Fome do PMDB engole governo e oposição

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Por: Cesar Sanson | 01 Fevereiro 2013

“Mesmo sem pré-julgamento, qualquer um sabe que essa tríplice ascensão tem e terá custos; custo político, entre outros”. O comentário é do jornalista Bob Fernandes em artigo no sítio Terra Magazine, 31-01-2013.

Eis o artigo.

Renan Calheiros (AL) é candidato a presidir o Senado e, assim, o Congresso Nacional. Henrique Alves (RN) é candidato a presidir a Câmara dos Deputados. O deputado Eduardo Cunha (RJ) é candidato a ser líder no partido dos três, o PMDB.

Mesmo sem entrar no mérito das acusações, até porque já demasiadamente conhecidas, não há quem não saiba que os três foram e são protagonistas em escândalos e denúncias. Mesmo sem pré-julgamento, qualquer um sabe que essa tríplice ascensão tem e terá custos; custo político, entre outros.

Por que, então, o governo engole? E por que a oposição engole junto? Óbvio que é do governo Dilma a responsabilidade política pela eventual confirmação desse triunvirato. Como é óbvio que, em relação às candidaturas de Renan e Henrique, a oposição ou já embarcou ou está se omitindo.

Como é fato que governos anteriores engoliram o PMDB e os mesmos personagens, ou similares. A lista seria longa. A propósito do PMDB e sua fome insaciável, o que disse o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, do PSB, no início desta última semana de janeiro?

Disse:

- Há um grande risco, para quem monta coalização para governar, quando a aliança política não corresponde à aliança social feita para ganhar a eleição.

Disse ainda:

- A expressão que o PMDB começa a tomar nessa aliança é muito maior do que o que o PMDB representa na sociedade brasileira. E isso um dia é resolvido – ou pelos políticos ou pelo povo.

À parte a intenção de eventuais considerações de ordem moral embutidas nesse recado, Campos e seu PSB querem espaço. Se não como protagonistas já em 2014, como sócios com mais espaços no governo - governos? - Dilma. A fome do insaciável PMDB é um obstáculo. Fome que engole espaços cada vez maiores. E que, junto, costuma engolir, quando há, também a credibilidade alheia.

Nesse cenário, e enquanto Dilma dá a largada para sua sucessão, como se move o PSDB, principal partido da oposição?

De um lado, nos bastidores, Aécio Neves (MG) busca montar alianças. Flertando, inclusive, com o PMDB. Mas ainda sem resolver um dos seus principais problemas. Problema cevado no próprio PSDB.

José Serra
(SP) considera Aécio Neves um dos responsáveis pela sua derrota em 2010. Para Serra, mais do que o processo político e os erros colossais que ele, Serra, cometeu, o PSDB de Minas teria contribuído para sua derrota.

Em 2010, Serra negou a Aécio as prévias para escolha do candidato. Agora, seus aliados dizem que Serra quer prévias para 2014.

O senador Cássio Cunha Lima (PB) resolveu acabar com o clima do faz-de-conta-que-estamos-bem.

Cassio é, ou era, candidato à liderança do PSDB no Senado. Com todas as palavras, Cássio vocalizou o que o partido murmura pelos cantos:

- O PSDB fez uma opção clara pelo Aécio, é a vez dele. Se o Serra não aceitar isso, se quiser continuar fazendo esse embate interno, o melhor é ele repensar a vida partidária dele.

É provável que Cássio faça um acordo, desista ou já tenha sido desistido da liderança, e tucaneie o que verbalizou em nome de tantos. Mas o estado de ânimo e o recado já foram vocalizados. Mais claro, impossível.

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