As reconfigurações da comunicação no cenário da Revolução 4.0 e seus desdobramentos. Entrevista especial com Roseli Figaro

Foto: Seavus

Por: João Vitor Santos | 09 Novembro 2019

Pela sua estreita relação com a tecnologia, o campo da comunicação é um dos mais impactados pela Revolução 4.0. E no sentido mais amplo, basta ver a forma como escrevemos, ouvimos e falamos. Nesse contexto, a informação da qual a comunicação hipervalorizada deve ser veículo passa a assumir uma centralidade e qualquer mudança na sua configuração afeta outras áreas. No entanto, tal centralidade pode ser efêmera e novas configurações e sentidos, plenamente esvaziáveis. “A informação só tem valor quando ela é experienciada. A experiência permite e promove a formação. Desse modo, a informação só se torna formação quando é experienciada por uma comunidade concreta, no cotidiano e em um processo histórico objetivo”, observa a professora Roseli Figaro. Para ela, “as maravilhas do mundo do conhecimento, disponíveis na internet em incontáveis bancos de dados, não transformam o conjunto da sociedade por si mesmas”.

O problema é que se acredita que essas transformações sejam possíveis e o resultado disso é uma espécie de precarização, como a que se vive nos campos da educação e formação e até mesmo nas novas relações de trabalhos atravessados pela Revolução 4.0. “Há que existir um processo contextualizado de experiência. Esse processo é chamado de formação por meio da educação”, defende Roseli, em entrevista concedida por e-mail à IHU On-Line. “Não é um problema da tecnologia. É como se usa a tecnologia, como orientamos a criação de novos adventos e usos dos conhecimentos científicos para a continuada concentração de riquezas”, aponta.

É por isso que a professora defende que uma saída possível é dar corpo e coração a uma experiência que, mediada pelos avanços tecnológicos, pode ser de fato transformadora. Ela acredita que “é na educação, ou seja, no processo de formação que estamos escolhendo os valores que vão pela sociedade, à medida que as novas gerações são orientadas por tais valores”. Assim, sua aposta fundamental é na clara definição de que valores devem inspirar novos processos comunicacionais, de relações. “Vamos continuar privilegiando a concorrência, o individualismo, consagrando o dinheiro e reduzindo o sucesso a esses valores?”, questiona. E aponta: “os desafios vão muito além da introdução de tecnologias nos espaços de formação (educação formal, não formal e informal). Dizem respeito à compreensão de que comunicação não é transmissão de informação. Comunicação é atividade humana complexa, capaz de identificar conflitos, fazer a gestão de nós mesmos e dos outros em todas as instâncias da vida social”.

Roseli Aparecida Figaro (Foto: Arquivo pessoal)

Roseli Aparecida Figaro Paulino é professora, coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Universidade de São Paulo - USP e coordenadora do Centro de Pesquisa em Comunicação e Trabalho - CPCT. Ainda é professora convidada da Celsa - Sorbonne Université, diretora editorial da Revista Comunicação & Educação, coordenadora do Labidecom, Laboratório de Pesquisa em Educomunicação, professora visitante do Instituto Tecnológico y de Estudios Superiores de Occidente - Iteso, México. Possui estágio de pesquisa pós-doutoral no Centro Internacional para Estudos Superiores de Comunicação para a América Latina - Ciespal e na Universidade de Provence, França, além de doutorado e mestrado em Ciências da Comunicação pela USP e graduação em Jornalismo pela Faculdade de Comunicação Social Casper Líbero.

 

Confira a entrevista.

IHU On-Line – A área da comunicação é uma das centrais quando se fala das transformações advindas da Revolução 4.0. Mas de que ordem é essa transformação? Como esses avanços tecnológicos têm reconfigurado o campo e os profissionais que atuam nesse meio?

Roseli Figaro – Em primeiro lugar, precisamos esclarecer do que trata o termo Revolução 4.0. Trata-se de alterações nos processos produtivos, devido a dois aspectos:

a) avanço científico tecnológico que introduz meios de produção digitais conectados em rede, a partir de hardware e software, os quais permitem conexão ilimitada entre pessoas, coisas e máquinas, e captura, arquivo e tratamento de dados, transformando-os em produtos vendáveis, ou seja, novas mercadorias;

b) constante processo de degeneração e regeneração de tudo que possa circular e ser consumido, inclusive a própria tecnologia.

Essa alteração dos processos produtivos traz mudanças profundas nas instituições, na economia, na cultura e, inclusive, implicam mudanças políticas que afetam o Estado de direito e, por conseguinte, o que denominamos (aspiramos) como democracia. Todo momento histórico, de grande transformação dos processos produtivos, causa instabilidade social e, devido às lógicas capitalistas de acumulação de riquezas, criam um ambiente contaminado por excessos e violências. No século XX, tivemos duas guerras mundiais, além de centenas de outras guerras regionais, que nada mais foram do que guerras pelo reordenamento geopolítico de interesses econômicos e de poder.

Dito isso, agora podemos entender os enormes dilemas que vivemos no mundo do trabalho. No caso específico dos comunicadores, a implementação desses processos produtivos, viabilizados pelas tecnologias digitais de conexão, trouxeram a desestruturação do modelo de empresa que conhecemos no século XX; e trouxeram o trabalho viabilizado pela convergência de plataformas, linguagens e pela polivalência e flexibilidade entre as funções e profissões. Decididamente, emerge um conjunto de outras funções que não sei se poderemos chamá-las de profissões, no sentido que o termo adquiriu no século XX.

IHU On-Line – Como a senhora apreende os conceitos de informação e de formação? E em que medida esses conceitos se reconfiguram a partir da Revolução 4.0?

Roseli Figaro – O conceito de informação é problemático: para a engenharia ou a matemática qualquer sinal, seja um número, um ponto, um feixe de luz ou um sopro de energia é informação; para a comunicação, a informação é algo que faz sentido para alguém por meio de qualquer tipo de signo. No jornalismo, informação é algo objetivo que interessa às pessoas e que expressa um acontecimento, uma ação.

No entanto, para todas as áreas, acho que é válido afirmar que a informação só tem valor quando ela é experienciada. A experiência permite e promove a formação. Desse modo, a informação só se torna formação quando é experienciada por uma comunidade concreta, no cotidiano e em um processo histórico objetivo. Tudo isso quer dizer que todas as maravilhas do mundo do conhecimento, disponíveis na internet em incontáveis bancos de dados, não transformam o conjunto da sociedade por si mesmas. Há que existir um processo contextualizado de experiência. Esse processo é chamado de formação por meio da educação.

IHU On-Line – Quais os desafios para se conceber uma comunicação para formação num tempo que somos atravessados pela Revolução 4.0?

Roseli Figaro – Nós já temos essa resposta há muito tempo, mesmo antes das tecnologias digitais. A resposta é a formação em um processo social dialógico, voltada para a interação humana, focada em valores, no nosso caso defendemos os valores humanistas. Mas a formação pode ser orientada por outros valores, como se faz em nossa sociedade hoje. Os processos de formação, com a tecnologia 4.0, ou não, na atualidade, estão orientados pelos valores da concorrência, pelo individualismo e pelo interesse no dinheiro. Não é um problema da tecnologia. É como se usa a tecnologia, como orientamos a criação de novos adventos e usos dos conhecimentos científicos para a continuada concentração de riquezas.

É na educação, ou seja, no processo de formação que estamos escolhendo os valores que vão pela sociedade, à medida que as novas gerações são orientadas por tais valores. Portanto, os desafios vão muito além da introdução de tecnologias nos espaços de formação (educação formal, não formal e informal). Dizem respeito à compreensão de que comunicação não é transmissão de informação. Comunicação é atividade humana complexa, capaz de identificar conflitos, fazer a gestão de nós mesmos e dos outros em todas as instâncias da vida social. É definirmos quais os valores que queremos fomentar para as novas gerações. Vamos continuar privilegiando a concorrência, o individualismo, consagrando o dinheiro e reduzindo o sucesso a esses valores?

IHU On-Line – A educação é outro campo que se transforma drasticamente com a Revolução 4.0. Como a senhora compreende essas mudanças na educação?

Roseli Figaro – Aqui vamos falar da educação formal, como já afirmei, trata-se de ir muito além de trazer as tecnologias para o ambiente da escola. Trata-se de se estabelecer um processo comunicacional (diálogo) potencializado pelas tecnologias. Paulo Freire [1] não foi o primeiro a dizer que a educação é um processo de comunicação. No entanto, ainda não foi ouvido. Mas a questão é que a escola passou a ser tratada como uma instituição com a missão de redimir a sociedade e o estado brasileiro de todas as suas mazelas. Infelizmente, a escola não tem esse poder, sobretudo no Brasil, com tantas carências e desmandos.

A escola não pode resolver o problema da fome, a falta de trabalho, a falta de moradia, de saneamento básico, de saúde etc. A escola pode ajudar a tratar da questão dos valores sociais. Para isso, precisamos de uma população sadia, alimentada e com trabalho. Na falta dessas condições, tudo é paliativo, é um salve-se quem puder. É mais caridade e solidariedade do que formação nos termos da educação formal. Os projetos voltados ao treinamento da população para uso das tecnologias com vistas à capacitação para o mercado de trabalho são políticas paliativas (necessárias), mas incapazes de dirimir o problema real. Sem distribuição de renda não há progresso social.

IHU On-Line – Em que medida a “dobradinha”, a articulação entre comunicação e educação tem contribuído para compreendermos as transformações de nosso tempo?

Roseli Figaro – Essa “dobradinha” é fundamental. Aproximar o campo da comunicação ao da educação é fazer valer o que todos nós já sabemos: não existe educação fora do processo comunicacional. Compreender essa “dobradinha” é potencializá-la com todas as linguagens da comunicação disponíveis à sociedade, para que as informações se tornem experiência e daí conhecimento. Potencializar os processos de formação por meio da comunicação e suas diferentes estruturas de produção de sentidos é fazer com que as pessoas possam desenvolver um pensamento crítico e com autonomia.

As artes, a filosofia, a história são bases do conhecimento que estão sendo trocadas por um engodo: de que precisamos de informações objetivas que coloquem os jovens no mercado de trabalho, daí usar a tecnologia parece um caminho fácil para resolvermos o problema da educação. Esse pensamento é falso. É um engodo. É trapaceiro, porque relega aos pobres o lugar de capachos, serviçais daqueles que controlam o dinheiro e a política. A arte, a filosofia, a história e as outras disciplinas das ciências humanas e sociais são o arcabouço de informação que permite o desenvolvimento da autonomia e do pensamento crítico, com potencial humanista. Dessa forma, comunicação e educação não podem ser simplificadas como uso da tecnologia na escola. A revista Comunicação & Educação [2], fundada pela profa. Dra. Maria Aparecida Baccega [3], faz 25 anos em 2019, e em seu acervo de artigos defende a escola como esse espaço necessário de comunicação.

IHU On-Line – Depois da educação e da comunicação, é no mundo do trabalho que percebemos grandes transformações advindas dos avanços tecnológicos. Como a senhora apreende essas transformações?

Roseli Figaro – A tecnologia não é fruto dela mesma. Ela é resultado de um processo histórico e social, cuja potencialidade responde a necessidades. Raymond Williams [4] já disse isso em um texto belíssimo sobre a televisão nos anos de 1970. A potencialidade da tecnologia para atender necessidades da sociedade é apropriada em um contexto socioeconômico e político específico. Com a internet nos prometeram a aldeia global, a horizontalidade das relações, a democratização, mas estamos recebendo outras coisas: a desinformação, o golpe às democracias, a formação de guetos (bolhas).

Por que isso? Devido à lógica da concentração de recursos: hoje os dados são como o petróleo do século XX. E é no mundo do trabalho que a riqueza dos dados é produzida. O mundo do trabalho foi açambarcado pelo controle dos dados, ou seja, pelo controle de tudo o que se produz, se planifica, se move, se informa – voz, imagem, gesto, localização – sobre coisas e pessoas. As empresas são, na verdade, sistemas conectados para produção, controle e circulação de produtos. Não precisa ter um espaço físico, precisa existir no sentido institucional. Também não precisa ter empregados, ela precisa de que forneçam trabalho. As caracterizações e as especificidades profissionais estão se alterando, não só em novas profissões, mas sobretudo em múltiplas funções, assumidas por uma mesma pessoa.

As tecnologias também estão sendo usadas para explorar ainda mais a força de trabalho em benefício de poucos. O trabalho mediado e controlado por aplicativos de plataformas é a expressão mais desumana do trabalho no capitalismo avançado. É tão brutal quanto o trabalhador em situação similar a escravo. Não há qualquer responsabilidade das plataformas com o trabalhador e seus direitos pelo trabalho realizado. Sequer salário. Assim, segundo Ricardo Antunes [5], vivemos o privilégio da servidão. Os juízes do Supremo Tribunal assim como os deputados e senadores deveriam ser pagos e controlados por um sistema de plataforma. Vamos ver se eles continuariam legislando e julgando os direitos (ou a falta de direitos) da mesma maneira.

IHU On-Line – Se o mundo do trabalho mudou, podemos afirmar que o sindicalismo também tem mudado? Por quê?

Roseli Figaro – Acho que o sindicalismo mudou, e se perdeu, porque deixou de acompanhar o movimento real das transformações da sociedade. A reestruturação produtiva, com o discurso neoliberal da polivalência, flexibilização, do colaborador, do empreendedor, deu um golpe fatal no sindicalismo: usou a persuasão discursiva para fazer crer que a empresa estava interessada no bem-estar do trabalhador.

Houve um deslumbramento com os comitês de fábrica, as conversas com o presidente, o café da manhã com o gerente, o diretor de representação dos trabalhadores e outros mecanismos que poderiam ser usados para avançar a luta dos trabalhadores e foram cooptados pelas empresas para amenizar essas lutas. Quando a reestruturação tecnológica avançou, as demissões, a mudança geracional, a rotatividade, a terceirização etc. deram um golpe fatal na organização sindical. Mas os sindicalistas estavam conversando com o governo e muito pouco com os trabalhadores. No futuro, os trabalhadores que estão enfrentando a situação atual do trabalho é que têm a tarefa de organizar novas formas de luta e de associações, sejam elas parecidas com os sindicatos que conhecemos ou não.

IHU On-Line – Como analisa as formas que essas mudanças no mundo do trabalho têm sido reconstituídas pelos veículos de comunicação? Em alguma medida, a imprensa já compreendeu a complexidade das transformações do trabalho no século XXI?

Roseli Figaro – Acho que nos últimos dois anos, as empresas de comunicação no Brasil deram passos definitivos para a mudança daquilo que conhecemos como empresas de jornalismo. Hoje elas são empresas de negócios diversificados em termos de mídias e, sobretudo, estão em grande processo de experimentação de caminhos possíveis. Elas já entenderam que é por meio da metrificação dos dados que poderão voltar a ganhar muito dinheiro.

Metrificar, no caso do jornalismo, significa uma profunda mudança no conceito de notícia, porque a relevância do fato é dada pelo número de cliques, ou seja, a métrica que o tema suscita. Por isso, a lógica da campanha de Bolsonaro foi vencedora. A campanha conseguiu pautar a mídia, mesmo aqueles veículos que tinham posição mais democrática.

Outra coisa que se alterou profundamente é o processo produtivo no jornalismo: a cadeia de produção para uma notícia não comporta mais o trabalho de inúmeros profissionais. Hoje essa cadeia foi substituída por equipe multiplataforma muito enxuta que trabalha apoiada em bancos de dados e produções que circulam nas redes sociais. Além de outros aspectos que dizem respeito a outras lógicas de publicação e circulação das informações.

IHU On-Line – Quem é o jornalista do século XXI? E como imagina que deveria ser?

Roseli Figaro – Temos dois livros sobre esse assunto. As mudanças no mundo do trabalho do jornalista [6], de 2013; e As relações de comunicação e as condições de produção no trabalho de jornalistas em arranjos econômicos alternativos às corporações de mídia [7], de 2018. Nesses livros, temos estudos que mostram as mudanças no trabalho do jornalista, a precarização, as demissões, a pejotização, o freelancer fixo, o rebaixamento salarial, em um ambiente de digitalização dos processos de trabalho, virtualização das redações, redução do número de profissionais nas redações.

O jornalista sai de uma realidade de fragmentação do processo de trabalho em diferentes funções: pauteiro, repórter, redator, revisor, editor, para assumir todas essas funções até a publicação da notícia e, ainda, a publicação em texto, vídeo e áudio. A edição pode ser em impresso, site na internet, nas redes sociais: facebook, twitter etc. São formatos diferentes que exigem produções direcionadas. O jornalista que não está na grande empresa de mídia, está trabalhando em diferentes empresas de agências e assessorias de comunicação – dentro da mesma lógica acima descrita – e até no que estou denominando de novos arranjos do trabalho do jornalista. Eles e elas inventam o seu trabalho. A precarização é uma marca forte na maioria deles.

O jornalista do século XXI é jovem, é mulher e está sendo muito demandada em termos de ritmo de trabalho e é mal paga, tem expertise importante na escrita para os diferentes formatos e é pautada pelas métricas comandadas pelos conglomerados Google, Amazon, Facebook, Apple, Microsoft. Para se ter uma ideia do problema, é o Google que tem oferecido cursos para treinar jornalistas a escrever suas matérias a partir da lógica algorítmica do Google. Essa situação compromete a prática jornalística para a democracia.

IHU On-Line – Quais os desafios para formar um jornalista, ou alguém que trabalhe com comunicação, no século XXI?

Roseli Figaro – Manter o sonho de que o jornalismo e a jornalista, com o seu trabalho, possam contribuir para que o cidadão tenha meios de se orientar com vistas à maior participação e para a efetiva democratização das estruturas sociais, econômicas e políticas.

 

Notas: 

[1] Paulo Freire (1921-1997): educador brasileiro. Como diretor do Serviço de Extensão Cultural da Universidade de Recife, obteve sucesso em programas de alfabetização, depois adotados pelo governo federal (1963). Esteve exilado entre 1964 e 1971 e fundou o Instituto de Ação Cultural em Genebra, Suíça. Foi também professor da Unicamp (1979) e secretário de Educação da prefeitura de São Paulo (1989-1993). É autor de A Pedagogia do Oprimido, entre outras obras. A edição 223 da revista IHU On-Line, de 11-06-2007, teve como título Paulo Freire: pedagogo da esperança. (Nota da IHU On-Line)

[2] Saiba mais aqui. (Nota da IHU On-Line)

[3] Maria Aparecida Baccega: livre docente em Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da USP; atualmente é docente, pesquisadora e orientadora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Práticas de Consumo da Escola Superior de Propaganda e Marketing SP, desde 2003, tendo sido coordenadora adjunta de 2003 a 2007. Como Decana do PPGCOM ESPM, leciona e orienta trabalhos de mestrado e doutorado e coordena o Grupo de Pesquisa certificado pelo CNPq "Comunicação, Educação e Consumo: as interfaces na teleficção". Coordena a rede nacional OBITEL Brasil, que integra o OBITEL (Observatório Iberoamericano de Ficção Televisiva), rede internacional de pesquisadores que congrega países da América Latina, da Europa Ibérica e Itália. (Nota da IHU On-Line)

[4] Raymond Williams (1921-1988): foi um acadêmico, crítico e novelista Galês. Seus escritos em política, cultura, literatura e cultura de massas refletiram seu pensamento marxista. Foi uma figura influente dentro da Nova Esquerda e na teoria cultural em geral. (Nota da IHU On-Line)

[5] Ricardo Antunes: graduado em Administração Pública, é mestre e doutor em Ciências Sociais, é professor titular de Sociologia no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp. É autor de Adeus ao trabalho? Ensaio sobre as metamorfoses e a centralidade do mundo do trabalho. 3ª ed. São Paulo: Cortez, 1995 e Os sentidos do trabalho. Ensaio sobre a afirmação e a negação do trabalho. 6ª ed., São Paulo: Boitempo Editorial, 2003, entre outros. O IHU realizou uma série de entrevistas com o professor. Entre elas A crítica e subversão de Gorz ao capital, publicada na IHU On-Line número 238, de 1-10-2007; e “O governo Lula foi uma surpresa muito bem-sucedida para os grandes capitais”, publicada nas Notícias do Dia de 26-4-2014. (Nota da IHU On-Line)

[6] São Paulo: Atlas, 2013. (Nota da IHU On-Line)

[7] São Paulo: ECA-USP, 2018. A obra completa está disponível aqui. (Nota da IHU On-Line)

 

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