O Papa Francisco falará na ONU, na Casa Branca, no Congresso, no Senado e na Câmara de Representantes dos Estados Unidos, visitará a Zona Zero e a catedral de São Patrício em Nova York e celebrará missa no Madison Square Garden. Ao menos foi o que assegurou, em uma entrevista à ACI Prensa, o arcebispo filipino Bernardino Auza, observador permanente da Santa Sé na ONU.

A reportagem é de Jesús Bastante e publicada no sítio Religión Digital, 19-01-2015. A tradução é de André Langer.

Segundo Auza, o Papa estará nos Estados Unidos por cerca de uma semana, entre os dias 22 e 28 de setembro, por ocasião do Encontro Mundial das Famílias de Filadélfia. Mas a viagem foi ampliada também para Washington e Nova York, e cada vez mais há a possibilidade de que Bergoglio amplia o giro para a América Central e visite o muro do Arizona, o Santuário de Guadalupe e, inclusive, queira presidir a beatificação de dom Romero em El Salvador.

Em declarações feitas em Manila, Auza insistiu em que o Papa “chegaria (aos Estados Unidos) no dia 22 e retornaria na noite do dia 27. Seriam seis dias e se somamos um dia de viagem então temos que é uma semana”. Auza explicou assim os detalhes conversados em uma reunião na segunda-feira da semana passada, dia 12 de janeiro, do comitê organizador da visita do Pontífice aos Estados Unidos.

Após sua chegada a Washington D.C. na noite de 22 de setembro, a ideia é que o Santo Padre visite a Casa Branca na manhã seguinte, onde se realizaria a cerimônia oficial de boas-vindas. Depois iria celebrar missa na Basílica da Imaculada Conceição. Desta missa participariam bispos, religiosos, seminaristas e representantes das organizações de caridade católicas.

“E devo dizer que o importante na visita a Washington seria seu discurso no Congresso, no Senado e na Câmara de Representantes”, indicou o prelado. De acordo com a proposta da viagem, o Papa iria a Nova York na tarde do dia 24.

Seu primeiro destino na manhã do dia 25 poderia ser a sede das Nações Unidas, que coincidiria com o início de uma reunião sobre o desenvolvimento sustentável, que durará três dias. “Praticamente todos os chefes de Estados e líderes dos governos estarão ali nesse dia, razão pela qual o Papa poderia dirigir-se aos presidentes e suas delegações oficiais”, afirmou o arcebispo.

Auza disse também à ACI Prensa que o discurso do Santo Padre seria o ponto alto desse dia. Também se está considerando um encontro inter-religioso e, “evidentemente, que o Papa visitaria a (catedral) de São Patrício. Isso é certo”.

A visita à histórica catedral, no entanto, não significaria que o Pontífice celebre missa ali, mas em alguma outra área de Nova York, possivelmente no Madison Square Garden.

Outro possível destino, seguindo os passos de Bento XVI, é a Zona Zero, onde estavam as Torres Gêmeas que foram derrubadas no atentado de 11 de setembro de 2001. “Mas todas estas são apenas propostas. No final de fevereiro, será realizada a primeira visita organizadora (de uma delegação do Vaticano) e veremos se isto vai se concretizar”, precisou o arcebispo.