13 Dezembro 2018
Ricardo Venturino
As trevas...
Samuel Osmari
Se Jesus não estivesse preso na cruz teria pego o chicote! FESTA DE IGREJA BOLSONARIANA DA CLASSE MÉDIA! ORIGEM DO AUMENTO DE VIOLÊNCIA NA ATUALIDADE!
Rodrigo Nunes
Respondendo às perguntas para um fórum sobre a conjuntura brasileira organizado pela Historical Materialism (deve sair em breve, eu aviso), parei para pensar num aspecto deste novo governo no qual não tinha me detido antes: alguns elementos centrais do bolsonarismo têm, para o núcleo militar do novo governo, um sentido diferente daquele que eles possuem para o restante de sua base.
Assim como os sete generais em seu ministério –– um terço do total e maior número desde Costa e Silva ––, Bolsonaro pertence a uma geração que entrou na carreira militar no auge da ditadura e experimentou a redemocratização como uma gigantesca decepção. Isso significa que, se a nostalgia da ditadura que o bolsonarismo vende é uma construção imaginária, para esses atores em particular ela tem outro sentido: é o ressentimento daqueles a quem lhes foi negado um futuro que eles julgavam estar ao seu alcance. Quer dizer, quando Bolsonaro começou sua carreira política, o que ele representava não era a nostalgia por um passado que ainda nem tinha passado direito, mas por um futuro perdido; daí que sua base social fosse quase exclusivamente composta por famílias de militares e policiais. É apenas com o passar do tempo que o futuro perdido vai sendo esquecido e substituído por um passado idealizado –– e é assim que a mensagem de Bolsonaro pode se tornar mais universal, na medida em que se descola das demandas de um setor bastante delimitado. (Discursivamente, pelo menos; na prática, sua atuação legislativa sempre consistiu essencialmente na defesa destes interesses corporatistas.)
O mesmo vale para o revanchismo, que foi um elemento forte da campanha e será central para o novo governo. Para o eleitorado por ele mobilizado e para os aliados que buscam nele um nicho para si, este revanchismo é uma construção imaginária praticamente delirante: o respiro depois de uma década sob o jugo de uma dominação ideológica completa, o desmonte do aparato de doutrinação montado pelo PT, a luta contra uma grande conspiração internacional. Mas para Bolsonaro e seus generais, ele é muito mais literal, e tem a ver com aquele ressentimento descrito acima. Trata-se da vingança dos oficiais de baixa patente da segunda metade dos anos 70 contra os guerrilheiros do início dos anos 70 –– que, por caminhos indiretos, contribuíram para a derrota dos primeiros via redemocratização e posteriormente lograram chegar ao poder. É a revanche da segunda geração da ditadura, que não chegou a herdar o poder, contra a geração da esquerda que enfrentou (e acabou de alguma maneira por derrotar) seus "pais".
Julio Renato Lancellotti
Presépio da casa de oração do povo de rua! Entendeu!
Julio Renato Lancellotti
Menino Jesus do presépio do povo de rua.
Ricardo Timm de Souza
Nessa época de devotada idolatria do dinheiro e glorificação incondicional do mercado, cumpre a nós, velha geração, trazer às novas gerações informações de obras clássicas e absolutamente modelares na crítica a esse estado de coisas. Um dos mais conhecidos (aliás, em várias listas estilo "um dos mais importantes livros da história"), que deveria ser lido por absolutamente todos os estudantes de Economia, Sociologia, História e Filosofia, é A GRANDE TRANSFORMAÇÃO, de Karl Polanyi. Da orelha na mais nova edição brasileira (Campus, 2012): "Publicado originalmente em 1944, de grande impacto nas ciências sociais de todo o mundo, o relançamento de A grande transformação ressalta a importância e atualidade da obra de K. Polanyi. Nesse livro, Polanyi defende a tese de que um mercado que regula a si próprio é uma ideia puramente utópica. O autor busca evidências na História e na Antropologia para mostrar que a emancipação do sistema econômico do sistema social é uma característica peculiar da sociedade moderna [essa é a Grande transformação] (...) o sistema econômico que surgiu na Europa no século XIX foi o único que se separou institucionalmente do resto da sociedade; antes disso, os sistemas econômicos sempre estiveram integrados em outras atividades de tipo social. (...) A reflexão presente neste livro evidencia os dolorosos processos sociais sofridos pela emancipação econômica de regras morais, e leva o leitor à compreensão de que o sistema em que vivemos ainda hoje gera uma reificação da vida e um processo de barbarização capaz de destruir o homem e transformar seu ecossistema em um deserto." Publicado em 1944 e mais atual do que nunca.
Cid Benjamin
Perguntado sobre a posição do Diretório Nacional do PT de não fazer um balanço dos erros do partido, Haddad disse que não conhecia essa posição.
Acredite se quiser.
Valor: Se o PT só discutir essas questões nas eleições como vai mudar sua relação com a sociedade?
Haddad: De quando é?
Valor: Da última reunião do diretório, de dez dias atrás.
Haddad: Nem li a resolução
Valor: Não dá para acreditar.
Haddad: Juro por Deus. Estava no exterior. Tô cheio de trabalho preparando o ano letivo que vem. Fiquei três meses de licença. Tô lendo tese acadêmica, não de partido.
Valor: Mas é uma resolução de balanço do desempenho do partido na eleição em que o senhor foi o principal candidato.
Haddad: Nem no Brasil estava.
Valor: Não dava para acessar pela internet?
Haddad: A resolução foi refeita...
Valor: Só alguns temas polêmicos e sem consenso foram retirados, mas o cerne foi mantido.
Haddad: Vocês cobram do PT o que não cobram de nenhum partido.
Gustavo Gindre
A China tem poder econômico para rivalizar com os Estados Unidos. E em pouco tempo terá também influência política e poder militar capaz de fazer frente aos norte-americanos.
Mas a China não chega nem perto do soft power dos Estados Unidos. Pelo contrário, quanto mais o país se abre para concorrer, mais ele próprio sofre influência do soft power norte-americano.
Nesse último final de semana, 85% da arrecadação dos cinemas chinesas foi para Aquaman, filme da Warner Media (da AT&T).
Fernando Altemeyer Junior
Quem ama não se cansa e não cansa os outros.
São João da Cruz.
Gustavo Gindre
Outro dia um sujeito que me seguia aqui no Facebook ficou todo pau da vida porque eu ousei falar mal do Renato Gaúcho. Eu achei ridículo, mas dou o desconto porque o futebol manda o racional das pessoas para as cucuias.
Mas essas brigas entre fãs de empresas deviam gerar uma grande reflexão obre a capacidade do capitalismo de mobilizar imaginário e desejos.
Há brigas entre fãs do Google contra fãs da Apple, por exemplo. E nesse momento, até por conta do lançamento de Aquaman, os sites e canais "nerds" assistem a uma briga virulenta entre fãs da Marvel e da DC. Ou seja, fãs da Disney Inc. versus fãs da AT&T (que são as donas de Marcel e DC, respectivamente).
O fato de grandes corporações terem torcedores é algo que devia gerar uma baita reflexão.
Julio Renato Lancellotti
Ministra da família e direitos humanos.
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