Osoro e Carmena homenageiam a figura do padre Llanos

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26 Abril 2016

A Fundação José María de Llanos organizou uma cerimônia para marcar os 110º aniversário do nascimento de seu fundador, o padre Llanos, sj, com o lema Entre a perplexidade e a fronteira. Agendado para a terça-feira, 26 de abril, será realizado na sede da Fundação (c/Martos, 185).

Nossa intenção foi reunir pessoas que foram importantes na vida de José Maria de Llanos ou que estão hoje em uma das áreas em que ele tinha mais envolvimento.

Estarão conosco a prefeita de Madri, Manuela Carmena; o arcebispo de Madri, Carlos Osoro; o ex-secretário da Unesco, Federico Mayor, além daqueles que foram seus representantes políticos e sindicais, como Ignacio Fernández Toxo, Francisca Sauquillo, Cristina Almeida e Nicolás Sartorius. Também participará o diretor do Religión Digital, José Manuel Vidal.

A reportagem é publicada por Religión Digital, 25-04-2016. A tradução é de Eduardo Herrmann.

Além disso, será lançado o livro “El Profetismo del Padre Llanos 1906-1992” de Juan Antonio Delgado, autor que participou ativamente da organização deste encontro.

A trajetória comprometida de Llanos, suas contribuições sociais ou religiosas, configuram uma personalidade história que queremos projetar desde nossa realidade atual. Tanto os desafios aos quais ele respondeu quanto os atuais, nos colocam, a todos, na fronteira e na perplexidade, aos quais ele respondeu com o diálogo e com o convencimento, na defesa dos valores e princípios humanos.



Esta é a programação:

A conferência será aberta às 12h, por Federico Mayor Oreja, presidente da Fundação Cultura de Paz, com um trabalho intitulado O Padre Llanos, referência de fraternidade e misericórdia. Saúda Miguel de Miguel Morejudo, diretor geral da Fundação José María de Llanos.

Às 13h, o arcebispo de Madri, monsenhor Carlos Osoro, falará sobre O mistério da Encarnação, pregado, vivido e mostrado pelo Padre Llanos. Será apresentado por Juan José Rodríguez Ponce, sj.

O compromisso com os cidadãos será o tema que será abordado a partir das 16h45, com as invervenções de Francisca Sauquillo Pérez del Arco, presidente do Movimento pela Paz, Nicolás Sartorius Álvarez de las Asturias Bohorques, vice-presidente da Fundação Alternativas, e Ignacio Fernández Toxo, secretário geral da CCOO. Apresentará Laurentino de Miguel Morejudo, presidente da Fundação José María de Llanos.

Às 18h, será apresentado o livro El Profetismo del Padre Llanos 1906-1192. Entre a perplexidade e a fronteira, de Juan Antonio Delgado. Farão intervenções José Manuel Vidal, diretor do Religión Digital, Cristina Almeida, advogada, o autor da obra e Diego Iturriaga, editor. Apresentará Carlos Pedro de la Higuera Pérez, presidente de Gredos San Diego Cooperativa.

A cerimônia será fechada a partir das 19h, pela prefeita de Madri, Manuela Carmena.

Quem foi o padre Llanos

Nascido em 26 de abril de 1906, filho de um general de infantaria. Estudou Químicas e tornou-se Jesuíta. Foi capelão da Frente da Juventude, e chegou a passar alguns exercícios espirituais a Franco, porém, segundo suas palavras, “me dei conta que o povo permanevia à margem”, por isso mudou radicalmente de vida.

Chegou a Pozo no dia 24 de dezembro de 1955. Motivado pela situação das pessoas do bairro de Vallecas, instala-se ali, apesar da pressão familiar e de seus superiores eclesiásticos, desenvolvendo um trabalho pastoral orientado nas reivindicações e lutas para melhorar a qualidade de vida dos vizinhos.

“Levanta uma igreja cheia de fotos de Juanito Valderrama, de Lola Flores e tantos outros, fica debaixo dos barracos para impedir sua demolição durante a Guerra Civil, desaloja bares a hóstia limpa, traz universitários para assentar tijolos, monta uma guarda com coroinhas, organiza e preside procissões. Paralisa a elevação do cálice para ordenar que uma beata que não para de rezar em latim se cale, monta um cinema de verão, fez Franco esperar. Lê frases sobre o Vietnã, leva os integrantes das Comisiones Obreras a uma escola de formação, divide queijo e leite em pó americano, monta uma comuna de trabalhadores, integra as Comisiones Obreras, torna-se não violento, entedia-se nas reuniões, fode de homenagens…”

Estimula a criação de escolas, associações de bairro, de coletivos reivindicativos. Durante toda a sua vida em Pozo, a porta de sua modesta casa esteve sempre aberta a todo mundo, vizinhos, crianças, personagens de todas as classes e condições, viciados, desempregados, imigrantes…

A Associação de Moradores, por ocasião de seu 85º aniversário, entregou a ele uma placa que dizia “José María de Llanos veio a Pozo a caminho de Deus, deparou-se com o homem e de sua mão chegará a ele”. Faleceu no dia 10 de fevereiro de 1992.

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