita ao microfone do nosso correspondente, Davide Dionisi.

"O papa decidiu ir a encontrar os seus coirmãos jesuítas e comunicou isso nessa quinta-feira. Portanto, foi uma coisa absolutamente nova até para eles, que ficaram desconcertados, porque não sabiam o que preparar e como. Na realidade, o encontro foi de uma simplicidade incrível: uma sensação de casa, de família, de normalidade absolutamente grande, poderosa."

Eis a entrevista.

O que vocês se disseram e o que ele disse sobretudo aos coirmãos?

Bem, enquanto o papa entrava e era acolhido, como vocês podem imaginar, houve um grande aplauso, e todos se apresentaram. Apresentaram-se um por um no fim, mas no início também, por tipologia de atividades: os jovens em formação, depois os noviços e depois aqueles que lidam com o apostolado espiritual, o apostolado juvenil. Foi verdadeiramente uma grande festa.

O papa desfrutou muito desse clima e, então, depois de algumas poucas palavras introdutórias de saudação, o papa falou. Falou de improviso, absolutamente de improviso, obviamente, e foi um discurso simples e poderoso, todo centrado em uma palavra – consolação – que, para nós, jesuítas, é uma palavra fundamental: a consolação espiritual. Ele disse que nós somos ministros de consolação, que às vezes na Igreja experimentam-se cansaço, às vezes feridas, às vezes as pessoas experimentam feridas também por parte de ministros da Igreja.

E repetiu aquela expressão que ele tinha me comunicado na entrevista sobre a Igreja como um "hospital de campanha". Ele a repetiu, a confirmou. Essa é a sua visão da Igreja. Assim, a tarefa para nós, jesuítas – mas eu diria, mais em geral, dos ministros do Evangelho, dos sacerdotes, dos religiosos –, é a de sermos pessoas de consolação, que dão paz às pessoas, que aliviam as feridas. E ele repetiu isso de vários modos e com acentos muito intensos, muito envolventes.

Ele fez alguma referência à situação coreana, aos objetivos da sua visita?

Ele saudou... Não, não falou da sua visita em geral, mas se referiu a uma situação particular, porque, durante o encontro com os jovens, uma moça cambojana fez referência ao fato de que o seu país não tem um santo canonizado. Na realidade, há um mártir, o primeiro bispo, que se encontra na fase do processo de beatificação, em todo caso, de exame, do qual o papa está absolutamente consciente. À parte isso, porém, o papa ficou profundamente tocado pelo fato de uma moça tão jovem ter se feito uma pergunta desse tipo. Além disso, nós já vimos isso no encontro. Isso o tocou profundamente e ele o repetiu, porque havia um jesuíta coreano que vive no Camboja. Portanto, havia também jesuítas que vivem em outros lugares.

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