Por: Jonas | 06 Outubro 2012
O bispo Felipe Arizmendi, presidente da Dimensão de Cultura, da Conferência do Episcopado Mexicano, reconheceu que no país há muitas divisões e desigualdades sociais pela forma como se tem freado o narcotráfico, pela exclusão dos indígenas e as diferenças culturais, conta Ana Cecilia Méndez, no “Milênio”.
A reportagem é publicada pelo sítio Religión Digital, 04-10-2012. A tradução é do Cepat.
“O que esperamos do Diálogo pela Paz é que nos escutem com respeito, com a mente aberta. Devemos assumir com maturidade a abertura de pensamentos, religiões, culturas e opiniões”, destacou o bispo.
Na inauguração do Encontro de Fé e Cultura, Diálogo pela Paz no México, organizado pela Dimensão de Cultura, da Conferência do Episcopado Mexicano, Universidade Pontifícia do México, Instituto de Pesquisas Filosóficas da UNAM, Centro de Pesquisa e Docência Econômicas, Instituto Mexicano de Doutrina Social Cristã, Universidade Ibero-americana e Centro Universitário Cultural, Arizmendi, o bispo acrescentou que diante de tantos sinais de fratura social, cultural e religiosa, em escala nacional, diante das posturas radicais e da possível incapacidade de viver em respeito, harmonia e paz, dentro de uma legítima pluralidade, é preciso uma unidade para além das normais divergências.
Por outro lado, o doutor Rodrigo Guerra López, diretor do Centro de Pesquisa Social Avançada, assegurou que “na reforma trabalhista é necessário um espaço para analisar como podem ser recuperados os direitos dos trabalhadores”. Mesmo assim, apontou que o amadurecimento de nossa democracia é incipiente, motivo pelo qual muitas vezes a falta de razão predomina nos debates da Câmara dos Deputados.
“Carecemos contar com uma cultura do diálogo. Antes de abrir a boca é preciso pensar e escutar, e é necessário que os legisladores aprendam a dialogar. Quando a razão está ausente, a paixão se impõe, gera-se a violência, é isso que está acontecendo”, explicou Guerra López.
Para a inauguração, estava preparada a intervenção do poeta Javier Sicilia, no entanto, não compareceu. Enviou uma mensagem em que enfatizou que “diante do sofrimento das vítimas no México, alguns decidiram nomeá-las, abraçá-las, assumir o lado delas, sua defesa, tratar de salvar outros e buscar um caminho para a paz e a justiça. Enquanto que outros, restringidos à lógica perversa de que as desgraças sempre acontecem com os outros ou sob o abandono mais perverso do Estado e de sua propaganda, desejam reduzi-la”.
Os diálogos pela paz no México terminarão com as mesas estratégicas para a reconstrução e esperanças para o futuro, que contarão com a participação de Paola Leonmi Morelli, Francisco Piñón Gaytan, Carlos Elizondo Meyer, entre outros.
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A busca pela paz no México. Dom Arizmendi denuncia a exclusão dos indígenas - Instituto Humanitas Unisinos - IHU