O papa Francisco não receberá o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo

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28 Setembro 2020

O papa Francisco não receberá na próxima semana o secretário de Estado estadunidense, Mike Pompeo, que estará de visita à Itália, já que seria um gesto que poderia interferir na campanha eleitoral estadunidense, mas que coincide com as críticas estadunidenses à aproximação da Santa Sé com a China.

A reportagem é publicada por Religión Digital, 27-09-2020. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.

Francisco, que já recebeu Pompeo em outubro do ano passado, não recebe personalidades políticas em meio a campanhas políticas, para evitar qualquer tipo de instrumentalização ante as próximas eleições nos Estados Unidos, entre o republicano Donald Trump e o democrata Joe Biden.

Porém, Biden se reunirá com o secretário de Estado e número dois do Vaticano, Pietro Parolin, e o secretário para as relações com os Estados, Paul Gallagher.

Em sua visita à Itália, em 29 e 30 de setembro, Pompeo intervirá na Embaixada dos Estados Unidos no simpósio organizado pela Santa Sé sobre o avanço e a defesa da liberdade religiosa através da diplomacia, previsto para 30 de setembro.

Aproximação questionada

Na Secretaria de Estado discutir-se-á uma das questões mais espinhentas que suscitaram um distanciamento nas relações entre Estados Unidos e Vaticano: a aproximação da Santa Sé e da China.

Há alguns dias, o secretário de Estado norte-americano utilizou um artigo na revista “First Things” para convidar o Papa a não renovar o acordo om Pequim que regeu as relações nos últimos dois anos, com especial referência à nomeação de bispos.

Publicar nesta revista não foi por acaso, porque se trata de uma publicação com forte presença de informação religiosa. Seu fundador, Richard John Neuhaus, era pastor luterano e depois se converteu ao catolicismo e, pouco depois, foi ordenado padre por João Paulo II, assessorou George W. Bush e mantém críticas ao atual pontificado.

O artigo foi publicado nas vésperas do vencimento do acordo, e agora o Vaticano e a China têm um mês para realizar uma renovação de dois anos, mas a Santa Sé não terá problemas para isso.

No artigo, Pompeo questiona o acordo e diz por que, em sua opinião, a Santa Sé deveria renunciar a ele, já que colocaria em perigo sua autoridade moral se o renovar. Uma interferência que não agradou o Vaticano, segundo alguns meios de comunicação.

Relações do Papa com a China

O cardeal secretário de Estado declarou há alguns dias que as intenções de renovação eram comuns.

O acordo coloca regras para a ordenação de bispos, porém é um primeiro passo para se firmar um diálogo direto com a China e estabelecer futuras relações diplomáticas com o país, que foram interrompidas em 1951.

Na agenda de Pompeo em Roma, está prevista uma reunião com o primeiro-ministro Giuseppe Conte e o ministro de Relações Exteriores, Luigi Di Maio, “para discutir a relação bilateral entre Estados Unidos e Itália, as respostas à covid-19 e nossos esforços para enfrentar as ameaças de segurança compartilhadas e promover a estabilidade regional”, descreve um comunicado oficial.

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