Novo bispo austríaco se opõe ao celibato sacerdotal obrigatório

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13 Dezembro 2019

O Vaticano nomeou Josef Marketz, 64 anos, como o novo bispo de Klagenfurt-Gurk, a diocese mais ao sul e a segunda mais antiga da Áustria. Depois de ser nomeado pelo Papa Francisco no dia 3 de dezembro, Marketz deu uma entrevista ao Die Kleine Zeitung no dia 7 de dezembro, na qual levantou questionamentos sobre o celibato sacerdotal.

A reportagem é de Christa Pongratz-Lippitt, publicada em The Tablet, 11-12-2019. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

“Existem muitas boas razões para abolir o celibato sacerdotal obrigatório”, disse ele ao jornal. A necessidade de abolir o celibato compulsório “não se deve tanto ao fato de que todo homem precisa de uma esposa ao seu lado”, explicou, mas tem mais a ver com a solidão. “Eu vejo continuamente o quanto os padres idosos são solitários, cuja família muitas vezes não está mais viva. É extremamente difícil levar uma vida digna na velhice sem uma família”, afirmou.

Marketz, que é membro da minoria eslovena na Caríntia e é bilíngue em esloveno e alemão, é diretor da Cáritas Caríntia nos últimos cinco anos. Ele disse que quer ser um “bispo do Papa Francisco”, viver modestamente e cuidar dos pobres. “É por isso que eu não quero me mudar para a residência episcopal”, explicou. Ele sempre lutou por um tratamento mais humano aos refugiados e imigrantes, e criticou fortemente a política de imigração da União Europeia.

A Diocese de Klagenfurt-Gurk está em agitação desde que Dom Alois Schwarz, que era bispo desde 2001, foi transferido em julho de 2018 para a Diocese de Sankt Pölten, na Baixa Áustria, onde ele hoje é bispo.

Como Schwarz foi acusado de má conduta financeira e pessoal durante seu tempo como bispo da Diocese da Caríntia, o Vaticano pediu que o arcebispo Franz Lackner, de Salzburgo, realizasse uma visitação à diocese em 2018. Os resultados da visitação nunca foram publicados, e Schwarz ainda está sob a investigação dos tribunais austríacos.

Em outubro deste ano, a chefe do ramo caríntio da organização leiga “Fórum de Cristãos Responsáveis”, Gerda Schaffelhofer, escreveu ao Papa Francisco pedindo urgentemente que ele nomeasse um novo bispo para Klagenfurt. O papa respondeu ao pedido em poucos dias com uma carta pessoal, na qual lhe assegurou que entendia o problema e procuraria uma solução.

Marketz diz que quer convencer Schwarz a pedir desculpas aos católicos da Caríntia pela turbulência que ele provocou. Ele será consagrado na Catedral de Klagenfurt no dia 2 de fevereiro de 2020.

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