07 Dezembro 2016
Roleta viciada
“O comando do Senado pode cair no colo de Romero Jucá, segundo-vice da Casa. Na noite de segunda (5), à saída da residência de Renan Calheiros, senadores ficaram com a sensação de que a renúncia ao cargo de primeiro-vice é considerada pelo petista Jorge Viana caso o STF confirme o afastamento do peemedebista. Viana deixou exposto seu dilema: se pautar a PEC do teto na terça-feira (13), rompe com a esquerda; se não o fizer, será acusado de aprofundar a debacle econômica” – Natuza Nery, jornalista – Folha de S. Paulo, 07-12-2016.
Golpista, não!
“Não contem comigo para fazer com eles o que eles fizeram conosco. O Brasil não merece isso”, afirma Jorge Viana. Sobre a renúncia, o senador responde: “Não teria sentido fazer uma discussão dessas agora” – Natuza Nery, jornalista – Folha de S. Paulo, 07-12-2016.
Alto lá
“Dirigentes petistas dizem que pior do que colocar a PEC do teto em votação é entregar o Senado nas mãos de Jucá, um dos principais articuladores do impeachment” – Natuza Nery, jornalista – Folha de S. Paulo, 07-12-2016.
Encastelado
“Era piada, mas virou preocupação real. Com Geddel Vieira Lima fora e o abatimento de Eliseu Padilha, Temer trafega pela crise praticamente sozinho” – Natuza Nery, jornalista – Folha de S. Paulo, 07-12-2016.
Alagoas hipertrofiada
“O réu Renan Calheiros transformou sua ruína judicial num processo de desmoralização do Senado da República. Com a cumplicidade da volante que faz as vezes de Mesa Diretora, Renan peitou Marco Aurélio Mello, o ministro da Suprema Corte que o havia expulsado da linha sucessória da Presidência da República. Ao se recusar a cumprir a ordem, Renan fabricou uma crise institucional a partir de um processo nascido no leito de um relacionamento extraconjugal. E o Senado virou uma espécie de Alagoas hipertrofiada” – Josias de Souza, jornalista – portal Uol, 06-12-2016.
Banda muda
“Ou a banda muda do Senado faz barulho ou os cangaceiros da Mesa Diretora darão à maioria dos senadores uma péssima reputação” – Josias de Souza, jornalista – portal Uol, 06-12-2016.
Abraçados ao cangaço
“Com atraso de quase uma década, Renan vive o seu ocaso. Afora o caso em que virou réu, responde a outros 11 inquéritos, oito dos quais relacionados à Lava Jato. Cedo ou tarde, terá o mesmo destino de Eduardo Cunha, hoje um hóspede do PF’s Inn de Curitiba. Já se sabia que o Congresso brasileiro tem um comportamento de alto risco. Mas não se imaginou que os senadores iriam para o suicídio abraçados ao cangaço” – Josias de Souza, jornalista – portal Uol, 06-12-2016.
Dúbio
"A intenção da nota da Mesa não é afrontar de jeito nenhum uma decisão da Justiça. A gente tem que cumprir. Quando nós fizemos a defesa do presidente Renan e recorremos, já está ali implicitamente o cumprimento da decisão" – Jorge Viana, senador – PT-AC, vice-presidente do Senado, defendendo a nota da mesa afirmando que Renan Calheiros não seria afastado da presidência do Senado como determina liminar do Supremo Tribunal Federal – portal Uol, 06-12-2016.
Dúbio 2
"É uma situação que o Brasil começou a experimentar que não tem dado certo. Afasta a presidente da República, tem um presidente que está provisório mas pode tudo. Afasta o presidente da Câmara, outro vice-presidente. Eu não sou, não quero ser, nem Michel Temer, nem Maranhão" – Jorge Viana, senador – PT-AC, vice-presidente do Senado, defendendo a nota da mesa afirmando que Renan Calheiros não seria afastado da presidência do Senado como determina liminar do Supremo Tribunal Federal – portal Uol, 06-12-2016.
Fim
"Ao tomar uma decisão para afastar, a nove dias do término do mandato, um presidente do Senado Federal, chefe de um poder, por decisão monocrática, a democracia, mesmo no Brasil, não merece esse fim" – Renan Calheiros, presidente do Senado – PMDB-AL – portal Uol, 06-12-2016.
Preso em flagrante
"Isto é descumprimento de ordem judicial. Ele [Renan] poderia ser preso em flagrante, mas alguém tem que pedir. A PGR pode pedir, assim como pediu a prisão do Delcídio do Amaral enquanto ele era senador" – Ivar Hartmann, professor da FGV Direito Rio – portal Uol, 06-12-2016.
Sequelas
“A maior probabilidade é do Senado acatar a decisão final e afastar Renan. Trata-se do mais grave conflito institucional desde a redemocratização e a humilhação imposta ao Senado, com sua autoridade sendo questionada não por Marco Aurélio, mas pelos moleques da Lava Jato, deixará sequelas que perdurarão no tempo” – Luís Nassif, jornalista – Jornal GGN, 07-12-2016.
Felipão da economia
“Não há mais previsibilidade nos eventos políticos e econômicos. De mais certo, tem-se o fracasso precoce do governo Temer e do Ministro da Fazenda Henrique Meirelles – uma espécie de Felipão da economia. Temer se tornou disfuncional” – Luís Nassif, jornalista – Jornal GGN, 07-12-2016.
Biruta de aeroporto
“Ao mesmo tempo, há indefinição completa sobre os próximos passos. De um lado, o PSDB ajuda na desmoralização de Temer, mas não ousa pegar para si o cálice da recessão econômica. A imprensa se tornou uma biruta de aeroporto. Não mais conduz: passou a ser conduzida pela irracionalidade das ruas” – Luís Nassif, jornalista – Jornal GGN, 07-12-2016.
Pólvora no ar
“Nas ruas, há pólvora no ar, tanto pela ultradireita comandada pela Força Tarefa da Lava Jato, quanto dos funcionários públicos sem salários no Rio de Janeiro e, em breve, por outros estados da federação” – Luís Nassif, jornalista – Jornal GGN, 07-12-2016.
Possibilidades
“O jogo se encaminha para duas possibilidades: 1. A localização de um nome capaz de conduzir a transição. Até agora, o mais forte é o de Nelson Jobim. 2. A possibilidade de eleições diretas, cada vez mais concreta” – Luís Nassif, jornalista – Jornal GGN, 07-12-2016.
49 anos e Temer
“O governo quer obrigar os brasileiros a contribuir durante 49 anos para ter direito à aposentadoria integral. Temer obteve o benefício aos 55 anos de idade. Pela regra que deseja impor aos outros, ele precisaria ter começado a trabalhar aos 6, o que o impediria de frequentar as aulas de alfabetização” – Bernardo Mello Franco, jornalista – Folha de S. Paulo, 07-12-2016.
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