23 Fevereiro 2021
Lidia Cardoso
Médico e enfermeira atendem bebê com pneumonia dentro da água em meio a enchente no Acre
Foto Lucas Melo
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Marta Gustave Coubert Bellini
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Eduardo Sterzi
O auxílio emergencial foi, desde o início, uma armadilha que a esquerda criou para si mesma. A própria forma emergencial - quando a luta deveria ser por uma reformulação profunda das políticas econômicas e sociais diante da pandemia - é perfeita para fazer passar a boiada.
Agora, o auxílio, que já serviu para alavancar um governo que, de outro modo, cairia sob o peso de sua responsabilidade na catástrofe, será pretexto para sequestrar os recursos da educação e da saúde públicas. Esquerda sem estratégia vira pistoleira inconsciente da direita.
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Kris Schornobay
Gente!!! Por misericórdia, precisamos fazer algo! A destruição do SUS já começou.
Eduardo Sterzi
Enquanto os políticos de direita não tiverem medo de sair nas ruas por conta da devastação que estão impondo ao país, continuaremos afundando.
Flávio Lazzarin
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"Se eu manejasse um arado, pastoreasse um rebanho, cultivasse uma horta, remendasse uma veste, ninguém me daria atenção, poucos me observariam, raras pessoas me censurariam e eu poderia facilmente agradar a todos. Mas, por ser eu delineador do campo da natureza, por estar preocupado com o alimento da alma, interessado pela cultura do espírito e dedicado à atividade do intelecto, eis que os visados me ameaçam, os observados me assaltam, os atingidos me mordem, os desmascarados me devoram. E não é só um, não são poucos, são muitos, são quase todos." (Giordano Bruno)
Lazin Barbeiro
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Marta Gustave Coubert Bellini
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Antonio Romane
A vida humana no Brasil
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João Lopes
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Há exatos 76 anos nascia na Rússia a menina Elke Georgievna Grunnup que viria a falecer aos 71 anos em pleno golpe de 2016.
"Ela veio para o Brasil, onde, depois de adulta, se naturalizou.
A imagem pública da Elke é a Maravilha, chamando o Chacrinha de Painho, sendo jurada em diversos programas de calouros, sempre risonha, com uma boca enorme e batons em tonalidades gritantes, mas, por trás...
Uma intelectual. Falava e redigia fluentemente em oito idiomas, tendo lecionado francês na Aliança Francesa e inglês, na União Cultural Brasil-Estados Unidos, o que não é para qualquer professor.
Fez cursos de cinema e teatro e frequentou três faculdades: Medicina, Filosofia e Letras, na UFRS, não concluindo nenhuma delas, por causa do seu temperamento irrequieto, experimentador, terminando por formar-se tradutora e intérprete de línguas estrangeiras.
Foi feroz opositora da Ditadura Militar, que lhe cassou a cidadania brasileira, por subversão, transformando-a em apátrida (sem nacionalidade).
Em um episódio, mantido em segredo pela mídia vassala dos generais, ela saiu arrancando todos os cartazes de procura-se, de resistentes da ditadura, oferecendo recompensa para quem os denunciasse ao regime, até chegar ao cartaz onde estava estampada a foto de Stuart Angel Jones, morto nos porões da ditadura, quando, em desafio aberto aos espiões no saguão do aeroporto, fez inflamado discurso contra os tiranos e a covardia, denunciando o assassinato, sendo imediatamente presa.
Sua família veio para o Brasil fugida do stalinismo e todos os membros da família tiveram a cidadania russa subtraída, sendo despatriada, inclusive a menina Elke.
No Brasil tornaram-se sem terras, posteriormente arrendando um sítio, com Elke na enxada, até a adolescência, quando decidiu sair do sul e vir para São Paulo, aos vinte anos.
Foi sempre de esquerda e nunca escondeu isso, vivendo só, apesar de ter sido casada oito vezes, fazendo o tipo socorrer mendigos nas madrugadas, com testemunhos ou não, contribuindo em listas de viúvas e órfãos fabricados pela ditadura, apresentando-se nos shows de resistência sem cobrar cachê, o que também fazia em todos os shows de benemerência.
Eu a conheci numa festa do dia dos pais, na Penitenciária Lemos de Brito, conhecida como Frei Caneca, hoje demolida, onde ela foi o centro de tudo, pelo carinho com os presos e, principalmente, com os familiares dos presos.
O engraçado da ocasião é que foi com o namorado, negro, bem mais novo que ela e pelo menos vinte centímetros mais baixo, um contraste gritante (ela era branca como papel).
Sabedora dos olhares preconceituosos, quando pegou o microfone nos alertou que baixinhos não são necessariamente todo pequenininhos, arrancando risadas.
Por trás de uma artista popular, simples, sem afetações intelectualóides, uma intelectual consciente e militante, longe dos holofotes, humildemente.
Por essa época, o flamenguista fanático, Jorge Ben Jor, compôs a música Fio Maravilha, homenageando um jogador de futebol que teve carreira meteórica, terminando garçom em Nova Iorque.
Posteriormente Fio Maravilha processou o compositor, reclamando a partilha do dinheiro dos direitos autorais, já que havia o seu nome na letra da música, mostrando caráter oposto ao da Elke.
Teria sido muito mais justo se a música tivesse se chamado Elke Maravilha, para que pudéssemos cantar “Elke Maravilha, nós gostamos de você”.
Texto entre aspas do saudoso Francisco Costa
Roberto Romano Da Silva
Deixo inequívoco aqui, como em muitas publicações minhas de artigos, entrevistas, meu profundo desgosto e repúdio pelo título de Honoris causa concedido a Jarbas Passarinho. Quem tiver honestidade intelectual ou ética e leu o que escrevi sobre aquela honraria concedida pela Unicamp, conhece minha posição crítica. Mas em determinadas áreas da Unicamp sou persona non grata. Enviei meu apoio ao movimento em favor da cassação daquele título. Infelizmente os ódios acadêmicos sempre tomam a dianteira e não foi comunicada aos colegas a minha posição. Aliás, não é a primeira vez que me associo a protestos contra atos contrários à democracia....e no entanto meu nome é cortado das listas preparadas pelos colegas da Unicamp, em especial os das ciências humanas. Conheço as razões para tal ódio em relação a mim. Apenas considero pouco lúcida a posição de não publicar meu nome em apoio a medidas democráticas ou contrário às anti democráticas. Fica aqui consignado: sou favorável à retirada do título. A atitude dos meus censores é imprudente: riscam meu nome do apoio e depois podem dizer que não me manifestei. O mundo acadêmico é assim. Mas desta feita não deixo passar em branco. Apoio o movimento de retirada do título concedido ao ministro que, na edição do AI-5 afirmou ser preciso abolir todo escrúpulo. Ah, o próprio Passarinho já escreveu contra mim na Folha de São Paulo. Mas os colegas da Unicamp não leram, talvez porque a Folha pratica a censura sobre quem pensa e age diferente. Abraços a todos os censores. Roberto Romano
Lidia Cardoso
A prisão do ~deputado~ nos faz esquecer dos outros escândalos, não é? Como o da compra de cerveja e picanha pelas FFAA.
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Adriano Moccelin
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Enquanto a COVID-19 provoca estragos no Brasil, o anti-presidente-tenente Messias Cloroquina Bostonaro (sem partido) contribui para aumentar o número de mentiras em circulação e segue atacando a imprensa —numa tentativa de esconder sua incapacidade de administrar a crise sanitária.
“A verdade nua”, campanha produzida pela agência BETC Paris em parceria com a Repórteres sem Fronteiras, reitera a importância crucial do jornalismo para garantir o acesso a informações confiáveis sobre a pandemia.
Reporter sans Frontières
Disponível aqui.
Yasser Nassif
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Salaam Aleikum!
Meu nome é Yasser Zayn Nassif, sou Palestino, nasci em Jerusalém Oriental e tenho 26 anos de idade. Sou Diácono Transitório da Igreja Oriental atualmente incardinado na Igreja Romana do Iraque, que conta hoje com apenas 8 sacerdotes. (A maior presença da Igreja no Iraque se dá pela Igreja Caldéia, com um número bem maior de sacerdotes, seminaristas e religiosos).
Tive uma bonita e longa caminhada que ajudou na construção do ser humano que sou hoje. Essa construção só foi possível graças à "desconstrução" que a imersão em várias culturas me possibilitou, dentre elas, a imersão na cultura da América Latina, mais especificamente no Brasil, lugar onde vivi por dois anos e meio.
A brasilidade, o idioma (que inclusive hoje considero a minha segunda língua) e principalmente a Pastoral exercida pela Santa Igreja naquele país contribuiu para que eu hoje fosse um clérigo "para além do incenso e dos ícones" e entendesse a dimensão do Evangelho não como apenas um livro, mas uma autêntica forma de vida!
Por isso, neste ano me identifiquei com a Campanha da Fraternidade Ecumênica lançada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil em conjunto com a CONIC - Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil. A Campanha da Fraternidade é uma campanha realizada anualmente no período da Quaresma e cada cinco anos é promovida de forma ecumênica em conjunto com outras denominações cristãs. Seu objetivo é despertar a solidariedade dos seus fiéis e da sociedade em relação a um problema concreto que envolve a sociedade brasileira, buscando caminhos de solução.
Neste ano, o tema da Campanha é "Fraternidade e diálogo: compromisso de amor!" e o lema é “Cristo é a nossa paz: do que era dividido fez uma unidade”. (Ef 2,14a) Ao ler o texto base da Campanha percebi o quanto ela se encaixa perfeitamente na realidade da comunidade onde sou Administrador Paroquial, por isso eu traduzi para o árabe e adaptei o texto base para a nossa realidade e comecei hoje a trabalhar o texto com os fiéis da minha Paróquia.
Como comungo do Carisma da Unidade presentado à Igreja por Chiara Lubich através do Movimento dos Focolares, tive a alegria de fazer nascer aqui em nossa Paróquia um Movimento novo, ecumênico, contemplativo e mariano que envolve jovens de diversas confissões religiosas cristãs e alguns não-cristãos como os muçulmanos. "Cristo é a nossa paz, do que estava dividido, Ele fez uma unidade!"
Toda a polarização, violência e discriminação contra grupos minoritários também acontece aqui no Iraque. Aqui as mulheres são objetificadas, tornadas "propriedades" de seus maridos, submissas à situações de abusos domésticos e quando não casadas, são expostas à todo tipo de violência e abuso por parte da sociedade árabe tipicamente machista. Aqui no Iraque, pessoas LGBTQI+ são mortas diariamente, muitas vezes pelos próprios familiares e vizinhos com a chancela ainda que indireta do poder estatal iraquiano e esses crimes são considerados uma "purificação moral do país". As "minorias" são constantemente privadas de seus direitos básicos por um Estado opressor que retira até mesmo os direitos fundamentais.
Fundamos também aqui nas dependências da Paróquia uma Casa de Acolhimento para pessoas que estão sofrendo ameaças, rejeitadas por suas famílias e pela sociedade iraquiana, como LGBTQI+, mulheres que sofreram violência doméstica e qualquer pessoa que precisa de abrigo, até que termine a situação de violência/ameaça ou até que encontrem uma solução definitiva.
Por isso resolvi trabalhar a Campanha da Fraternidade aqui de forma a conscientizar os meus paroquianos, principalmente aqueles que por força do ambiente machista em que foram educados, ainda não entendem a importância do acolhimento irrestrito e a defesa incondicional da vida, principalmente a vida e a dignidade dos grupos minoritários, uma vez que aqui no Iraque dentre esses grupos considerados minoritários, estamos nós, os cristãos. Por isso a Campanha da Fraternidade Ecumênica do Brasil é tão importante para nós, para que a unidade que constrói a paz seja uma realidade entre todos.
A Campanha da Fraternidade é oportuna sim no tempo da Quaresma. Uma quaresma onde os cristãos queiram somente em rezar e salvar a si próprios não é uma quaresma autêntica, é egoísta e não busca o cerne deste momento tão rico para nós. "É tempo de reconhecermos os muros que nos separam e que causam tantas dores no mundo. Vamos colocar isso na presença de Deus."
Começamos hoje este tempo santo! As nossas liturgias e paraliturgias serão celebradas com a mesma solenidade, sobriedade e reverência que Nosso Senhor merece e que elevará a nossa alma aos átrios eternos, mas o fato de celebrarmos uma Liturgia tradicional (de sempre) e celebrarmos a conversão espiritual não nos impede de exercer a conversão social de nossa sociedade. Aliás, a conversão almejada no tempo quaresmal só é completa e concreta se atingir os aspectos temporais e atemporais de nossa vida. A fé exige obras concretas para ser autêntica, a conversão também.
Em todas as línguas, para todos os povos, que essa verdade se torne concreta no meio de nós:
Al-Masih Salamana! Cristo é a nossa Paz!
Idelber Avelar
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“Nuestra historia está entrelazada con la historia del mundo.” Entrevista a Ailton Krenak por José Eduardo Gonçalves y Maurício Meirelles. Disponível aqui.
Esta entrevista com Ailton Krenak, feita por Maurício Meirelles e José Eduardo Gonçalves, é um bálsamo para a alma e um alimento para o cérebro. Obrigado a Gonzalo Aguilar e Juan Recchia Paez por traduzi-la ao espanhol, inclusive porque o original, em português, só está disponível em papel (Olympio, literatura e arte, número 2).
Agora, sim, aberta na net para quem quiser ler. Krenak inspirado:
"Hoy, un imbécil con esa potencia negativa llega a un lugar de mando y, ¿qué hace? Se burla de la investigación antropológica, de la investigación arqueológica y dice que “una caca petrificada de indio” se interpone en el camino de desarrollo del país. ¿Cómo es que vamos a relacionarnos en un mundo así, dónde sujetos totalmente desequilibrados ocupan el aparato del Estado y comienzan a usar el sistema para destruir la vida?
Pero, si podemos mirar esto con otra poética, vamos a entender que los indios vencieron. Porque si ese aparato estatal, desde la colonia, nunca logró calmarse y pasa el tiempo entero gruñiendo y mordiendo, es porque está viendo fantasmas. Eso demuestra que el Estado brasileño no logró aún superar esa cuestión propia, y que nosotros ganamos esa lucha moral. Él no se rindió todavía – patalea, escupe, dispara-, pero nosotros ya vencimos hace tiempo. Y no hay chance de negar eso, porque cuando el jefe de la nación hace un chiste de mal gusto sobre las heces petrificadas de los indios, él muestra que todavía no creció, que continúa en la fase anal. El sujeto todavía está comiendo caca."
Marta Gustave Coubert Bellini
Foto: Reprodução Facebook
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