Não à guerra entre nós

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14 Fevereiro 2020

A leitura que a Igreja propõe neste domingo é o Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 5,17-37 que corresponde ao Sexto Domingo do Tempo Comum, ciclo A do Ano Litúrgico. O teólogo espanhol José Antonio Pagola comenta o texto. 

Eis o texto.

Os judeus falavam com orgulho da Lei de Moisés. Segundo a tradição, foi Deus que a entregou a seu povo. Era o melhor que tinham recebido Dele. Nessa lei, encontra-se a vontade do único Deus verdadeiro. Aí podem encontrar tudo o que necessitam para serem fiéis a Deus.

Também para Jesus a Lei é importante, mas já não ocupa o lugar central. Ele vive e comunica outra experiência: o reino de Deus está chegando; o Pai procura abrir um caminho entre nós para fazer um mundo mais humano. Não basta contentar-nos em cumprir a lei de Moisés. É necessário abrir-nos ao Pai e colaborar com Ele para fazer a vida mais justa e fraterna.

Por isso, segundo Jesus, não basta cumprir a Lei, que ordena “não matarás”. É necessário, também, arrancar da nossa vida a agressividade, o desprezo pelo outro, os insultos ou as vinganças. Aquele que não mata cumpre a Lei, mas se não se liberta da violência, no seu coração ainda não reina esse Deus que procura construir conosco uma vida mais humana.

Segundo alguns observadores, se está espalhando na sociedade atual uma linguagem que reflete o crescimento da agressividade. Cada vez são mais frequentes os insultos ofensivos, proferidos apenas para humilhar, desprezar e magoar. Palavras nascidas da rejeição, do ressentimento, do ódio ou da vingança.

Por outro lado, as conversações estão frequentemente tecidas de palavras injustas que espalham condenações e semeiam suspeitas. Palavras ditas sem amor e sem respeito que viciam a convivência e fazem mal. Palavras nascidas quase sempre da irritação, da mesquinhez ou da baixeza.

Este não é um acontecimento que se dê somente na vida social. É também um grave problema no interior da Igreja atual. O papa Francisco sofre ao ver divisões, conflitos e confrontos de “cristãos em guerra contra outros cristãos”. É um estado de coisas tão contrário ao Evangelho que sentiu a necessidade de nos dirigir uma chamada urgente: “Não à guerra entre nós”.

Assim fala o Papa: “Dói-me verificar como, em algumas comunidades cristãs, e ainda entre pessoas consagradas, consentimos diversas formas de ódios, calúnias, difamações, vinganças, ciúmes, desejo de impor as próprias ideias à custa de qualquer coisa e até perseguições que parecem uma implacável caça às bruxas. A quem vamos evangelizar com esses comportamentos?”.

O Papa quer trabalhar para uma igreja em que “todos possam admirar como vos cuidais uns aos outros, como vos dais alento mutuamente e como vos acompanhais”.

 

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