Carabineiros reprimem demandas sociais da população de Aysén

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20 Março 2012

Invocando a Lei de Segurança do Estado, o governo chileno denunciou no sábado 13 pescadores e nove mulheres de Aysén envolvidos em reivindicações sociais. A justiça terá, agora, que citar as 22 pessoas.

A reportagem é de Héctor Carrillo e publicada Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC), 19-03-2012.

Há um mês, a região de Aysén, localizada na Patagônia chilena, a 1,7 mil quilômetros de Santiago, é palco de protesto social. Aysén é uma região isolada e seus 35 mil habitantes, se quiserem chegar aos centros comerciais, precisam utilizar barco ou avião. Pescadores, artesãos, transportadores, estudantes, donas de casa, funcionários públicos fecharam durante 25 dias, em protesto, as vias de acesso do Porto de Chacabuco e o aeroporto, isolando a cidade e impedindo qualquer tipo de abastecimento.

O governo federal enviou carabineiros ao local, que passaram a reprimir pesadamente os manifestantes. Autoridades federais exigiram o desbloqueio das vias de acesso para começar as negociações. Na terça-feira, 13,ocorreu forte embate entre manifestantes e policiais.

O povo de Aysén pede combustíveis subsidiados, bolsas de estudo para estudantes que precisam se deslocar a outras partes do país para freqüentar um curso superior, subsídios para a calefação.

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, Sergio Ojeda, e um grupo de deputados foi até Aysén para coletar informações e voltaram alarmados e preocupados com o que viram. Segundo Ojeda, a Anistia Internacional denunciou o uso excessivo da força policial e apontou que o Chile estava criminalizando os protestos sociais.

“Preocupa-nos o fato de se penalizar o movimento social, que é legítimo numa sociedade democrática”, declarou Ojeda.

O vigário apostólico de Aysén, bispo católico Luis Infanti de la Mora, criticou de forma dura a repressão contra um povo tranqüilo, composto por pescadores, camponeses e donas de casa.

O porta-voz da presidência da República, Andrés Chadwich, um católico praticante do grupo Opus Dei, afirmou que o papel do pastor da igreja é “dedicar-se à oração”. A resposta do bispo não tardou. “Orar é escutar o povo. É isso que estamos fazendo”, retorquiu.

A Conferência Episcopal do Chile manifestou-se, apontando que as reivindicações do movimento social de Aysén não são alheios à igreja local, tampouco à igreja do país. “Não podemos permanecer indiferentes ao clamor de comunidades que se sentem postergadas e ignoradas”, justificou.

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