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10 Fevereiro 2017

"O Brasil em sua vasta dimensão territorial possui seis biomas: a Amazônia, a Caatinga, o Cerrado, a Mata Atlântica, o Pantanal e o Pampa. Cada determinação se caracteriza, pois, pela dinâmica de semelhança que forma o ecossistema, isto é, pela similaridade de vegetação, de clima e formação histórica", escreve Felipe Augusto Ferreira Feijão, estudante de Filosofia Faculdade Católica de Fortaleza (FCF).

Eis o artigo.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB realiza anualmente a Campanha da Fraternidade (CF). Trata-se de um período do ano em que um tema social relevante é evidenciado, objetivando a reação da sociedade em relação a problemas concretos que precisam de atenção, reflexão e ação.

A CF 2017 tem como tema: “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida”, e como lema: “Cultivar e guardar a criação” (Gn 2, 15). Neste ano, a CNBB põe em debate os biomas do País que de acordo com o texto-base são definidos como “a vida que se manifesta em um conjunto semelhante de vegetação, água, superfície e animais”.

O Brasil em sua vasta dimensão territorial possui seis biomas: a Amazônia, a Caatinga, o Cerrado, a Mata Atlântica, o Pantanal e o Pampa. Cada determinação se caracteriza, pois, pela dinâmica de semelhança que forma o ecossistema, isto é, pela similaridade de vegetação, de clima e formação histórica.

Ora, não é de hoje que a natureza padece de uma profunda crise ecológica que se manifesta também na depredação dos biomas. Para Manfredo Oliveira, a crise ecológica é uma dentre várias específicas mutuamente entrelaçadas, descambando assim numa crise civilizacional, uma crise ético-cultural. A devastação dessas áreas naturais implica diretamente na ação humana e os efeitos de degradação da vida e da natureza denotam um grande risco em eminência patrocinado e mantido pela meta do homem de cada vez mais aumentar o domínio sobre a natureza e a sociedade.

Nessa mesma linha na encíclica Laudato Si’, o Papa Francisco adverte: “Se quisermos, de verdade, construir uma ecologia que nos permita reparar tudo o que temos destruído... a Igreja Católica está aberta ao diálogo com o pensamento filosófico, o que lhe permite produzir várias sínteses entre fé e razão”. Nesse sentido, a crise civilizacional atinge o sentido humano do mundo construído por essa mesma humanidade, o que se torna um desafio contemporâneo.

Com efeito, é de suma importância conceber que do fato da crise ético-cultural derivar a crise ecológica, as coisas estão conectas. Prova disso é a exposição feita pelo Papa na referida encíclica de uma “ecologia integral”, ou seja, uma proposta que contempla a íntima relação dos problemas atuais que incluem dimensões humanas e sociais. A fragmentação do conhecimento e a divisão social do trabalho continuam a gestar uma visão amplamente segmentada dos problemas. Em última instância o ensejo de uma conjugação efetiva que reconheça conexões de abrangência de diferentes ramos dos saberes se apresenta como uma empreitada desafiante.

Noutros termos: é preciso observar as relações das coisas. No caso dos biomas, como a crescente desertificação da Caatinga, o desmatamento da floresta Amazônica, e a agressão a Mata Atlântica influem na vida humana e dos animais? Como a vontade política poderia diretamente implementar medidas de preservação? Como incorporar o conceito de sustentabilidade nas atividades econômicas?

As respostas para tais perguntas se colocam no caminho da CF 2017 rumo a uma conscientização e mobilização civil em prol do cuidado com nossa casa comum que nos sustenta como dizia Francisco de Assis.

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O Instituto Humanitas Unisinos - IHU realizará o evento Os Biomas Brasileiros e a Teia da Vida, de 09 de março até 14 de junho de 2017. Veja a programação completa aqui.

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