Equador expulsa a embaixadora venezuelana. De fundo, o choque entre ambos países pela migração

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20 Outubro 2018

Equador ordenou ontem a expulsão da embaixadora venezuelana em Quito depois dos comentários ofensivos lançados desde Caracas contra o presidente Lenín Moreno. “Frente às expressões ofensivas formuladas o dia de ontem pelo Ministro de Comunicação e Informação da República Bolivariana da Venezuela”, Jorge Rodríguez, o governo “resolveu expulsar do nosso país a embaixadora da Venezuela no Equador, Carol Delgado”, indicou a chancelaria em um comunicado.

A reportagem é publicada por Página/12, 19-10-2018. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.

O ministério das Relações Exteriores deu um prazo de 72 horas para abandonar o país. Quito, já foi um aliado próximo do chavismo durante a presidência do ex-mandatário Rafael Correa, porém chamou para "consulta" a encarregada dos Negócios do Equador na Venezuela, sua única representação diplomática na nação petroleira depois de se abster de dar posse ao seu embaixador em julho.

A determinação foi tomada depois que Rodríguez assinalou a Lenín Moreno, antigo aliado de Correa, de ter mentido na recente Assembleia Geral das Nações Unidas sobre a quantidade de venezuelanos que chegaram ao Equador fugindo da profunda crise econômica no seu país. “Escutei um presidente desse continente com estupor porque eu não posso crer que possa ser tão mentiroso, escutei um presidente dizer que no seu país, me refiro ao Equador, ingressavam diariamente, 6 mil venezuelanos diariamente”, disse Rodríguez na quarta-feira em uma coletiva de imprensa em Caracas.

Na Assembleia da ONU, celebrada há três semanas em Nova Iorque, Moreno expressou que dentro dos milhares de migrantes venezuelanos que chegam diariamente ao Equador, há crianças com sarampo, difteria e poliomielite e grávidas que não fizeram os exames de rotina.

O mandatário chamou então ao governo de Nicolás Maduro para resolver “sua crise com um diálogo nacional” e pediu uma ação continental para atender o incomum fluxo de migrantes venezuelanos que chegam a países como Colômbia, Brasil, Peru, Chile e Argentina.

“Mentiroso, é um mentiroso, e se atreve a mentir na tribuna das Nações Unidas porque isso foi o que lhe ordenaram para montar essa mistificação”, enfatizou Rodríguez na sua entrevista. Caracas nega a onda migratória, e destaca que é parte de uma campanha internacional para derrotar Maduro. A ONU calcula que cerca de 1,9 milhões de pessoas deixaram a Venezuela desde 2015, a maioria para países da região, principalmente a Colômbia, Peru e Brasil.

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