Vaticano nomeia arcebispo redentorista americano delegado para o Sodalício

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Por: Jonas | 17 Mai 2016

O Vaticano nomeou o arcebispo de Indianópolis, Joseph William Tobin, como delegado para a congregação católica do Sodalício de Vida Cristã, em meio a uma investigação por abusos a seus ex-integrantes, informou, hoje, o superior geral da organização Alessandro Moroni.

A reportagem é publicada por Religión Digital, 14-05-2016. A tradução é do Cepat.

Mediante uma mensagem em vídeo, Moroni explicou que o Sodalício recebeu o Decreto Vaticano da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, que define a decisão da Santa Sé no caso do Sodalício.

Entre os pontos acordados, está a nomeação de Tobin como delegado “ad nutum” da Congregação para o Sodalício de Vida Cristã.

O delegado terá a atribuição de aconselhar e amparar o Superior Geral e o governo do Sodalício no cumprimento de todas as suas competências.

O delegado também poderá se valer de um colaborador a quem poderá delegar suas atribuições, podendo participar com ele de todas as sessões do governo geral do Sodalício.

Tobin guiará o governo do Sodalício nas decisões a serem adotadas em relação ao seu fundador Luis Fernando Figari, enquanto termina a investigação no Vaticano sobre as denúncias de supostos abusos sexuais e outras responsabilidades apresentadas por ex-integrantes da organização.

Ontem, cinco ex-membros do Sodalício informaram que denunciaram penalmente oito integrantes da cúpula desse grupo, inclusive seu fundador, Luis Fernando Figari, por associação ilícita, sequestro e lesões graves, que supostamente sofreram quando eram menores de idade.

A ação foi apresentada, na terça-feira, à Vigésima Sexta Promotoria Penal de Lima, que desde outubro investiga Figari e outros líderes do Sodalício por supostos abusos sexuais e lesões físicas e psicológicas a menores que integravam a congregação.

O delegado Tobin guiará também a administração dos bens do Sodalício, acrescentou o decreto citado por Moroni.

O superior geral informou que o Sodalício tomou a decisão de fechar a casa de Roma, onde Figari vivia desde 2010, e transferi-lo para “um lugar mais isolado e em concordância com os requerimentos que a Santa Sé solicitou” para continuar com suas investigações.

Além de Figari, entre os denunciados estão Jaime Baertl, Virgilio Levaggi, José Ambrozic, José Antonio Eguren, Eduardo Regal, Óscar Tokumura e Erwin Scheuch, assim como “os que resultarem responsáveis” durante a investigação do caso.

Os denunciantes são José Enrique Escardó, Martín López de Romaña, Vicente López de Romaña, Óscar Osterling e Pedro Salinas, jornalista que reuniu os depoimentos de seus companheiros, com pseudônimos, no livro “Metade monges, metade soldados”, cuja publicação motivou a investigação aos líderes do Sodalício.

Em abril, o Sodalício declarou Figari “culpado dos abusos aos quais é acusado” e, nesse mês, Moroni apresentou o relatório de sua Comissão de Ética ao Vaticano, que concluiu que houve abusos sexuais contra menores.

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