Cardeal Turkson: “É uma vergonha” que a água potável não seja uma prioridade

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31 Agosto 2016

Permitir que pessoas tomem água não potável ou que não tenham acesso a fontes confiáveis e limpas é vergonhoso, disse o Cardeal Peter Turkson a líderes religiosos.

“É uma vergonha” também que as necessidades das pessoas “sejam secundárias às necessidades de empresas, que ficam com grande parte dela e que poluem o restante”, declarou o presidente do Pontifício Conselho “Justiça e Paz”.

A reportagem é de Carol Glatz, publicada por Catholic News Service, 29-08-2016. A tradução é de Isaque Gomes Correa.

É também uma vergonha que “governos busquem outras prioridades e ignoram os gritos sedentos”, declarou o prelado no discurso que fez em um encontro inter-religioso na segunda-feira em Estocolmo, Suécia.

O evento sobre como as organizações religiosas podem contribuir para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU que lidam com a água fez parte da reunião anual de Estocolmo chamada Semana da Água Mundial, que busca encontrar soluções concretas para questões relacionadas à água ao redor do mundo. A reunião também ocorreu tendo em vista o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, em 1 de setembro.

Com palestrantes representando as comunidades judaica, cristã, muçulmana, hindu e budista, o encontro de 29 de agosto voltou-se sobre a forma como as comunidades religiosas poderiam promover o acesso seguro a sistemas sanitários e a água potável para todos. Cerca de 660 milhões de pessoas estão sem água potável, e a cada ano milhões, a maioria criança, morrem de doenças relacionadas ao fornecimento e a sistemas sanitários impróprios, segundo a ONU.

Fé é práticas religiosas, disse Turkson, oferecem a “motivação necessária à virtude” que inspira as pessoas a protegerem a dignidade e dos direitos humanos.

As organizações religiosas podem ajudar os jovens a abraçar os valores de “solidariedade, altruísmo e responsabilidade” necessários para se tornar “administradores e políticos honestos”, complementou.

Os líderes religiosos também poderiam ajudar a organizar “campanhas inter-religiosas voltadas à limpeza dos rios e lagos no intuito de fomentar o respeito mútuo, a paz e a amizade entre os diferentes grupos”, bem como para promover uma “hierarquia inteligente de prioridades para o uso da água”, especialmente onde há demandas concorrentes”, disse.

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