'Falei com o líder do LGBT para criarmos uma ponte'

Mais Lidos

  • “A destruição das florestas não se deve apenas ao que comemos, mas também ao que vestimos”. Entrevista com Rubens Carvalho

    LER MAIS
  • Povos Indígenas em debate no IHU. Do extermínio à resistência!

    LER MAIS
  • “Quanto sangue palestino deve fluir para lavar a sua culpa pelo Holocausto?”, questiona Varoufakis

    LER MAIS

Revista ihu on-line

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais

Modernismos. A fratura entre a modernidade artística e social no Brasil

Edição: 551

Leia mais

Metaverso. A experiência humana sob outros horizontes

Edição: 550

Leia mais

11 Abril 2013

Sob pressão de líderes partidários e sem conseguir comandar dentro da normalidade as sessões da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, o pastor Marco Feliciano (PSC-SP) disse ontem ao Estado que deseja conversar com o movimento LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e travestis), um dos que protestam contra sua permanência no cargo. Ele se diz disposto a colocar em votação projetos de interesse do grupo e adianta que já propôs o diálogo a um líder do movimento.

A entrevista é de Eduardo Bresciani e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 12-04-2013.

Ativista e ex-presidente da Associação Brasileira LGBT, Toni Reis nega qualquer possibilidade de acordo com o pastor e defende a sua renúncia. A conversa mencionada por Feliciano, conta Reis, ocorreu durante manifestação anteontem no Congresso. "Não somos ingênuos. Não tem como negociar com quem te chama de podre", afirmou o ativista, reclamando que o pastor sequer pediu desculpas por declarações consideradas homofóbicas e racistas.

Feliciano participou ontem novamente da Convenção Geral das Assembleias de Deus do Brasil, realizada em Brasília - e foi bastante assediado. A entidade tem 24 mil pastores credenciados. Questionado sobre eventual candidatura à Presidência disse que é uma hipótese para ser cogitada no futuro.

Eis a entrevista.

O apoio que recebe aqui (Convenção da Assembleia de Deus) o motiva a ficar na comissão?

Essa é uma família, que ama. Esse povo aqui só faz o bem para a sociedade. São pessoas como essas que recuperam drogados em suas igrejas, que dão estrutura para a família. É esse povo que eu represento. É esse povo que me elegeu, um povo que você não vai ver metido em nenhum tipo de crime.

Ativistas contra sua escolha para a comissão gritam que o sr. não os representa. É verdade?

Eles (ativistas) representam eles. Esse aqui (os evangélicos) é o povo que eu represento.

É possível algum diálogo com os contrários à sua permanência na presidência da comissão?

Ontem (quarta-feira) falei com um dos líderes do movimento LGBT, o Toni Reis. Eu falei: Toni, vamos conversar, vamos criar uma ponte, me coloquei à disposição deles. Ele falou que vai pensar em alguma coisa. Tomara que Deus o ilumine.

Pauta do grupo de homossexuais será colocada em votação?

A comissão é de direitos humanos e minorias. Colocamos a pauta na mesma hora e o colegiado decide.

Como reage a pedidos de aliados para disputar a Presidência?

Não tenho estrutura para isso. Deputado está bom para mim, agora. Quem sabe no futuro...

Comunicar erro

close

FECHAR

Comunicar erro.

Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:

'Falei com o líder do LGBT para criarmos uma ponte' - Instituto Humanitas Unisinos - IHU