25 Junho 2012
O dólar fecha o olho de qualquer um!
“Os brasiguaios são os maiores e melhores produtores de grãos. Toda a soja, 7 milhões de toneladas, é comprada pelo Brasil. O que irão dizer Perdigão? Sadia? Vão deixar que a soja vá para a China? O que acontecerá ao porto de Paranaguá? Outra razão é geopolítica: nem mil, nem cem mil Dilmas podem levar o Paraguai para a Suíça e trazer a Suíça para cá. Nascemos vizinhos, crescemos vizinhos e acho que vamos morrer como vizinhos. E Itaipu? Estamos unidos. Se Brasil fechar a fronteira, tráfico de drogas, de armas, de maconha, de alguma coisa os paraguaios vão viver. Vão colocar polícia estadual, federal, alfândega a cada cem metros? Compram todos. O dólar fecha o olho de qualquer um” – Lino Oviedo, senador paraguaio e ex-militar golpista, justificando o golpe contra Lugo e apostando na não intervenção do governo brasileiro – Zero Hora, 25-06-2012.
Lula alertou!
“Posso visitar Lula a hora que quiser, só preciso ligar e agendar. E ele vai abrir a porta de Dilma, com certeza. Conhece melhor do que todos o problema do Paraguai. Mais de um ano atrás, Lula veio alertar Lugo: “você tem que fazer acordos políticos, não pode governar com três senadores e um deputado” – Lino Oviedo, senador paraguaio e ex-militar golpista, justificando o golpe contra Lugo e apostando na não intervenção do governo brasileiro – Zero Hora, 25-06-2012.
Comum
”Aqui (no Paraguai) é comum: quem ganha, perde; quem perde, ganha” – Lino Oviedo, senador paraguaio e ex-militar golpista, justificando o golpe contra Lugo e apostando na não intervenção do governo brasileiro – Zero Hora, 25-06-2012.
Bispos e Lugo
“Os bispos me visitaram antes do impeachment pedindo que eu renunciasse para pacificar o país. A fim do não derramamento de sangue, tive que aceitar o resultado do impeachment injusto” – Fernando Lugo, presidente do Paraguai destituído pelo Congresso – edição eletrônica do jornal Zero Hora, 24-06-2012.
Perdemos!
"Perdemos todos e todas. Em busca de conseguir um documento final, os direitos humanos e os direitos reprodutivos das mulheres foram colocados na mesa como moeda de negociação" - Ítalo Roque, diretor da Anistia Internacional no Brasil, ao avaliar a Rio+20 como um passo atrás quanto aos direitos humanos – – Valor, 25-06-2012.
Local e global
"O Brasil acredita que problemas ambientais são resolvidos localmente. E questões sociais e econômicas, globalmente. Neste sentido, nada mudou. Em 1992, o Brasil fez forte oposição à incluir as florestas nas convenções” - um negociador europeu comparando a Rio+20 à Rio92 – Valor, 25-06-2012.
Nenhuma questão concreta
"Meu desapontamento mais importante é que a sociedade esperava um a ação concreta. Em 1992, a principal questão foi a proteção das florestas. Em 2002, foi a questão energética e o crescimento econômico. Em 2012, não temos uma questão concreta" - Peter Altmaier, ministro do Meio Ambiente da Alemanha – Valor, 25-06-2012.
Séria
“A Rio92 foi muito espetacular, tivemos todos aqueles acordos. Desta vez é menos espetacular, mas talvez seja mais séria” - Brice Lalonde, o segundo homem na hierarquia das Nações Unidas para a Rio+20 – Valor, 25-06-2012.
Falta liderança
“Eu gostaria que a Rio+20 tivesse dito: em 2 anos vamos fechar algo sobre energia, em 3 anos será sobre cidades, em 5 teremos decisões sobre agricultura. E agora teríamos que trabalhar. Mas não há calendário, não há mapa do caminho. Então ainda há muita hesitação. É absolutamente crucial que um grupo de 10 países comece a liderar. Isso foi algo que faltou aqui, a liderança, o país que mostrasse o modelo. Precisamos deste grupo, que mostre que é possível, lidere pelo exemplo e influencie os outros” - Brice Lalonde, o segundo homem na hierarquia das Nações Unidas para a Rio+20 – Valor, 25-06-2012.
Os que atrapalham
“Os que mais atrapalham são os gurus da ecologia profunda ou contracultura verde. Gente que afirma que o que precisamos é de uma "inovação social e psicológica" e não apenas de uma economia que assimile o fato de que os recursos naturais são limitados e que as demandas humanas de bem-estar e conforto são infinitas” – Luiz Felipe Pondé, professor de Filosofia – Folha de S. Paulo, 25-06-2012.
Faça em casa
“Imagine nós vivermos num mundo em que cultivássemos nossa horta e criássemos nossas cabeças de gado (comer carne já é uma concessão ao "pecado da carne dos carnívoros", gente que deve desaparecer ao longo do tempo)... Se você quiser uma geladeira ou um iPad, faça em casa...” – Luiz Felipe Pondé, professor de Filosofia – Folha de S. Paulo, 25-06-2012.
Insustentável
“A ideia da erradicação da pobreza é em si insustentável, se pensarmos para além do horizonte intelectual "teenager". Isso pode ser triste, mas é por isso que a economia é conhecida por ser uma ciência triste ("dismal science", como dizia o historiador britânico do século 19 Thomas Carlyle)” – Luiz Felipe Pondé, professor de Filosofia – Folha de S. Paulo, 25-06-2012.
Apê minúsculo
“Os gurus da economia "teenager" falam de diminuir o consumo como quem fala "as pessoas deveriam ser mais generosas", quando eles mesmos estão prontos a brigar com os irmãos por um apê minúsculo na Praia Grande” – Luiz Felipe Pondé, professor de Filosofia – Folha de S. Paulo, 25-06-2012.
Espiritualidade verde
“A angústia ambiental resvala na espiritualidade verde, sempre infantil e autoritária, que acha que comendo comida orgânica os seres humanos deixarão de ser o que são: seres que buscam diminuir a dor e otimizar o bem-estar a qualquer custo” – Luiz Felipe Pondé, professor de Filosofia – Folha de S. Paulo, 25-06-2012.
Sai Borba, entra Zülke
“O prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi (PT), bem que tentou dar uma de Lula ao apostar que a sua popularidade seria suficiente para eleger um desconhecido da população para a sua sucessão. No entanto, como só existe um Lula, Vanazzi repensou e voltou atrás. Ontem, no dia da convenção, o PT de São Leopoldo anunciou a retirada da candidatura de Paulo Borba, bancado até então por Vanazzi, e lançou o nome do deputado federal Ronaldo Zülke (PT) para concorrer à prefeitura” – Carlos Rollsing, jornalista – Zero Hora, 25-06-2012.
A mudança teve duas causas fundamentais: a baixa densidade eleitoral de Borba, que abria caminho para a vitória do tucano Aníbal Moacir, e a pressão do PSB, que ameaçava aliar-se à oposição caso o PT não trocasse de candidato.
“O episódio não deixa de representar um cessar fogo entre as correntes petistas. Ao sacar Borba, Vanazzi foi o principal signatário do chancelamento da indicação de Zülke, seu principal adversário na disputa pelo poder no PT de São Leopoldo. Também havia a opção de lançamento da candidatura de Ronaldo Teixeira. Mas essa possibilidade logo foi descartada por Vanazzi. O grupo do prefeito acusa Teixeira de alimentar denúncias de corrupção na gestão do município” – Carlos Rollsing, jornalista – Zero Hora, 25-06-2012.
Lula
"Não há o PT de Dilma e o PT de Lula. Só há o PT de Lula" – um petista – Valor, 25-06-2012.
Foto com todo mundo!
"Um homem de vida pública de dezenas de anos, como eu, tem foto com todo mundo" - Paulo Maluf, dizendo que já foi clicado inclusive com o Papa - Folha de S. Paulo, 25-06-2012.
"Eu tenho foto até com o Getúlio Vargas, minha querida" - Paulo Maluf - Folha de S. Paulo, 25-06-2012.
Frases do domingo, 24-06-2012
Mão de vaca
“Hillary Clinton, francamente, viajou dos EUA até o Rio para ficar umas poucas horas e só anunciar US$ 20 milhões para ajudar projetos de energia renovável na África. A intenção é boa, mas o dinheiro, ridículo” – Ancelmo Góis, jornalista – O Globo, 23-06-2012.
Veja só...
“Segunda, por exemplo, a África do Sul, país rico para padrões africanos, mas muito pobre se comparado aos EUA, anunciou um empréstimo de US$ 2 bi ao FMI para socorrer a Europa” – Ancelmo Góis, jornalista – O Globo, 23-06-2012.
Fator Patriota
“Dilma tem dito em público que a Rio+20 foi positiva. Mas há gente no governo desapontada com Antônio Patriota, que, como representante do país-anfitrião, deveria ter sido mais firme na defesa de avanços. É. Pode ser” – Ancelmo Góis, jornalista – O Globo, 23-06-2012.
Susto
“Distraída na Rio+20, a comunidade internacional nada sabia (do que se passava no Paraguai) e levou um susto, algo particularmente constrangedor para o Brasil, que tinha de estar bem informado” – Eliane Cantanhêde, jornalista – Folha de S. Paulo, 24-06-2012.
Um pé fora
“O Congresso paraguaio decretou o impeachment de Lugo e, ao mesmo tempo, deixou o país com um pé fora do Mercosul” – Dr. Rosinha, deputado federal - PT-PR, que integra o Parlasul, analisando as consequências diplomáticas para o Paraguai após o afastamento do presidente – Folha de S. Paulo, 24-06-2012.
Nem futuro nem presente
“A Rio+20 chega ao fim contrariando até mesmo o slogan da ONU: "O futuro que queremos". Sem nem debater o futuro, governantes e burocratas se omitiram também sobre o presente e o passado” - José Pedro Naisser (Curitiba, PR) – Painel do Leitor – Folha de S. Paulo, 24-06-2012.
G20 e Rio+20
“Há uma diferença fundamental entre a reunião do G20 e a conferência Rio+20. A primeira é regida por leis da sociedade e a segunda, por leis da natureza. A ONU não foi pensada para regular as leis da natureza. Ou se cria uma organização distinta ou o mundo vai permanecer nesse impasse suicida” - Antonio Negrão de Sá (Rio de Janeiro, RJ) – Folha de S. Paulo, 24-06-2012.
Hora errada
“Ongueiros podem protestar, bater bumbo e desfilar seminus, gritando slogans sobre o ambiente, a sexualidade, a legalização das drogas, a reforma das regras contábeis e a popularização do cricket na América do Sul. Pessoas com mandato e com responsabilidade pública não têm essa liberdade. Nenhum político sério pode exigir da Rio+20 mais do que foi produzido. Mas pode lamentar a escolha do momento para sua realização” – editorial “A Rio+20 na hora errada” – O Estado de S. Paulo, 24-06-2012.
Foto
"Foi o Lula quem pediu para tirar a foto. Se ele não quisesse, entrava no carro e ia embora. Eu renuncio se alguém provar que o Lula reclamou” – Wadih Mutran, vereador – PP-SP – Folha de S. Paulo, 24-06-2012.
"A política tem disso, meu filho. O inimigo de hoje pode ser seu amigo amanhã" – Wadih Mutran, vereador – PP-SP – Folha de S. Paulo, 24-06-2012.
Morte
“A verdade é que, apesar de todos os grandes avanços da biologia e da medicina, ainda não dispomos de um conceito muito bom de morte” – Hélio Schwartsman, jornalista – Folha de S. Paulo, 24-06-2012.
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