Querida Amazônia: 40 dias navegando rumo à conversão - 26º Dia

Não caiamos na tentação de participar de obras estéreis

Foto: Unsplash

22 Março 2020

 

Dia 26 de Navegação - 22 de março - IV Domingo da Quaresma

 

Não caiamos na tentação de participar de obras estéreis

 

Petição permanente para a conversão sinodal no início de cada dia

Que o Deus Trinitário, exemplo de vida em comunhão, ajude-nos a sonhar com uma Igreja sinodal, onde saibamos descobrir os sinais dos tempos e a presença de um Deus encarnado de diferentes maneiras, em diferentes lugares. Um Deus que nos ajude a discernir sua presença e anunciá-lo em todos os cantos, também entre os que vivem mais distantes; ser uma Igreja em saída, que vai ao encontro, que escuta e dialoga com todos. Que procuremos o bem para todos aqueles com quem nos encontramos todos os dias e saibamos como trazer de volta para a Amazônia e para todos os lugares onde estamos tudo o que vivimos no processo sinodal, fazendo realidade o que Deus espera por nós.

Medite por alguns instantes esta petição inicial, buscar a calma interior para entrar neste momento de conversão da Amazônia pelas águas da sinodalidade, a serviço do Povo de Deus e seus povos e comunidades, e escutar o chamado de Deus através da sua Palavra Viva.

 

Fragmento de uma Leitura do Dia

(Cada um é convidado a aprofundar as leituras completas de acordo com sua própria necessidade e critérios) 

Outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor. Procedei como filhos da luz. E o fruto da luz é toda espécie de bondade e de justiça e de verdade.

Discerni o que agrada ao Senhor e não tomeis parte nas obras estéreis das trevas, mas, pelo contrário, denunciai-as. O que essa gente faz em segredo, é vergonhoso até dizê-lo. Mas tudo o que é denunciado é manifestado pela luz; e tudo o que é manifestado torna-se \claro como a luz. Eis por que se diz: “Desperta, tu que estás dormindo, levanta-te dentre os mortos, e Cristo te iluminará”. (Efésios 5,8-14).

 

Reflexão na Perspectiva do Processo Sinodal Amazônico

O que agrada ao Senhor? Essa é uma pergunta que sempre esteve presente naqueles que querem viver a partir daquilo que agrada a Deus. A tentação
de participar das obras estéreis das trevas é algo que está sempre presente como uma ameaça para cada um de nós, para a sociedade em que vivemos
e também para a Igreja.

Hoje existem muitos planos ocultos, contrários à vontade de Deus, promovidos por quem quer esconder a luz que vem de Deus; essa luz que guiou
a vida das pessoas e dos povos. Desmascarar esses planos deve ser uma preocupação também em nossas comunidades eclesiais. O Papa Francisco nos anima a dar esse passo, a denunciar um capitalismo que mata, um sistema econômico que acaba com os pobres e com nossa Casa Comum. Que a Palavra de Deus nos ajude a entrar no caminho da conversão, que não deve ser apenas pessoal, mas também social.

 

Contemplação

Vamos contemplar a imagem deste dia e dedicar um momento para reconhecer nossa própria vida e experiência na Igreja e no serviço à Amazônia para pedir luz nesta Palavra de Deus e, assim, trazer de volta tudo o que vivemos. Escreva seus pedidos particulares e permaneça neles durante esse dia. Convidamos você a manter um registro de tudo o que o Espírito lhe provoca como uma preparação interna para assimilar melhor o processo sinodal.

 

Meditação Final (Querida Amazônia, 52)

"Os mais poderosos nunca ficam satisfeitos com os lucros que obtêm, e os recursos do poder econômico têm aumentado muito com o desenvolvimento científico e tecnológico. Por isso, todos deveríamos insistir na urgência de “criar um sistema normativo que inclua limites invioláveis e assegure a proteção dos ecossistemas, antes que as novas formas de poder derivadas do paradigma tecno-econômico acabem por arrasá-los não só com a política, mas também com a liberdade e a justiça” (LS, n. 53). Se a chamada por Deus exige uma escuta atenta do grito dos pobres e ao mesmo tempo da terra (LS, n. 49), para nós “o grito da Amazônia ao Criador é semelhante ao grito do povo de Deus no Egito (Ex 3,7). É um grito desde a escravidão e o abandono, que clama por liberdade”.

 

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