23 Janeiro 2019
Gustavo Gindre
A TV suíça iria transmitir um debate público com a diretora gerente do Fundo Mundial Internacional (FMI), Christine Lagarde, e o ministro da Economia do Brasil, Paulo Guedes.
Poucas horas antes do evento, Paulo Guedes cancelou sua participação.
Pra mim, mais um indício de que o governo está em disputa interna e os caras estão fugindo dos interlocutores para não se comprometerem com nada.
Cesar Benjamin
Acabo de ler o discurso pronunciado pelo presidente Bolsonaro em Davos, sua estreia pessoal nas relações internacionais.
Foi constrangedor. Senti muita vergonha. Se fosse um trabalho de fim de curso do ensino médio, eu reprovaria o aluno.
Considerando que um presidente nunca redige sozinho os pronunciamentos que faz, a conclusão é de que estamos sendo governados por uma trupe de débeis mentais.
Maurício Caleiro
O cara - e sua entourage - não tem a mínima ideia da importância do evento no qual foi discursar, na oportunidade de projeção mundial ali oferecida.
Em vez de preparar, com sua equipe, um discurso articulado, informativo, que cobrisse os principais temas de interesse das relações exteriores do Brasil - como o fizeram, em Davos, pelo menos três de seus antecessores -, apresenta um discurso que é um amontoado de clichês, uma colcha de retalhos mal costurados, sem norte, de sentido difuso.
Em vez de se preparar para dirigir-se à plateia como um líder de uma potência regional, com entonação, ritmo e postura apropriados, usando as pausas e a expressão corporal para interagir com as autoridades presentes - como faz qualquer palestrante minimamente competente -, anuncia frases em atropelo, gaguejante, com os cacoetes autoritário de um sargento transmitindo a ordem do dia.
Patético. Dá vergonha de ver um negócio desses. Um país com a cultura do Brasil não merece ser representado por uma tosquice dessas. É primário, é improvisado, é incompetente, é inaceitável. Regredimos demais.
Alceu Castilho
Raimunda e Danielle são mãe e mulher do Gordinho. O capitão foragido Adriano Nóbrega, líder de uma organização chamada Escritório do Crime. Criminoso organizado, portanto. O que chamam amenamente de "miliciano". Mafioso.
Raimunda e Danielle estiveram lotadas no gabinete do deputado estadual - e senador eleito - Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).
Na Alerj, nos anos 2000, Flávio prestou homenagem a ele e a outro mafioso, o Tartaruga. Esse está preso, acusado de ter comandado uma chacina.
Tenhamos um pouco de curiosidade: o que já fez Gordinho na vida? (Além de ser um dos suspeitos de ter assassinado a vereadora Marielle Franco.)
Em 2014, ele foi demitido da PM por trabalhar na segurança de José Lopes, o Zé Personal. Um explorador de caça-níqueis.
Gordinho e Tartaruga são acusados de vários crimes, segundo o Ministério Público do Rio, ao lado dos companheiros Coroa, Fininho, Cabelo, Pirata, Mágico e Beto Bomba, entre outros.
Vejamos a lista de atividades deles, segundo o MP:
"Grilagem, construção, venda e locação ilegais de imóveis; receptação de carga roubada; posse e porte ilegal de arma; extorsão de moradores e comerciantes, mediante cobrança de taxas referentes a ‘serviços’ prestados; ocultação de bens adquiridos com os proventos das atividades ilícitas, por meio de ‘laranjas’; falsificação de documentos; pagamento de propina a agentes públicos; agiotagem; utilização de ligações clandestinas de água e energia; uso da força como meio de intimidação e demonstração de poder, para manutenção do domínio territorial na região de Jacarepaguá".
Beto Bomba preside a associação de moradores. Gordinho e Coroa - sempre de acordo com os promotores - são líderes do Escritório do Crime.
Empregador da mãe e mulher de Gordinho, Flávio diz ser vítima de uma "campanha difamatória".
(Reservem a ele uma nova muda da bandeira do Brasil.)
Tartaruga, Zé Personal, o próprio capitão Gordinho? Não sabe de nada, nunca nem viu.
Tales Ab'Sáber
Mãe e mulher de miliciano suspeito de matar Marielle - chefe do “escritório do crime”- eram laranjas das transações do gabinete de Bolsonaro Jr.? Milhões de brasileiros colocaram essa gente no poder, contra a corrupção?
Caio Almendra
Milicianos amigos de Flávio Bolsonaro mataram Marielle.
Com a repercussão do assassinato, a bancada da bala disseminou um conjunto de mentiras sobre Marielle no WhatsApp. O objetivo era que a indignação popular esfriasse e as investigações não chegassem aos milicianos.
Quem compartilhou dessas mentiras foi cúmplice de uma tentativa de obstruir as investigações. Foi fantoche de assassinos, milicianos e seus amigos políticos corruptos.
Gustavo Gindre
Itália, Bélgica, Suíça e Alemanha estão fechando todas as suas usinas nucleares.
Só na Alemanha são 17 usinas já fechadas ou que serão fechadas até 2022.
No Japão a polêmica é tão grande que a justiça determinou o fechamento das usinas. O governo recorreu e, no momento, apenas 4 dos 43 reatores existentes no Japão estão em operação.
No mundo todo, há somente 12 usinas sendo construídas, em países como China, Turquia, Paquistão, Índia e Bangladesh. Nenhuma na União Europeia, Canadá, Estados Unidos e Japão.
Mas Bolsonaro afirmou que pretende construir oito usinas no Brasil. Isso tornará o Brasil o maior mercado mundial de construção de usinas nucleares, superando a China.
Bum!!!!
Faustino Teixeira
A gente que vive orientando os alunos podia estar mais atento a um dito precioso de Riobaldo no Grande Sertão: Veredas:
"Eu atravesso as coisas - e no meio da travessia não vejo! - só estava entretido na ideia dos lugares de saída e de chegada"
Há que pensar sobre isso!!!
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