09 Setembro 2020
Relatos indicam que quatro indígenas bolivianos foram torturados e executados. Chacina teria sido realizada por agentes do Grupo Especial de Fronteira (Gefron), núcleo da polícia do Mato Grosso.
A reportagem é publicada por Conselho Indigenista Missionário – CIMI, 04-09-2020.
Após denúncia de que indígenas chiquitanos da comunidade de San José de la Frontera, na Bolívia, foram assassinados pela polícia brasileira, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e outras organizações de defesa dos direitos humanos enviaram um grupo de trabalho para investigar os fatos, in loco. A equipe conversou com familiares das vítimas e autoridades locais.
Foto: CIMI
Os relatos indicam que a execução foi feita no dia 11 de agosto, pelas mãos de agentes do Grupo Especial de Fronteira (Gefron), núcleo da polícia do Mato Grosso que faz a segurança da região. Os chiquitanos Paulo Pedraza Chore, Ezequiel Pedraza Tosube, Yonas Pedraza Tosube e Arcindo Sumbre García estavam caçando quando teriam sido surpreendidos pela ação policial. A análise dos corpos mostrou sinais de tortura.
Jovens assassinados eram pais de crianças e deixaram famílias desemparadas (Foto: Reprodução | De Olho nos Ruralistas)
Com base nas informações colhidas – que apontam atuação criminosa do Gefron – , as organizações sociais encaminharam um ofício às autoridades brasileiras exigindo a apuração dos fatos e justiça para o Povo Chiquitano.
Clique aqui para ler o ofício e entender melhor o caso.
Leia mais
- As identidades Chiquitanas em perigo nas fronteiras. Artigo de Aloir Pacini. Cadernos IHU ideias, Nº 292
- O genocídio dos povos indígenas. A luta contra a invisibilidade, a indiferença e o aniquilamento. Revista IHU On-Line, Nº 478
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Organizações sociais exigem apuração de assassinatos de chiquitanos - Instituto Humanitas Unisinos - IHU