Querida Amazônia: 40 dias navegando rumo à conversão - 32º Dia

A boa notícia vem de onde a maioria não espera

Foto: Vatican Media

28 Março 2020

 

Dia 32 de Navegação - 28 de março (Sábado da semana IV)

 

A boa notícia vem de onde a maioria não espera

 

Petição permanente para a conversão sinodal no início de cada dia

Que o Deus Trinitário, exemplo de vida em comunhão, ajude-nos a sonhar com uma Igreja sinodal, onde saibamos descobrir os sinais dos tempos e a presença de um Deus encarnado de diferentes maneiras, em diferentes lugares. Um Deus que nos ajude a discernir sua presença e anunciá-lo em todos os cantos, também entre os que vivem mais distantes; ser uma Igreja em saída, que vai ao encontro, que escuta e dialoga com todos. Que procuremos o bem para todos aqueles com quem nos encontramos todos os dias e saibamos como trazer de volta para a Amazônia e para todos os lugares onde estamos tudo o que vivimos no processo sinodal, fazendo realidade o que Deus espera por nós.

Medite por alguns instantes esta petição inicial, buscar a calma interior para entrar neste momento de conversão da Amazônia pelas águas da sinodalidade, a serviço do Povo de Deus e seus povos e comunidades, e escutar o chamado de Deus através da sua Palavra Viva.

 

Fragmento de uma Leitura do Dia

(Cada um é convidado a aprofundar as leituras completas de acordo com sua própria necessidade e critérios) 

Ouvindo estas palavras, alguns da multidão afirmavam: “Verdadeiramente, ele é o profeta!” Outros diziam: “Ele é o Cristo!” Mas outros discordavam: “O Cristo pode vir da Galileia? Não está na Escritura que o Cristo será da descendência de Davi e virá de Belém, o povoado de Davi?”

Surgiu, assim, uma divisão entre o povo por causa dele. Alguns queriam prendê-lo, mas ninguém lhe pôs as mãos. Os guardas então voltaram aos sumos sacerdotes e aos fariseus, que lhes perguntaram: “Por que não o trouxestes?” Responderam: “Ninguém jamais falou como este homem”. Os fariseus disseram a eles: “Vós também vos deixastes iludir? Acaso algum dos chefes ou dos fariseus acreditou nele? Mas essa gente que não conhece a Lei são uns malditos!”

Nicodemos, porém, um dos fariseus, aquele que tinha ido a Jesus anteriormente, disse: “Será que a nossa Lei julga alguém antes de ouvir ou saber o que ele fez?” Eles responderam: “Tu também és da Galileia? Examina as Escrituras, e verás que da Galileia não surge profeta”. Depois que cada um voltou para sua casa (João 7,40-53).

 

Reflexão na Perspectiva do Processo Sinodal Amazônico

Quem vem da periferia nos incomoda. Jesus é visto como um galileu, um povo que, para os judeus de Jerusalém, o centro do judaísmo, o único lugar onde a verdadeira religião era vivida, não era confiável.

A história se repete constantemente, hoje é alguém que veio do fim do mundo, Francisco, aquele que é demonizado por muitos que estão no centro, daqueles que se apresentam como defensores da verdadeira religião. Foi um Sínodo, no qual os grandes protagonistas foram aqueles que estão localizados ou estão localizados na periferia, os povos indígenas, as mulheres, os bispos da selva. É hora de ouvir, não julgar, de se abrir para o que vem daqueles lugares tradicionalmente esquecidos e rejeitados. As boas notícias vêm de onde a maioria não espera, da periferia, da Amazônia, daqueles que sempre quiseram ficar calados.

 

Contemplação

Vamos contemplar a imagem deste dia e dedicar um momento para reconhecer nossa própria vida e experiência na Igreja e no serviço à Amazônia para pedir luz nesta Palavra de Deus e, assim, trazer de volta tudo o que vivemos. Escreva seus pedidos particulares e permaneça neles durante esse dia. Convidamos você a manter um registro de tudo o que o Espírito lhe provoca como uma preparação interna para assimilar melhor o processo sinodal.

 

Meditação Final (Querida Amazônia, 99)

Na Amazônia, há comunidades que se mantiveram e transmitiram a fé durante longo tempo, mesmo decênios, sem que nenhum sacerdote passasse por lá. Isso foi possível graças à presença de mulheres fortes e generosas, que batizaram, catequizaram, ensinaram a rezar, foram missionárias, certamente chamadas e impelidas pelo Espírito Santo. Durante séculos, as mulheres mantiveram a Igreja de pé nesses lugares com admirável dedicação e fé ardente. No Sínodo, elas mesmas comoveram a todos com o seu testemunho.

 

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