O candidato da Fiesp

Mais Lidos

  • “A destruição das florestas não se deve apenas ao que comemos, mas também ao que vestimos”. Entrevista com Rubens Carvalho

    LER MAIS
  • Povos Indígenas em debate no IHU. Do extermínio à resistência!

    LER MAIS
  • “Quanto sangue palestino deve fluir para lavar a sua culpa pelo Holocausto?”, questiona Varoufakis

    LER MAIS

Revista ihu on-line

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais

Modernismos. A fratura entre a modernidade artística e social no Brasil

Edição: 551

Leia mais

Metaverso. A experiência humana sob outros horizontes

Edição: 550

Leia mais

25 Janeiro 2017

A mulher deve obedecer ao marido assim como os filhos devem obedecer aos pais. A legalização do divórcio aumentou o número de filhos desajustados. A união entre pessoas do mesmo sexo é tão imprópria quanto o casamento de um homem com um cavalo.

As ideias lembram o século 19, mas foram defendidas por Ives Gandra Filho em artigo publicado em 2012. Presidente do Tribunal Superior do Trabalho e amigo de Michel Temer, ele desponta entre os favoritos para ocupar a vaga de Teori Zavascki no Supremo. O ministro Gilmar Mendes é seu maior cabo eleitoral.

A informação é de Bernardo Mello Franco, jornalista, publicada no jornal Folha de S. Paulo, 25-01-2017.

Ligado à Opus Dei, Gandra encarna o ultraconservadorismo de toga. No site do TST, ele informa que adotou o celibato por "decisão de Deus". A crença e as opções do ministro só dizem respeito a ele, mas sua ideia de sociedade interessa a todos —se for alçado ao Supremo, ele decidirá sobre temas que afetam a vida e os direitos de milhões de brasileiros.

No texto em que defende a submissão da mulher, Gandra critica decisões da corte que legalizaram a união civil de homossexuais e as pesquisas com células-tronco. Arautos da bancada religiosa no Congresso, como o pastor Marcos Feliciano, aderiram ao lobby por sua nomeação.

Os políticos fazem barulho, mas quem mais investe na campanha é o empresariado. O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, lidera a mobilização. Ele me disse que Gandra "é um grande brasileiro e poderá ser um grande ministro do Supremo". Citado nas delações da Odebrecht, o peemedebista afirma não ter "nenhuma preocupação" com a Lava Jato.

Para a associação dos juízes trabalhistas, Gandra virou o candidato da Fiesp porque defende os interesses dos patrões em prejuízo dos trabalhadores. "Ele é um aliado dos empresários na missão de desmontar a CLT.

Nomeá-lo para o Supremo seria um erro histórico", afirma o presidente da Anamatra, Germano Siqueira. A assessoria de Gandra diz que ele não quer dar entrevistas.

Leia mais

Comunicar erro

close

FECHAR

Comunicar erro.

Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:

O candidato da Fiesp - Instituto Humanitas Unisinos - IHU