06 Mai 2021
A Sala de Imprensa do Vaticano anunciou que na terça-feira, 11 de maio, será apresentado à mídia o Motu proprio "Antiquum ministerium". Já em 2018, o Papa havia falado da necessidade de dar a este serviço uma dimensão institucional na Igreja.
A reportagem é de Alessandro De Carolis, publicada por Vatican News, 05-05-2021.
O Papa tinha este tema em seu coração já há alguns anos, falou sobre isso na vídeo-mensagem aos participantes de uma conferência internacional sobre o tema, em 2018, quando declarou categoricamente que "o catequista é uma vocação". "Ser catequista, esta é a vocação, não trabalhar como catequista".
E depois acrescentava "esta forma de serviço que se realiza na comunidade cristã" deveria ser reconhecida "como um verdadeiro e genuíno ministério da Igreja". A convicção amadureceu e tomou a forma do Motu proprio Antiquum ministerium que será apresentado na próxima terça-feira (11/05) na Sala de Imprensa do Vaticano, com a presença do Arcebispo Rino Fisichella, presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização e Dom Franz-Peter Tebartz-van Elst, delegado para a Catequese do dicastério.
Na linha de frente
O Motu proprio, portanto, estabelecerá formalmente o ministério de catequista, desenvolvendo a dimensão evangelizadora dos leigos desejada pelo Concílio Vaticano II. Um papel ao qual, disse Francisco na vídeo-mensagem, cabe a responsabilidade do "primeiro anúncio". Em um contexto de "indiferença religiosa - o Papa havia indicado - sua palavra será sempre o primeiro anúncio, que atinge os corações e mentes de tantas pessoas que estão esperando para encontrar Cristo".
Uma dimensão comunitária
Um serviço a ser vivido com intensidade de fé e em dimensão comunitária, como foi sublinhado em 31 de janeiro passado na audiência aos participantes do encontro promovido pelo Departamento Catequético Nacional da Conferência Episcopal Italiana. " Este é o momento – disse o Papa - de ser artífices de comunidades abertas que sabem valorizar os talentos de cada um. É o tempo para as comunidades missionárias, livres e abnegadas, que não procuram relevância nem vantagem, mas que percorrem os caminhos do povo do nosso tempo, inclinando-se sobre os que estão à margem.
Leia mais
- Novo Diretório para a Catequese, publicado pela Santa Sé, aposta na sinodalidade
- Aquilo que resta do Vaticano II. Por que a recepção do Concílio ainda é um problema? Artigo de Massimo Faggioli
- “O catequista desperta nos outros a memória de Deus”. Francisco na missa com os catequistas
- Catequese Libertadora, a prima-pobre da Teologia da Libertação?
- O papel dos catequistas e das mulheres em debate no Sínodo
- Mulheres teólogas, cientistas da religião, agentes de pastoral e catequistas apoiam a Carta ao Povo de Deus assinada por 152 bispos brasileiros
- “O Concílio é magistério da Igreja. Se você não segue o Concílio, você não está com a Igreja”
- "O grande problema é a indiferença religiosa e moral’, afirma cardeal Ravasi
- A Ressignificação da Vida Religiosa Consagrada, um desafio para os religiosos contemporâneos
- A insuportável leveza do cristianismo pós-institucional. Artigo de Massimo Faggioli
- A dimensão mundial da igreja atual
FECHAR
Comunicar erro.
Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:
Francisco estabelece o ministério de catequista - Instituto Humanitas Unisinos - IHU