Por: Cesar Sanson | 16 Abril 2014
Em reservado, os deputados petistas se queixaram de que são cobrados na rua, mas não têm argumentos para defender Vargas, alvo de processo no Conselho de Ética da Câmara.
A reportagem é de Luciana Lima e publicado pelo iG, 14-04-2014.
Em reunião da bancada petistas nesta terça-feira (15), os deputados petistas se mostraram irritados com o fato de não terem argumentos para fazerem, em público, a defesa do deputado André Vargas (PT-PR), atual vice-presidente da Câmara.
Vargas enfrenta processo por quebra de decoro parlamentar por ter usado em suas férias com a família um jatinho particular de propriedade do doleiro Alberto Youssef, preso sob suspeita de envolvimento no esquema de lavagem de dinheiro investigado pela operação lava-jato, da Polícia Federal.
Em reservado, os deputados reclamaram que, até agora, Vargas não apresentou ao partido sua versão sobre a acusação de tráfico de influência que pode custar seu mandato. Até a informação de que ele não havia renunciado ao cargo de vice-presidente da Câmara pegou os petistas de surpresa.
A renúncia ao cargo foi anunciada pelo próprio André Vargas na semana passada, mas até agora, o pedido não chegou a ser protocolado na Mesa Diretora da Câmara.
Na avaliação feita pelos petistas, a demora e as informações desencontradas, referentes ao caso André Vargas, vêm provocando desgaste ao partido, que já estava em processo de escolha de nomes para substituí-lo no cargo.
O líder do partido na Câmara, deputado Vicentinho (PT-SP), informou a bancada que chegou a convidar André Vargas para a reunião, no entanto, ele não aceitou o convite. Uma opção defendida pela bancada também foi uma conversa com Vargas, fora da Câmara, longe da imprensa.
Os petistas avaliaram ainda que, ao contrário do episódio envolvendo André Vargas, a estratégia adotada na semana passada em relação às denúncias envolvendo a Petrobras tem produzido bons frutos.
O ex-presidente da estatal Sérgio Gabrielli se reuniu com a bancada para municiar os deputados com informações. A partir de então, petistas e a própria presidente Dilma Rousseff saíram em defesa da compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, alvo de investigação e epicentro da crise.
Os petistas avaliaram ainda que as explicações prestadas pela presidente da Petrobras, Graça Foster, no Senado, teve efeito positivo.
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Petistas se irritam com falta de explicações do deputado André Vargas - Instituto Humanitas Unisinos - IHU