Papa Francisco e Joseph Stiglitz querem estimular uma “economia social de mercado” que dê voz aos jovens

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15 Mai 2019

O Papa e o Prêmio Nobel de Economia, Joseph Stiglitz, coincidiram na necessidade de estimular, em nível global, uma “economia social de mercado” que “olhe para o futuro com a voz dos mais jovens”, em uma audiência privada no Vaticano, promovida pela fundação pontifícia Scholas Occurrentes.

A reportagem é publicada por La Vanguardia, 13-05-2019. A tradução é do Cepat.

“O Papa convidou o Prêmio Nobel de Economia, Joseph Stiglitz, e o presidente do Instituto de Novo Pensamento Econômico (INET, em sua sigla em inglês), Robert Johnson, a impulsionar uma série de trabalhos concretos, junto à fundação pontifícia Scholas Occurrentes, para levar a voz dos jovens aos estudos econômicos e estimular encontros e programas vinculados aos problemas atuais da juventude, em nível global”, destacou a ONG pontifícia em um comunicado.

Em uma reunião privada, realizada no Vaticano, no último dia 11 de maio, junto com os diretores mundiais da fundação Scholas, José María del Corral e Enrique Palmeyro, o Pontífice e o economista advertiram sobre “os problemas de certas formas de economia de mercado que não colocam os mercados a serviço dos povos, mas, ao contrário, os povos a serviço dos mercados e exacerbam o comportamento individualista”.

“É fundamental trabalhar a partir da educação em sistemas alternativos que não tenham como premissa a ideia de idolatrar o dinheiro. Temos que buscar desenvolver programas e estudos em torno do conceito de economia circular, que contribuam para uma educação consciente da sustentabilidade ambiental, que requer devolver ao meio ambiente o que lhe é retirado”, disse Stiglitz, durante o encontro.

“Caso contrário, a humanidade vai ao suicídio”, concordou Francisco, durante a reunião que também teve a participação de membros da Comissão para a Transformação Global (CGET, em sua sigla em inglês) do INET, Peter Bofinger, Ramón Contreras e Eisuke Sakakibara, e o economista da Universidade Columbia, Martín Guzman.

No encontro no Vaticano, que encerrou uma jornada de trabalho iniciada na sede da fundação pontifícia, no Palácio de São Calisto, Stiglitz propôs à Fundação Scholas contribuir em um relatório que será apresentado em fóruns econômicos internacionais, que veio sendo elaborado, em sua primeira fase, ao longo de 2019, e do qual fará parte em 2020, na segunda fase, através da CGET do INET.

“Interessa-nos profundamente poder trabalhar com Scholas para aprofundar as discussões sobre as questões sociais e as mudanças que a globalização gera nas sociedades, bem como pensar em ideias concretas sobre o que deveríamos fazer para que a tecnologia e os mercados estejam a serviço da humanidade e não o contrário”, expôs Stiglitz.

Os detalhes do trabalho serão apresentados no V Congresso Internacional, organizado por Scholas, na Universidade Fordham, em Nova York, de 2 a 5 de junho de 2019.

A jornada de trabalho também contou com a participação de um seleto grupo de economistas e pesquisadores de Scholas Cátedras, liderados pelo professor Angelo Paletta, da Universidade de Bolonha, Itália.

Em nome da fundação Scholas, Del Corral e Palmeryo agradeceram a Stiglitz e às autoridades por ter sido escolhidos para levar a voz da juventude e suas dores e se comprometeram a organizar juntos, no Vaticano, o próximo encontro de economistas e jovens de diversos países.

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