16 Agosto 2018
Ana Maria Soares
Disse tudo eterno Dom Helder.
Clovis Horst Lindner
"Silenciar diante do mal é mal em si: Deus não nos considerará inocentes. Não falar é falar. Não agir é agir." (Dietrich Bonhoeffer)
Ricardo Timm de Souza
Gustavo Gindre
Uma política racista que tradicionalmente ficou fora do radar é a dos hans chineses.
O que vem sendo feito em relação ao Tibete (dura repressão e principalmente forte movimento migratório de hans, que passam a ocupar os melhores empregos e as posições de mando) e aos uigures é claramente uma política racista que deveria demandar imediata denúncia.
Pablo Ortellado
Facebook está terceirizando a responsabilidade por decisões empresariais chave como determinar quais notícias são falsas e quando há tentativas de manipulação em processos democráticos.
Matéria de hoje no Estadão informa que o Facebook em colaboração com o Atlantic Council identificou uma rede de páginas e perfis falsos operados no Brasil que teriam sido utilizados para interferir nas eleições mexicanas. Aqui a matéria do Estadão.
O elemento preocupante é a terceirização da investigação e da tomada de decisão de temas politicamente sensíveis para think tanks, em particular para o Atlantic Council, um tradicional think tank pró-OTAN. Esse caso, por exemplo, foi desvendado pelo Digital Forensic Research Lab, uma divisão recém criada do Atlantic Council para trabalhar com o Facebook - e que foi montado a partir de uma grande doação da empresa.
Da mesma maneira que o Facebook está terceirizando suas decisões sobre o que é fake news para agências de fact checking, ele resolveu terceirizar suas decisões sobre interferência em democracias para think tanks que podem dar o apropriado "contexto geopolítico". Aqui uma matéria da Reuters sobre a parceria.
Faustino Teixeira
São ricas as relações inter-religiosas de Thomas Merton. Bonita sua ligação com o sufi Absul Aziz, com quem começou a se corresponder desde 1961. Numa das cartas ao amigo, de 02 de janeiro de 1966, explica o seu método de meditação. Indica que é algo simples, "inteiramente centrado na ATENÇÃO". Uma atenção na presença de Deus, no seu querer e no seu amor. Em sua meditação ganha centralidade "estar diante de Deus como se o pudesse ver". Mas não como algo preciso, mas como um mistério "invisível e infinitamente além da nossa capacidade de compreensão". O desafio, sim, de compreendê-lo como o "Tudo". Aquele Mistério Maior, que habita o coração. E ao mesmo tempo, reconhecer a NULIDADE de tudo aquilo que não é Deus. Merton sublinha que sua oração é como aquela descrita pelo Profeta, uma "espécie de louvor que se eleva a partir do Nada e do Silêncio". Assim é o seu método: não um "pensar em algo, mas uma busca do Rosto do Invisível".
Faustino Teixeira
Um livro pouco citado de Thomas Merton, O signo de Jonas (1952), é também precioso. No prólogo desta obra, Merton lança uma chave importante. Sublinha que ele, como Jonas, identifica-se como um buscador, um viajante que se encontra no "ventre de um paradoxo". Em fevereiro de 1952, sentado num tronco de um cedro, sob uma árvore, capta o seu verdadeiro eu como uma "espécie de criatura do mar que habita numa caverna marinha" e sonda o mundo da terra-firme a partir do rumor que ele emana. É um momento de profunda liberdade, onde se sente liberto de programas e projetos, que estão num primeiro nível do mar. Ali, em águas profundas, num nível diverso, Merton vive o mistério das águas profundas, protegido das tempestades, num lugar pontuado pela paz, paz, paz... Ali, escreve ele, não há especulação, mas vigilância: "Tudo é espírito". Ali, naquele lugar de profundidade, ele "é e não é", está diante do Todo e também do Nada. E conclui: "No vento da sua passagem, os anjos gritam: ´o Santo partiu". E ele, então, se percebe "morto no espaço de suas asas".
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