O Papa deseja visitar a Ásia

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Por: Jonas | 26 Junho 2013

Francisco possui um grande interesse em visitar a Ásia. Várias vezes, os bispos daquele continente já o convidaram e, em diversas ocasiões, ele próprio confiou que espera poder viajar logo. No entanto, o tema das viagens apostólicas internacionais parece não ser a prioridade para Jorge Mario Bergoglio, que está fortemente concentrado em seu papel como bispo de Roma e na reforma da Cúria Vaticana.

A reportagem é publicada no sítio Vatican Insider, 24-06-2013. A tradução é do Cepat.

No último dia 10 de junho, o Papa recebeu as cartas do novo embaixador do México ante a Santa Sé, Mariano Palacios Alcocer. Após a audiência particular, o diplomata confirmou o desejo do líder católico de visitar o território asiático: “O Papa é o Chefe de um Estado e o primaz de uma Igreja universal, possui convites para visitar a Ásia e a Igreja daquele continente tem um enorme interesse que sua santidade esteja presente”, disse.

Com essas palavras, também descartou uma próxima viagem apostólica ao México. Como já havia antecipado, ao Vatican Insider, o presidente da Conferência Episcopal desse país, o cardeal José Francisco Robles Ortega: “Disse-nos que, nesse momento, não pode considerar essa hipótese”, referindo-se ao convite formal realizado pelo presidente Enrique Peña Nieto.

Para além dos convites formais, que são dezenas, as viagens papais não são um problema para Francisco. Será um Papa que viajará pouco, assim disse ao presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, durante a audiência particular que ambos tiveram no Vaticano, na segunda-feira, do dia 13 de maio.

“Não poderei ir à Colômbia em 2013, nem em 2014. Além disso, não gosto de viajar muito”, teriam sido as palavras de Bergoglio ao mandatário sul-americano, durante a conversa de 14 minutos que ocorreu na biblioteca pessoal do Pontífice. Uma frase em resposta às duas cartas que Santos tinha enviado ao Vaticano, nas semanas anteriores.

Em parte, palavras confirmadas pelo presidente na coletiva de imprensa posterior à audiência, durante a qual afirmou: “Disse-me que precisa ser democrático na escolha de suas viagens, sendo latino-americano está inibido em privilegiar a América Latina. Confessou-me também que não gosta muito de viajar, que nesse momento a única viagem para essas terras será ao Brasil. Possui um convite do México e outro da Colômbia, mas considerará isso em outro momento”.

De fato, a única viagem internacional do Papa, em 2013, será para terras brasileiras, de 22 a 29 de julho, durante a Jornada Mundial da Juventude. Contudo, na Cúria Romana já se começa a especular sobre a possibilidade de que, em 2014, cumpra um itinerário pela Ásia. E, inclusive, são arriscadas previsões sobre hipotéticos destinos: Filipinas e Vietnã. Embora sejam apenas ideias lançadas ao ar.

Relativamente, o líder católico logo terá uma “desculpa” visitar a Ásia. De 25 a 31 de janeiro de 2016 está previsto a celebração do 51º Congresso Eucarístico Internacional, na cidade filipina de Cebu, com o lema: “Cristo em vós, esperança da glória”. Poderia ser uma boa oportunidade, não apenas para cumprir seu desejo de visitar a Ásia, mas também para recuperar a participação do bispo de Roma nestes encontros, após vários anos de ausência.

A última vez que um Pontífice presidiu um destes congressos foi no ano 2000, em Roma. Em 2004, João Paulo II já estava muito doente para se deslocar até Guadalajara, no México. Por diversas circunstâncias, Bento XVI precisou designar enviados para os encontros de Quebec (Canadá), em 2008, e de Dublin (Irlanda), em 2012.

Para os próximos anos, são previstas outras reuniões de histórica participação papal. Em 2015, acontecerá na Filadélfia, Estados Unidos, a Jornada Mundial das Famílias e, em 2016, deve ocorrer uma nova edição da Jornada Mundial da Juventude, com toda probabilidade na cidade polaca de Cracóvia. Participará Francisco? Ninguém se anima a afirmar que sim, pelo menos nesse momento.

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