Papa Francisco: converter-se sem buscar uma fada, mas fazendo o bem

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16 Março 2017

A conversão que se manifesta não em palavras, mas em “coisas concretas” e boas é a única verdadeira conversão. E se alcança distanciando-se do mal, aprendendo a fazer o bem e deixando-se conduzir e guiar por Deus. Este é o caminho (quaresmal) assinalado pelo Papa Francisco, durante a homilia de hoje, 14 de março de 2017, pela manhã, na capela da Casa Santa Marta, segundo apontou a Rádio Vaticana.

A reportagem é de Domenico Agasso Jr., publicada por Vatican Insider, 14-03-2017. A tradução é do Cepat.

O Pontífice refletiu sobre as palavras do Profeta Isaías, da Primeira Leitura de hoje: “Cada um de nós, todos os dias – disse o Papa Bergoglio –, faz algo de mau”. Com efeito – acrescentou –, a Bíblia diz que “o mais santo peca sete vezes ao dia”.

O Bispo de Roma explicou que o problema está em “não se habituar a viver nas coisas más” e se distanciar do que “envenena a alma”, a faz pequena. E, portanto, é preciso aprender a fazer o bem. “Não é fácil fazer o bem, devemos aprender, sempre. E Ele nos ensina. Mas, aprendam. Como as crianças. No caminho da vida, da vida cristã, se aprende todos os dias. Deve-se aprender todos os dias a fazer algo, a ser melhores que o dia anterior. Aprender. Distanciar-se do mal e aprender a fazer o bem. Esta é a regra da conversão, pois se converter não é buscar uma fada para que nos converta com a varinha mágica. Não! É um caminho. É um caminho pelo qual é necessário se afastar e aprender”. Portanto, disse o Papa, é preciso coragem para se distanciar e humildade para aprender a fazer o bem, que se exerce com fatos concretos.

“Ele, o Senhor, aqui, diz três coisas concretas, embora existam tantas outras: busquem a justiça, socorram o oprimido, façam justiça ao órfão, defendam a causa da viúva... Coisas concretas. Aprende-se a fazer o bem com coisas concretas, não com palavras. Com fatos... Por isso, Jesus, no Evangelho que ouvimos, reprova esta classe dirigente do povo de Israel, porque “dizem e não fazem”, não conhecem o concreto. E se não existe o concreto, não pode existir a conversão”.

Na Primeira Leitura, o Senhor também faz um convite: “Vamos, venham e discutamos”. “Vamos”, uma bela palavra – disse Francisco –, uma palavra que Jesus dirigiu aos paralíticos, à filha de Jairo, assim como ao filho da viúva de Naim. E Deus nos dá uma mão para “levantar-nos”. E é humildade, se abaixa tanto até dizer: “Venham, discutamos”. O Papa destacou, além disso, como Deus nos ajuda: “O caminhar juntos para nos ajudar, para nos explicar as coisas, para nos levar com a mão”. O Senhor é capaz de “fazer este milagre”, ou seja, “mudar-nos”, não de um dia para o outro, mas no caminho.

“Convite à conversão, distanciem-se do mal, aprendam a fazer o bem... ‘Vamos, fique de pé, venha a mim, discutamos e vamos adiante’. ‘Mas, tenho tantos pecados...’ ‘Não se preocupe, se os seus pecados fossem como a púrpura, se tornariam brancos como a neve’. E este é o caminho da conversão quaresmal. Simples. É um Pai que fala, é um Pai que nos quer, nos ama. E nos acompanha neste caminho de conversão. Só pede de nós que sejamos humildes. Jesus disse aos dirigentes: “Quem se exalta, será humilhado e quem se humilha será exaltado”.

O bispo de Roma concluiu sua homilia reafirmando qual é “o caminho da conversão quaresmal”: Distanciar-se do mal, aprender a fazer o bem, levantar-se e ir com Ele. Então – disse Francisco –, “todos os nossos pecados serão perdoados”.

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