Parte do testamento de Samuel Ruiz é divulgada

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01 Fevereiro 2011

"Com todo o coração peço perdão a Deus por todas as minhas faltas e também peço perdão a todas aquelas pessoas que, com minhas palavras ou ações, tenha ofendido ou escandalizado". A súplica é do bispo emérito Samuel Ruiz García, que faleceu na segunda-feira da semana passada, e que consta em seu testamento.

A reportagem é de Elio Henríquez e está publicada no jornal mexicano La Jornada, 31-01-2011. A tradução é do Cepat.

Na mensagem, incluída na parte final de seu testamento, divulgada pelo bispo local, Felipe Arizmendi Esquivel, ainda pede: "E peço ao mesmo misericordioso e onipotente Senhor (cuja justiça é sua misericórdia) que repare os danos que minhas ações causaram nestas pessoas".

Em especial, o Tatic agradeceu a Deus o privilégio de ter podido descobrir nos humildes e simples, nos pobres e indígenas, a grandeza de seus desígnios manifestados naqueles de quem é o Reino dos Céus.

O prelado incluiu em seu testamento a parte final da homilia que pronunciou na catedral de San Cristóbal por ocasião do 50º aniversário de sua ordenação episcopal, celebrado no dia 25 de janeiro de 2010: "Ao Senhor Deus, trino e uno, que tendo criado todas as coisas com peso, número e medida, nos redimiu pela encarnação, paixão, morte e ressurreição de seu filho Jesus, dou infinitas graças por me ter feito filho seu e por me ter chamado como pastor de sua Igreja, para "edificar e plantar’ seu reino de justiça, de amor e de paz, acompanhado de numerosos colaboradores e de seu povo santo".

E acrescentou: "Por sua infinita misericórdia me permitiu participar das quatro sessões do Concílio Vaticano II e impulsionado pela brisa renovadora do mesmo, caminhar em nível de nosso continente e de nosso país, na Comissão de Missões do Conselho Episcopal Latino-americano (Celam), na Comissão Episcopal de Indígenas na Conferência do Episcopado Mexicano (CEM) e como último bispo da diocese de Chiapas e primeiro da de San Cristóbal de las Casas".

Arizmendi Esquivel, que leu o texto no final da missa deste domingo na catedral, recordou que quando Ruiz García tomou posse, em 1960, esta era a diocese de Chiapas e em 1965 foi dividida para criar as dioceses de Tuxtla Gutíerrez e de San Cristóbal de las Casas.

O prelado, originário de Irapuato, Guanajuato, afirmou em seu testamento: "Morro na confissão desta fé, vivida no seio da Igreja católica, apostólica e romana, e na comunhão com o sucessor de Pedro e com meus irmãos bispos, reconhecendo minhas limitações e infidelidades".

O atual bispo de San Cristóbal informou que recebeu mensagens da Alemanha, Suíça, França, Itália, Chile, Paraguai, Bolívia, Peru, Costa Rica, Colômbia, Honduras, Cuba, Canadá, Estados Unidos e Guatemala, entre outros países, assim como de muitos bispos, pela morte de Ruiz García.

Acrescentou que centenas e centenas de pessoas passaram nos quatro dias após o seu sepultamento pela catedral para ver o lugar em que foram depositados os restos de Ruiz García na quarta-feira da semana passada. Todas as horas vêm pessoas, não apenas na hora das missas da novena: "por isso quisemos deixá-lo aqui livremente e não colocá-lo em uma cripta e fechado na parte de baixo, mas que fique aqui para que quem quiser possa passar com toda a confiança", afirmou.

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